A consciência

Para desenvolver, para apurar a percepção, de modo geral, é preciso, a princípio, acordar o sentido íntimo, o sentido espiritual. A mediunidade demonstra-nos que há seres humanos muito mais bem dotados em relação à visão e audição interiores, que certos espíritos que vivem no Espaço e cujas percepções são estremamente limitadas em vista da insuficiência de sua evolução.
Quanto mais puros e desinteressados são os pensamentos e os atos, numa palavra, quanto mais intensa é a vida espiritual e quanto mais ela predomina sobre a vida física, tanto mais se desenvolvem os sentidos interiores. O véu que nos esconde o mundo fluídico adelgaça-se, torna-se transparente e, por trás dele, a alma distingue um conjunto maravilhoso de harmonias e belezas, ao mesmo tempo que se torna mais apta a recolher e transmitir as revelações, as inspirações dos seres superiores, porque o desenvolvimento dos sentidos internos coincide, geralmente, com uma atração mais enérgica das radiações etéreas.
Cada plano do Universo, cada círculo da vida, corresponde a um número de vibrações, que se acentuam e tornam mais rápidas, mais sutis, à medida que se aproximam da vida perfeita. Os seres dotados de fraco poder de radiação não podem perceber as formas de vida que lhes são superiores, mas todo espírito é capaz de obter pela preparação da vontade e pela educação dos sentidos íntimos um poder de vibração que lhe permite agir em planos muitos externos.
Leon Denis

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