Ante o manancial de bênçãos do Espiritismo com Jesus, a verdadeira infelicidade será sempre:
Receber sem dar;
Reter os bens do mundo sem distribuí-los;
Guardar a fé, menosprezando os que sofrem o frio da indiferênça;
Iluminar a si mesmo, escarnecendo os que ainda jazem na sombra;
Exibir humildade, amaldiçoando as vítimas do orgulho;
Ornar a própria senda com os mais altos valores culturais, recusando a esmola do alfabeto aos que padecem a chaga da ignorância;
Conservar a própria saúde, olvidando os enfermos;
Encastelar-se no conforto, esquecendo os que são afrontados pela miséria...
O infortúnio será ainda:
Ensinar o bem sem praticá-lo;
Conhecer a verdade e consagra-se ao erro sistemático;
Aceitar os princípios da sublimação espiritual, mergulhando-se nas trevas da animalidade e da estagnação nas linhas inferiores do mundo;
Saber o caminho da elevação própria, tentando enganar a si mesmo no fundo despenhadeiro da ilusão;
Matar o tempo destinado a enriquecer-nos de vida...
Há muita felicidade na Terra que não constitui senão trilho descendente para o abismo da aflição...
Muitos riem agora, ostentando falsa alegria na máscara de carne para chorarem amargamente depois...
Aprendamos a viver para o bem dos outros, a fim de encontrarmos o nosso verdadeiro bem.
Almas inúmeras se julgam bem quando apenas se encontram bem mal no exclusivismo a que se afeiçoam, e outras tantas se supõem mal dotadas pela existência, encontrando nas dores que assaltam o acesso à libertação do mal a que se escravisavam.
A felicidade duradoura e justa nasce para nós da felicidade que acendermos no caminho dos outros, e, por isso, compreendendo com o Evangelho que mais vale dar que receber, procuremos distibuir os bens que o Senhor nos empresta, a bem de todos, na certeza de que somente assim conquistaremos, em nosso favor, a felicidade do Sumo Bem.
Autor: Emmanuel
Do livro: Perante Jesus
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