“Vós sois a luz do mundo...” — Jesus — Mateus, 5: 14.
“Não digais, pois, quando virdes atingido um de vossos irmãos:
“É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso. Dizei antes: Vejamos
que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar
o sofrimento do meu irmão”. — Cap. V: 27.
Entraste na hora do desalento, como se te avizinhasses de um pesadelo.
Indefinível suplício moral te impede ao abatimento,mágoas antigas surgem à tona.
Sentes-te à feição do viajor, para cuja sede se esgotaram as derradeiras fontes do caminho.
Experimentas o coração no peito, qual pássaro fatigado,ao sacudir, em vão, as grades do cárcere.
Ainda assim, não permitas que a ansiedade te lance à tristeza inútil.
Se a incompreensão alheia te azedou o pensamento, recorda os companheiros enfermos ou mutilados, quando não conhecem a própria situação, qual seria de desejar e prossegue servindo, a esperar pelo tempo que lhes dará reajuste(...)
Se deixaste entes queridos ante a cinza do túmulo, convence-te de que todos eles continuam redivivos, no plano espiritual, dependendo, quase sempre, de tua conformação para que se refaçam e prossegue servindo, a esperar pelo tempo, que te propiciará, mais além, o intraduzível consolo do reencontro.
Se o fardo das próprias aflições te parece excessivamente pesado, reflete nos irmãos desfalecentes da retaguarda, para quem uma simples frase reconfortante de tua boca é comparável a facho estelar, nas trevas em que jornadeiam, e prossegue servindo, a esperar pelo tempo, que, no instante oportuno, a cada problema descortinará solução.
Lembra-te de que podes ser, ainda hoje, o raciocínio para os que se dementaram na invigilância, o apoio dos que tropeçam na sombra, o socorro aos peregrinos da estrada que a penúria recolhe nas pedreiras do sofrimento, o amparo dos que choram em desespero e a voz que se levante para a defesa de injustiçados e desvalidos.
Não te detenhas para relacionar dissabores...
Segue adiante, e se lágrimas te encharcam a ponto de sentires a noite dentro dos olhos, entrega as próprias mãos nas mãos de Jesus e prossegue servindo, na certeza de que a vida faz ressurgir o pão da terra lavrada e de que o Sol
de Deus, amanhã, nos trará novo dia.
Autor: Emmanuel
Do livro: Livro da Esperança
O trabalho
O trabalho é a comunhão dos seres. Através dele, aproximamo-nos uns dos outros, aprendemos a nos ajudar, a nos unir, daí a fraternidade, é só um passo. A Antiguidade Romana havia desonrado o trabalho fazendo dele o quinhão do escravo. Isso explica sua esterilidade moral, sua corrupção, suas secas e frias doutrinas.
Os tempos atuais têm uma outra concepção da vida. Buscam a plenitude num labor fecundo, regenerador. A filosofia dos espíritos amplia ainda mais essa concepção, indicando-nos na lei do trabalho o princípio de todos os progressos, de todos os aperfeiçoamentos, mostrando-nos a ação dessa lei estendendo-se à universalidade dos seres e dos mundos. É por isso que estamos autorizados a dizer: Despertem, ó todos vocês, que deixam adormecer suas faculdades, suas forças latentes. De pé, mãos à obra! Trabalhem, fecundem a terra, façam ecoar nas usinas o ruído cadenciado dos martelos e os assobios do vapor. Agitem-se na colmeia imensa. Sua obra é grande e santa. Seu trabalho é a vida, é a glória, é a paz da humanidade. Operários do pensamento, perscrutem os grandes problemas, estudem a Natureza, propaguem a Ciência, lancem, através das multidões, os escritos, as palavras que reerguem e fortificam. Que de uma extremidade à outra do mundo, unidos na obra gigantesca, cada um de nós faça esforço, a fim de contribuir para enriquecer o domínio material, intelectual e moral da humanidade!
Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da morte
Os tempos atuais têm uma outra concepção da vida. Buscam a plenitude num labor fecundo, regenerador. A filosofia dos espíritos amplia ainda mais essa concepção, indicando-nos na lei do trabalho o princípio de todos os progressos, de todos os aperfeiçoamentos, mostrando-nos a ação dessa lei estendendo-se à universalidade dos seres e dos mundos. É por isso que estamos autorizados a dizer: Despertem, ó todos vocês, que deixam adormecer suas faculdades, suas forças latentes. De pé, mãos à obra! Trabalhem, fecundem a terra, façam ecoar nas usinas o ruído cadenciado dos martelos e os assobios do vapor. Agitem-se na colmeia imensa. Sua obra é grande e santa. Seu trabalho é a vida, é a glória, é a paz da humanidade. Operários do pensamento, perscrutem os grandes problemas, estudem a Natureza, propaguem a Ciência, lancem, através das multidões, os escritos, as palavras que reerguem e fortificam. Que de uma extremidade à outra do mundo, unidos na obra gigantesca, cada um de nós faça esforço, a fim de contribuir para enriquecer o domínio material, intelectual e moral da humanidade!
Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da morte
A vida moral
As doutrinas do nada fazem dessa vida um impasse e chegam, logicamente, ao sensualismo e à desordem. As religiões, fazendo da existência uma obra de salvação pessoal, muito problemática, consideram-na de um ponto de vista egoísta e acanhado.
Com a filosofia dos espíritos, esse ponto de vista muda, a perspectiva se alarga. O que devemos procurar, não é mais a felicidade terrestre, - a felicidade daqui é rara e precária, - é um melhoramento contínuo; e o meio de realizá-la, é a observação da moral sob todas as formas.
Com um tal ideal, uma sociedade é indestrutível; desafia todas as vicissitudes,todos os acontecimentos. Cresce na infelicidade, encontra na adversidade os meios de se elevar acima de si mesma. Despojada de ideal, embalada pelos sofismas dos sensualistas, uma sociedade só pode corromper-se e enfraquecer-se; sua fé no progresso, na justiça, apaga-se com a virilidade; ela não é senão um corpo sem alma e torna-se, fatalmente, a presa dos seus inimigos.
Feliz do homem que, nessa vida cheia de obscuridade e de armadilhas, caminha constantemente em direção ao objetivo elevado que discerne, conhece, do qual está certo! Feliz daquele que um sopro do alto inspira suas obras e leva-o adiante. Os prazeres deixam-no indiferente; as tentações da carne, as migrações enganosas da fortuna não têm mais domínio sobre ele. Viajor em marcha, o objetivo o chama; ele se precipita para atingí-lo.
Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte
Com a filosofia dos espíritos, esse ponto de vista muda, a perspectiva se alarga. O que devemos procurar, não é mais a felicidade terrestre, - a felicidade daqui é rara e precária, - é um melhoramento contínuo; e o meio de realizá-la, é a observação da moral sob todas as formas.
Com um tal ideal, uma sociedade é indestrutível; desafia todas as vicissitudes,todos os acontecimentos. Cresce na infelicidade, encontra na adversidade os meios de se elevar acima de si mesma. Despojada de ideal, embalada pelos sofismas dos sensualistas, uma sociedade só pode corromper-se e enfraquecer-se; sua fé no progresso, na justiça, apaga-se com a virilidade; ela não é senão um corpo sem alma e torna-se, fatalmente, a presa dos seus inimigos.
Feliz do homem que, nessa vida cheia de obscuridade e de armadilhas, caminha constantemente em direção ao objetivo elevado que discerne, conhece, do qual está certo! Feliz daquele que um sopro do alto inspira suas obras e leva-o adiante. Os prazeres deixam-no indiferente; as tentações da carne, as migrações enganosas da fortuna não têm mais domínio sobre ele. Viajor em marcha, o objetivo o chama; ele se precipita para atingí-lo.
Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte
Ontem no hoje
Não rogues prodígios à memória cerebral, a fim de que penetres o domínio do passado, de modo a conhecer a bagagem das próprias dívidas.
Recordar pormenores das defecções e deserções a que empenhávamos ontem os melhores recursos da vida, seria encarcerar-nos hoje em feridas e sombras, sem capacidade de esperança e de movimento.
Ainda assim, nas linhas do olvido temporário em que a Misericórdia do Senhor te situa, valorizando-te a oportunidade de recapitular e redimir, pagar e reaprender, podes refletir no pretérito, baseando ilações e raciocínios nas
circunstâncias que te rodeiam.
O berço é marco de reinício.
O templo doméstico é oficina salvadora em que retomamos o trabalho interrompido e as lutas que nos cercam falam sem palavras da natureza de nossos erros e compromissos.
A enfermidade no corpo físico referir-se-á a ruinosos excessos que precisamos retificar, e a inibição da inteligência, na dificuldade e no pauperismo, é lembrança do abuso intelectual que nos reclama o serviço da corrigenda.
A aflição na equipe familiar reporta-se aos sacrifícios edificantes que devemos aos desafetos antigos, e os impedimentos no trabalho profissional recordam nossa desídia e relaxamento de outrora, solicitando-nos tolerância e fidelidade na obrigação a cumprir.
A dor prolongada é advertência contra nossas distrações sistemáticas e a incompreensão social, quase sempre, é o caminho em que se nos regenerará por intermédio de lágrimas sucessivas, a consciência culpada.
Na tela das circunstâncias de agora, é possível auscultar as causas de nossas amarguras e expiações, no presente, bastando que o nosso espírito se incline com humildade ao entendimento da Lei.
Recordemos o Evangelho do Cristo quando nos diz que “o amor cobre a multidão de nossas faltas” e, servindo aos outros, na lavoura do progresso e do aperfeiçoamento incessante, baniremos hoje as trevas de ontem para que o nosso amanhã fulgure, sublime, em sublime vitória de paz e luz.
Autor: Emmanuel
Do livro: Escrínio de Luz
Recordar pormenores das defecções e deserções a que empenhávamos ontem os melhores recursos da vida, seria encarcerar-nos hoje em feridas e sombras, sem capacidade de esperança e de movimento.
Ainda assim, nas linhas do olvido temporário em que a Misericórdia do Senhor te situa, valorizando-te a oportunidade de recapitular e redimir, pagar e reaprender, podes refletir no pretérito, baseando ilações e raciocínios nas
circunstâncias que te rodeiam.
O berço é marco de reinício.
O templo doméstico é oficina salvadora em que retomamos o trabalho interrompido e as lutas que nos cercam falam sem palavras da natureza de nossos erros e compromissos.
A enfermidade no corpo físico referir-se-á a ruinosos excessos que precisamos retificar, e a inibição da inteligência, na dificuldade e no pauperismo, é lembrança do abuso intelectual que nos reclama o serviço da corrigenda.
A aflição na equipe familiar reporta-se aos sacrifícios edificantes que devemos aos desafetos antigos, e os impedimentos no trabalho profissional recordam nossa desídia e relaxamento de outrora, solicitando-nos tolerância e fidelidade na obrigação a cumprir.
A dor prolongada é advertência contra nossas distrações sistemáticas e a incompreensão social, quase sempre, é o caminho em que se nos regenerará por intermédio de lágrimas sucessivas, a consciência culpada.
Na tela das circunstâncias de agora, é possível auscultar as causas de nossas amarguras e expiações, no presente, bastando que o nosso espírito se incline com humildade ao entendimento da Lei.
Recordemos o Evangelho do Cristo quando nos diz que “o amor cobre a multidão de nossas faltas” e, servindo aos outros, na lavoura do progresso e do aperfeiçoamento incessante, baniremos hoje as trevas de ontem para que o nosso amanhã fulgure, sublime, em sublime vitória de paz e luz.
Autor: Emmanuel
Do livro: Escrínio de Luz
A dor
O primeiro movimento dohomem infeliz é revoltar-se sob os golpes da sorte. Mais tarde, porém, depois de o espírito ter subido os aclives e quando contempla o escabroso caminho percorrido, o desfiladeiro movediço de suas existências, é com um enternecimento alegre que se lembra das provas, das tribulações com cujo auxílio pôde alcançar o cimo.
Se, nas horas da provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, em nosso “eu,” em nossa consciência, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento. Veríamos que ela fere sempre a corda sensível. A mão que dirige o cinzel é a de um artista incomparável, não se cansa de trabalhar, enquanto não tem rredondado, polido, desbastado as arestas de nosso caráter. Para isso voltará tantas vezes à carga quantas sejam necessárias. E, sob a ação das marteladas repetidas, forçosamente a arrogância e a personalidade excessiva hão de cair neste indivíduo; a moleza, a apatia e a indiferença desaparecerão em outro;
a dureza, a cólera e o furor, num terceiro. Para todos terá processos diferentes, infinitamente variados segundo os indivíduos, mas em todos agirá com eficácia, de modo a provocar ou desenvolver a sensibilidade, a delicadeza,
a bondade, a ternura, a fazer sair das dilacerações e das lágrimas alguma qualidade desconhecida que dormia silenciosa no fundo do ser ou então uma nobreza nova, adorno da alma, para sempre adquirida.
Autor: Léon Denis
Do livro: O Problema do Ser do Destino e da Dor
Se, nas horas da provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, em nosso “eu,” em nossa consciência, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento. Veríamos que ela fere sempre a corda sensível. A mão que dirige o cinzel é a de um artista incomparável, não se cansa de trabalhar, enquanto não tem rredondado, polido, desbastado as arestas de nosso caráter. Para isso voltará tantas vezes à carga quantas sejam necessárias. E, sob a ação das marteladas repetidas, forçosamente a arrogância e a personalidade excessiva hão de cair neste indivíduo; a moleza, a apatia e a indiferença desaparecerão em outro;
a dureza, a cólera e o furor, num terceiro. Para todos terá processos diferentes, infinitamente variados segundo os indivíduos, mas em todos agirá com eficácia, de modo a provocar ou desenvolver a sensibilidade, a delicadeza,
a bondade, a ternura, a fazer sair das dilacerações e das lágrimas alguma qualidade desconhecida que dormia silenciosa no fundo do ser ou então uma nobreza nova, adorno da alma, para sempre adquirida.
Autor: Léon Denis
Do livro: O Problema do Ser do Destino e da Dor
No campo das provas
A vida na Terra pode ser comparada a campo imenso
de provas em que cada espírito ingressa, procurando
o triunfo em si próprio, na pauta dos valores de que não
prescinde na imortalidade vitoriosa.
É assim que não há berços iguais para os que abordam
a enorme arena de nossas antigas lutas.
Cada coração recolhe a valiosa oportunidade da experiência
no lugar e no clima que digam respeito às suas
justas necessidades.
Sabendo agora que carreamos para o Além as paixões
desvairadas e as indesejáveis inclinações a que nos afeiçoamos,
durante o estágio no corpo físico, é preciso lembrar
que renascemos sempre na paisagem e na situação
em que possamos alcançar a bênção de nosso resgate ou
de nossa cura.
Desse modo o alcoólatra reaparecerá junto de pais
dipsômanos, para sofrer de novo a vizinhança do vício,
alijando-o de si mesmo.
O criminoso ressurge no ambiente em que delinquiu
para dominar os pensamentos culposos que lhe vergastam
o espírito.
O suicida retornará ao veículo denso com os mesmos
problemas em que se emaranhou nas trevas da alma, recapitulando,
de novo, a lição do sofrimento para entesourar
fortaleza e superação.
O malfeitor renascerá nos sítios em que as sombras se
refugiam para compreender a grandeza da luz, consagrando-
se a ela.
Quase sempre pela porta de entrada na esfera das criaturas
humanas, é possível identificar a natureza de nossos
débitos e reconhecer a nossa posição diante da Lei, exceção
feita aos grandes missionários cujo patrimônio de
virtude e de amor, de compreensão e sabedoria transcende
o quadro de todas as influências terrestres.
Repara em que espécie de provação e em que linha
social te situas, buscando exercer a humildade e o bem, a
coragem e o serviço onde estiveres, porque, hoje ou amanhã,
a vida ensinar-te-á que ninguém recebe um corpo de
carne para falir, mas sim para trabalhar e aprender dignamente,
alcançando-se com o tempo a mais altos níveis da
Vida Eterna.
Autor: Emmanuel
Do livro:Semeador em tempos novos
de provas em que cada espírito ingressa, procurando
o triunfo em si próprio, na pauta dos valores de que não
prescinde na imortalidade vitoriosa.
É assim que não há berços iguais para os que abordam
a enorme arena de nossas antigas lutas.
Cada coração recolhe a valiosa oportunidade da experiência
no lugar e no clima que digam respeito às suas
justas necessidades.
Sabendo agora que carreamos para o Além as paixões
desvairadas e as indesejáveis inclinações a que nos afeiçoamos,
durante o estágio no corpo físico, é preciso lembrar
que renascemos sempre na paisagem e na situação
em que possamos alcançar a bênção de nosso resgate ou
de nossa cura.
Desse modo o alcoólatra reaparecerá junto de pais
dipsômanos, para sofrer de novo a vizinhança do vício,
alijando-o de si mesmo.
O criminoso ressurge no ambiente em que delinquiu
para dominar os pensamentos culposos que lhe vergastam
o espírito.
O suicida retornará ao veículo denso com os mesmos
problemas em que se emaranhou nas trevas da alma, recapitulando,
de novo, a lição do sofrimento para entesourar
fortaleza e superação.
O malfeitor renascerá nos sítios em que as sombras se
refugiam para compreender a grandeza da luz, consagrando-
se a ela.
Quase sempre pela porta de entrada na esfera das criaturas
humanas, é possível identificar a natureza de nossos
débitos e reconhecer a nossa posição diante da Lei, exceção
feita aos grandes missionários cujo patrimônio de
virtude e de amor, de compreensão e sabedoria transcende
o quadro de todas as influências terrestres.
Repara em que espécie de provação e em que linha
social te situas, buscando exercer a humildade e o bem, a
coragem e o serviço onde estiveres, porque, hoje ou amanhã,
a vida ensinar-te-á que ninguém recebe um corpo de
carne para falir, mas sim para trabalhar e aprender dignamente,
alcançando-se com o tempo a mais altos níveis da
Vida Eterna.
Autor: Emmanuel
Do livro:Semeador em tempos novos
Resistência ao mal
Bem-aventurados os pobres de vaidades e ambições que sabem render culto de confiança ao Pai!
Bem-aventurados os ricos de amor indiscriminado e indistinto que sabem ampliar as fronteiras do Reino da
Esperança entre os que se debatem nas malhas cruéis do desespero e da ignorância!
Bem-aventurados os simples que não se ensoberbecem na grandeza nem se amesquinham na aflição!
Bem-aventurados os que se doam ao melhor da vida para a vida melhor do espírito!
Somos a imensa família do Cristo, atados por liames fortes do pretérito-próximo, convocados para a redenção de nós mesmos. Lutas e desenganos não nos devem arrefecer ante as tarefas que nos competem desenvolver. Somos espíritos enfermos em tratamento de emergência nas mãos de Jesus, o amigo incomparável e constante. Muitas chagas que teimam por continuar abertas, aguardam nossa imediata enfermagem envidando esforços expressivos para cicatrizá-las.
Aqui é a antipatia gratuita esperando nosso apaziguamento; ali é a revolta insensata aguardando pacificação;
à frente é pessimismo retratando hoje os fracassos de ontem, que devemos combater com a clara manhã da esperança; ao lado é a dor, são as mágoas, são os constrangimentos irritantes desejando o bálsamo da nossa bondade e a esponja do nosso otimismo, embora nos pareçam trevas ameaçadoras em nossos céus...
Para que haja paz, em nós, ajudemos todos com a nossa cordialidade e sigamos adiante...
Companheiros valorosos se dizem desanimados ante os maus exemplos e os fracassos que constatam a cada passo. Esquecem-se, no entanto, dos triunfos demorados daqueles que só hoje caíram, quando poderiam ter caído há tempos; daqueles que sofreram o dilacerar do coração sob o relho de tormentos íntimos, por todos ignorados; dos que se debruçaram sobre as bordas do abismo do autocídio e recuaram, derrapando com desvios de consequências menos graves; dos amigos que estiveram loucos na dor, discretamente lutando sozinhos, e só agora não mais conseguiram manter a aparência, entregando-se exânime ao desequilíbrio...
Autor: Joanna de Ângelis
Do livro: Lampadário Espírita
Bem-aventurados os ricos de amor indiscriminado e indistinto que sabem ampliar as fronteiras do Reino da
Esperança entre os que se debatem nas malhas cruéis do desespero e da ignorância!
Bem-aventurados os simples que não se ensoberbecem na grandeza nem se amesquinham na aflição!
Bem-aventurados os que se doam ao melhor da vida para a vida melhor do espírito!
Somos a imensa família do Cristo, atados por liames fortes do pretérito-próximo, convocados para a redenção de nós mesmos. Lutas e desenganos não nos devem arrefecer ante as tarefas que nos competem desenvolver. Somos espíritos enfermos em tratamento de emergência nas mãos de Jesus, o amigo incomparável e constante. Muitas chagas que teimam por continuar abertas, aguardam nossa imediata enfermagem envidando esforços expressivos para cicatrizá-las.
Aqui é a antipatia gratuita esperando nosso apaziguamento; ali é a revolta insensata aguardando pacificação;
à frente é pessimismo retratando hoje os fracassos de ontem, que devemos combater com a clara manhã da esperança; ao lado é a dor, são as mágoas, são os constrangimentos irritantes desejando o bálsamo da nossa bondade e a esponja do nosso otimismo, embora nos pareçam trevas ameaçadoras em nossos céus...
Para que haja paz, em nós, ajudemos todos com a nossa cordialidade e sigamos adiante...
Companheiros valorosos se dizem desanimados ante os maus exemplos e os fracassos que constatam a cada passo. Esquecem-se, no entanto, dos triunfos demorados daqueles que só hoje caíram, quando poderiam ter caído há tempos; daqueles que sofreram o dilacerar do coração sob o relho de tormentos íntimos, por todos ignorados; dos que se debruçaram sobre as bordas do abismo do autocídio e recuaram, derrapando com desvios de consequências menos graves; dos amigos que estiveram loucos na dor, discretamente lutando sozinhos, e só agora não mais conseguiram manter a aparência, entregando-se exânime ao desequilíbrio...
Autor: Joanna de Ângelis
Do livro: Lampadário Espírita
Juízo
Não é necessário que a morte abra as portas de tribunais supremos para que o homem seja julgado em definitivo.
A vida faz análise todos os dias e a luta é o grande movimento seletivo, através do qual observamos diversas sentenças a se evidenciarem nos variados setores da atividade humana.
A moléstia julga os excessos.
A exaustão corrige o abuso.
A dúvida retifica a leviandade.
A aflição reajusta os desvios.
O tédio pune a licença.
O remorso castiga as culpas.
A sombra domina os que fogem à luz.
O isolamento fere o orgulho.
A desilusão golpeia o egoísmo.
As chagas selecionam as células do corpo.
Cada sofrimento humano é aresto do juízo divino em função na vida contingente da Terra.
Cada criatura padece determinadas sanções em seu campo de experiência.
Compreendendo a justiça imamente do Senhor, em todas as circunstâncias e em todas as coisas, atendamos a sementeira do bem, aqui e agora, na certeza de que, segundo a palavra do Mestre, cada espírito receberá os bens e os males do patrimônio infinito da vida, de conformidade com as próprias obras.
Autor: Emmanuel
Do livro: taça de Luz
A vida faz análise todos os dias e a luta é o grande movimento seletivo, através do qual observamos diversas sentenças a se evidenciarem nos variados setores da atividade humana.
A moléstia julga os excessos.
A exaustão corrige o abuso.
A dúvida retifica a leviandade.
A aflição reajusta os desvios.
O tédio pune a licença.
O remorso castiga as culpas.
A sombra domina os que fogem à luz.
O isolamento fere o orgulho.
A desilusão golpeia o egoísmo.
As chagas selecionam as células do corpo.
Cada sofrimento humano é aresto do juízo divino em função na vida contingente da Terra.
Cada criatura padece determinadas sanções em seu campo de experiência.
Compreendendo a justiça imamente do Senhor, em todas as circunstâncias e em todas as coisas, atendamos a sementeira do bem, aqui e agora, na certeza de que, segundo a palavra do Mestre, cada espírito receberá os bens e os males do patrimônio infinito da vida, de conformidade com as próprias obras.
Autor: Emmanuel
Do livro: taça de Luz
Tudo é beleza
Tudo é beleza na Obra Divina. Reservado vos está, em vossa ascensão, apreciar os inumeráveis aspectos, risonhos ou terríveis, desde a flor delicada até os astros rutilantes, assistir às eclosões dos mundos e das humanidades; sentireis, ao mesmo tempo, desenvolver-se vossa compreensão das coisas celestiais e aumentar vosso desejo ardente de penetrar em Deus, de vos mergulhardes nele, em sua luz, em seu amor; em Deus, nossa origem, nossa essência, nossa vida!
A inteligência humana não pode descrever os futuros que pressente, as ascensões que entrevê. Nosso espírito, encarcerado num corpo de argila, nos laços de um organismo perecível, não pode encontrar nele os recursos necessários para exprimir estes esplendores; a expressão ficará sempre aquém das realidades. A alma, em suas intuições profundas, tem a sensação das coisas infinitas, de que ela participa e às quais aspira. Seu destino é vivê-las e gozá-las cada vez mais. Mas, em vão procuraria
exprimi-las com o balbuciar da fraca linguagem humana, debalde se esforçaria por traduzir as coisas eternas na linguagem da Terra. A palavra é impotente, mas a consciência evolvida percebe as radiações sutis da vida superior.
Dia virá em que a alma engrandecida dominará o tempo e o espaço. Um século não será para ela mais do que um instante na duração e, num lampejo do seu pensamento, transporá os abismos do céu. Seu organismo sutil, apurado em milhares de vidas, há de vibrar a todos os sopros, a todas as vozes, a todos os apelos da imensidade. Sua
memória mergulhará nas idades extintas. Poderá reviver à vontade tudo o que tiver vivido, chamar a si as almas queridas que compartilharam de suas alegrias e de suas dores, e juntar-se a elas.
Autor: Léon Denis
Do livro: O Problema do Ser, do Destino e da Dor
A inteligência humana não pode descrever os futuros que pressente, as ascensões que entrevê. Nosso espírito, encarcerado num corpo de argila, nos laços de um organismo perecível, não pode encontrar nele os recursos necessários para exprimir estes esplendores; a expressão ficará sempre aquém das realidades. A alma, em suas intuições profundas, tem a sensação das coisas infinitas, de que ela participa e às quais aspira. Seu destino é vivê-las e gozá-las cada vez mais. Mas, em vão procuraria
exprimi-las com o balbuciar da fraca linguagem humana, debalde se esforçaria por traduzir as coisas eternas na linguagem da Terra. A palavra é impotente, mas a consciência evolvida percebe as radiações sutis da vida superior.
Dia virá em que a alma engrandecida dominará o tempo e o espaço. Um século não será para ela mais do que um instante na duração e, num lampejo do seu pensamento, transporá os abismos do céu. Seu organismo sutil, apurado em milhares de vidas, há de vibrar a todos os sopros, a todas as vozes, a todos os apelos da imensidade. Sua
memória mergulhará nas idades extintas. Poderá reviver à vontade tudo o que tiver vivido, chamar a si as almas queridas que compartilharam de suas alegrias e de suas dores, e juntar-se a elas.
Autor: Léon Denis
Do livro: O Problema do Ser, do Destino e da Dor
Prejuízos e Vantagens
Quem assestar a observação pessoal em torno de si, descobrirá que o mundo se constitui de recantos multifaces, atraindo reflexões, qual se os olhos fossem caleidoscópios para visões de profundidade nos domínios da alma.
De trecho em trecho, um quadro sugerindo meditações:
O campo cultivado, embora a rudeza do solo.
O charco absorvendo considerável extensão de terra boa.
O jardim florindo, conquanto, às vezes, adubado a detritos.
O espinheiro deitando acúleos sobre a gleba fértil.
A casa singela de quatro aposentos, em muitas ocasiões, aguentando mais de vinte pessoas.
O edifício de formação enorme, superlotado de comodidades, carregando apenas dois a três habitantes.
A árvore sacrificada pela influência de passaritos e ofertando frutos em todas as direções.
O tronco opulento, rico de galharia, a revestir-se de beleza sem a mínima utilidade.
A fonte distribuindo benefícios, apesar de movimentar-se entre montões de pedras e areia.
O repuxo multicolorido que impressiona a vista sem saciar a sede, posto que situado no reconforto da praça pública.
Do mesmo modo encontramos o mundo moral em que respiramos.
Cada criatura é recanto vivo nos planos da consciência.
Muitos se queixam de imperfeições e dificuldades; inúmeros não enxergam as oportunidades e os talentos que usufruem.
Se todos temos empeços, todos igualmente desfrutamos vantagens.
Uns, possuindo vastos recursos, ocasionam prejuízos sem conta; outros, cercados de obstáculos, produzem valores imperecíveis.
Dirijamos as lentes do estudo desapaixonado sobre nós mesmos e perceberemos, de imediato, o que realmente somos e o que podemos ser, em matéria de bem ou mal, para os outros, na ordem da vida, tudo dependendo da aplicação de nosso livre-arbítrio.
Autor: André Luiz
Do livro: Sol das Almas
De trecho em trecho, um quadro sugerindo meditações:
O campo cultivado, embora a rudeza do solo.
O charco absorvendo considerável extensão de terra boa.
O jardim florindo, conquanto, às vezes, adubado a detritos.
O espinheiro deitando acúleos sobre a gleba fértil.
A casa singela de quatro aposentos, em muitas ocasiões, aguentando mais de vinte pessoas.
O edifício de formação enorme, superlotado de comodidades, carregando apenas dois a três habitantes.
A árvore sacrificada pela influência de passaritos e ofertando frutos em todas as direções.
O tronco opulento, rico de galharia, a revestir-se de beleza sem a mínima utilidade.
A fonte distribuindo benefícios, apesar de movimentar-se entre montões de pedras e areia.
O repuxo multicolorido que impressiona a vista sem saciar a sede, posto que situado no reconforto da praça pública.
Do mesmo modo encontramos o mundo moral em que respiramos.
Cada criatura é recanto vivo nos planos da consciência.
Muitos se queixam de imperfeições e dificuldades; inúmeros não enxergam as oportunidades e os talentos que usufruem.
Se todos temos empeços, todos igualmente desfrutamos vantagens.
Uns, possuindo vastos recursos, ocasionam prejuízos sem conta; outros, cercados de obstáculos, produzem valores imperecíveis.
Dirijamos as lentes do estudo desapaixonado sobre nós mesmos e perceberemos, de imediato, o que realmente somos e o que podemos ser, em matéria de bem ou mal, para os outros, na ordem da vida, tudo dependendo da aplicação de nosso livre-arbítrio.
Autor: André Luiz
Do livro: Sol das Almas
A caridade
A caridade tem outras formas que não a solicitude pelos desgraçados. A caridade material, ou a beneficência, pode se aplicar a um certo número de nossos semelhantes, sob a forma de socorro, de sustentação, de encorajamento. A caridade moral deve se estender a todos aqueles que partilham da nossa vida nesse mundo. Ela não consiste mais em esmolas, mas numa benevolência que deve envolver todos os homens, do mais virtuoso ao mais criminoso, e regular nossas relações com eles. Essa caridade, todos podemos praticá-la, por mais modesta que seja nossa condição.
A verdadeira caridade é paciente e indulgente. Não magoa, não desdenha a ninguém, é tolerante, e se procura dissuadir, é com doçura, sem machucar nem atacar as idéias enraizadas.
Entretanto, essa virtude é rara. Um certo fundo de egoísmo nos leva muito mais a observar, a criticar os defeitos do próximo, enquanto nos cegamos para com os nossos. Mesmo que haja em nós tantos defeitos, empregamos voluntariamente nossa sagacidade para fazer sobressair os defeitos dos nossos semelhantes. Por isso, não há verdadeira superioridade moral sem a caridade e a modéstia. Não temos o direito de condenar nos outros faltas a que nós mesmos estamos expostos; e, embora nossa elevação moral nos tenha libertado dessas fraquezas para sempre, não devemos esquecer de que houve um tempo em que nos debatíamos contra a paixão e o vício.
Há poucos homens que não têm maus hábitos a corrigir, deploráveis pendores a reformar. Lembremo-nos de que seremos julgados com a mesma medida que nos tenha servido para medir nossos semelhantes. As opniões que temos deles são quase sempre um reflexo da nossa própria natureza. Sejamos mais prontos em desculpar do que em censurar.
Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte
A verdadeira caridade é paciente e indulgente. Não magoa, não desdenha a ninguém, é tolerante, e se procura dissuadir, é com doçura, sem machucar nem atacar as idéias enraizadas.
Entretanto, essa virtude é rara. Um certo fundo de egoísmo nos leva muito mais a observar, a criticar os defeitos do próximo, enquanto nos cegamos para com os nossos. Mesmo que haja em nós tantos defeitos, empregamos voluntariamente nossa sagacidade para fazer sobressair os defeitos dos nossos semelhantes. Por isso, não há verdadeira superioridade moral sem a caridade e a modéstia. Não temos o direito de condenar nos outros faltas a que nós mesmos estamos expostos; e, embora nossa elevação moral nos tenha libertado dessas fraquezas para sempre, não devemos esquecer de que houve um tempo em que nos debatíamos contra a paixão e o vício.
Há poucos homens que não têm maus hábitos a corrigir, deploráveis pendores a reformar. Lembremo-nos de que seremos julgados com a mesma medida que nos tenha servido para medir nossos semelhantes. As opniões que temos deles são quase sempre um reflexo da nossa própria natureza. Sejamos mais prontos em desculpar do que em censurar.
Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte
Alienação mental
Enquanto o vício se nos reflete no corpo, os abusos da consciência se nos estampa na alma, segundo a modalidade de nossos desregramentos.
É assim que atravessamos as cinzas da morte, em perigoso desequilíbrio da mente, quantos se consagraram no mundo à crueldade e à injustiça, furtando a segurança e a felicidade dos outros.
Fazedores de guerra que depravaram a confiança do povo com peçonhento apetite de sangue e ouro, legisladores despóticos que perverteram a autoridade, magnatas do comércio que segregaram o pão, agravando a penúria do próximo, profissionais do Direito que buscaram torturar a verdade em proveito do crime, expoentes da usura que trancafiaram a riqueza coletiva necessária ao progresso, artistas que venderam a sensibilidade e a cultura, degradando os sentimentos da multidão, e homens e mulheres que trocaram o templo do lar pelas aventuras da deserção, acabando no suicídio ou na delinquência, encarceram-se nos vórtices da loucura, penetrando, depois, na vida espiritual como fantasmas de arrependimento e remorso, arrastando consigo as telas horripilantes da culpa em que se lhes agregram os pensamentos.
E a única terapêutica de semelhantes doentes é a volta aos berços de sombra em que, através da reencarnação redentora, ressurgem no vaso físico - cela preciosa de tratamento - , na condição de crianças-problema em dolorosas pertubações.
Todos vós, desse modo, que recebestes no lar anjos tristes, no eclipse da razão, conchegai-os com paciência e ternura, porquanto são, quase sempre, laços enfermos de nosso próprio passado, inteligências que decerto auxiliamos irrefletidamente a perder e que, hoje, retornam à concha de nossos braços, esmolando entendimento e carinho, para que se refaçam, na clausura da inibição e da idiotia, para bênção da liberdade e para a glória da luz.
Autor: Emmanuel
Do livro: Religião dos Espíritos
É assim que atravessamos as cinzas da morte, em perigoso desequilíbrio da mente, quantos se consagraram no mundo à crueldade e à injustiça, furtando a segurança e a felicidade dos outros.
Fazedores de guerra que depravaram a confiança do povo com peçonhento apetite de sangue e ouro, legisladores despóticos que perverteram a autoridade, magnatas do comércio que segregaram o pão, agravando a penúria do próximo, profissionais do Direito que buscaram torturar a verdade em proveito do crime, expoentes da usura que trancafiaram a riqueza coletiva necessária ao progresso, artistas que venderam a sensibilidade e a cultura, degradando os sentimentos da multidão, e homens e mulheres que trocaram o templo do lar pelas aventuras da deserção, acabando no suicídio ou na delinquência, encarceram-se nos vórtices da loucura, penetrando, depois, na vida espiritual como fantasmas de arrependimento e remorso, arrastando consigo as telas horripilantes da culpa em que se lhes agregram os pensamentos.
E a única terapêutica de semelhantes doentes é a volta aos berços de sombra em que, através da reencarnação redentora, ressurgem no vaso físico - cela preciosa de tratamento - , na condição de crianças-problema em dolorosas pertubações.
Todos vós, desse modo, que recebestes no lar anjos tristes, no eclipse da razão, conchegai-os com paciência e ternura, porquanto são, quase sempre, laços enfermos de nosso próprio passado, inteligências que decerto auxiliamos irrefletidamente a perder e que, hoje, retornam à concha de nossos braços, esmolando entendimento e carinho, para que se refaçam, na clausura da inibição e da idiotia, para bênção da liberdade e para a glória da luz.
Autor: Emmanuel
Do livro: Religião dos Espíritos
Honestidade
A honestidade é a essência mesma do homem moral. Desde que daí se desvie, fica infeliz. O homem bom faz o bem pelo bem, sem procurar aprovação nem recompensa. Ignorando o ódio, a vingança, esquece as ofensas e perdoa os inimigos. É benevolente com todos, protetor dos humildes. Em cada homem vê um irmão, não importa qual seja seu país, qual seja sua fé. Cheio de tolerância, respeita as crenças sinceras, desculpa os defeitos dos outros, ressalta-lhes as qualidades e nunca maldiz. Usa com moderação os bens que a vida lhe concede, consagra-os ao melhoramento social, na pobreza, não inveja e não sente ciúmes de ninguém.
A honestidade perante o mundo nem sempre é a honestidade segundo as leis divinas. A opinião pública tem seu preço; torna mais agradável a prática do bem, mas não se poderia considerá-la infalível. O sábio não a desdenha, sem dúvida; mas, quando é injusta ou insuficiente, vai além e pauta seu dever por uma regra mais segura. O mérito, a virtude são, às vezes, desconhecidos na Terra, e os julgamentos da multidão são frequentemente influenciados pelas suas paixões e seus interesses materiais. O homem bom procura, antes de tudo, sua própria estima e o consentimento de sua consciência.
Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte
A honestidade perante o mundo nem sempre é a honestidade segundo as leis divinas. A opinião pública tem seu preço; torna mais agradável a prática do bem, mas não se poderia considerá-la infalível. O sábio não a desdenha, sem dúvida; mas, quando é injusta ou insuficiente, vai além e pauta seu dever por uma regra mais segura. O mérito, a virtude são, às vezes, desconhecidos na Terra, e os julgamentos da multidão são frequentemente influenciados pelas suas paixões e seus interesses materiais. O homem bom procura, antes de tudo, sua própria estima e o consentimento de sua consciência.
Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte
Assinar:
Postagens (Atom)