Ora e Serve

Afirmas que o progresso, exprimindo felicidade e aprimoramento, é o porto a que te destinas, no mar da experiência terrestre, mas, se cultivas sinceridade e decisão contigo mesmo, abraça o trabalho e a prece, como sendo
a embarcação e a bússola do caminho.

Rochedos de incompreensão escondem-se, traiçoeiros, sob a crista das ondas, ameaçando-te a rota.

No entanto, ora e serve.

A prece ilumina.

O trabalho liberta.

Monstros do precipício surgem à tona, inclinando-te à perturbação e ao soçobro.

Contudo, ora e serve.

A prece guia.

O trabalho defende (...)

Companheiros queridos que te suavizavam as agruras da marcha desembarcam nas ilhas de enganoso descanso, deixando-te as mãos sob multiplicados encargos.

Todavia, ora e serve.

A prece consola.

O trabalho sustenta.

Em todos os problemas e circunstâncias que te pareçam superar o quadro das próprias forças, ora e serve.

A prece é silêncio que inspira.

O trabalho é atividade que aperfeiçoa.

O viajor mais importante da Terra também passou pelo oceano do suor e das lágrimas, orando e servindo. Tão escabrosa lhe foi a peregrinação, entre os homens, que não sobrou amigo algum para compartilhar-lhe espontaneamente
os júbilos da chegada pelo escaler em forma de cruz. Tão alto, porém, acendeu ele a flama da prece que pode compreender e desculpar os próprios algozes, e tão devotadamente se consagrou ao trabalho que conseguiu vencer os abismos da morte e voltar aos braços dos amigos vacilantes, como a repetir-lhes em regozijo e vitória:
— “Tende bom ânimo! Eu estou aqui.”


Autor: Emmanuel
Do livro: Justiça Divina

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