A Reforma do Caráter


A Reforma do Caráter
Não há progresso possível sem uma observação atenta de nós mesmos. É preciso vigiar todos os nossos atos impulsivos, a fim de conseguirmos saber em que sentido devemos direcionar nossos esforços para nos melhorarmos. Primeiro, regular a vida física, reduzir as necessidades materiais ao necessário, para assegurar a saúde do corpo, este instrumento indispensável ao nosso papel na Terra. Depois, disciplinar nossas impressões, nossas emoções; exercitar-nos em dominá-las, em utilizá-las como agentes de nosso aperfeiçoamento moral. Aprender, sobretudo, a esquecer a nós mesmos, a fazer o sacrifício do eu, a nos despojar de qualquer sentimento de egoísmo. Só somos verdadeiramente felizes, neste mundo, na medida em que sabemos esquecer a nós mesmos.


Não basta crer e saber, é necessário viver nossa crença, isto é, deixar penetrar, na prática quotidiana da vida, os princípios superiores que adotamos. É preciso habituar- nos à comunhão, pelo pensamento e pelo coração, com os espíritos eminentes que deles foram os reveladores; com todas as almas de elite que têm servido de guias para a Humanidade, viver com eles em uma intimidade diária, inspirar-nos em sua maneira de ver e sentir a influência deles, através desta percepção íntima que nossas relações com o mundo invisível desenvolvem.

Entre essas grandes almas, é bom escolher uma como exemplo, a mais digna de nossa admiração e, em todas as circunstâncias difíceis, em todos os casos em que nossa consciência oscila entre dois partidos a tomar, perguntar-nos o que ela teria decidido e agir da mesma forma. 


Autor: Léon Denis
Do Livro: O Problema do Ser e do Destino

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