O Senhor da Vida

O Senhor da Vida
O Senhor da Vida
“Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade materialista desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana naufragava nos desmandos da corrupção; Ele veio fazer brilhar, no meio da Humanidade oprimida, os triunfos do sacrifício e da renúncia à sensualidade. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. IX, item 8.)



Eis que o Senhor Jesus se apresenta para todos nós como o Mestre do amparo, do conforto espiritual, do equilíbrio!

Normalmente, quando pensamos em Jesus, identificamos os sentimentos da pacificação e do amor, parecendo ser o Mestre pessoa diáfana e capaz de agir de maneira enérgica, ou mesmo aquele homem curador que somente via necessitados à sua volta. Entretanto, o Senhor foi muito mais que isso, e seu trabalho educativo sobreviveu tanto quanto as suas práticas generosas, características da sua bondade.

Seus ensinamentos permaneceram educando, orientando, mostrando a milhões de almas o caminho a ser seguido. Sua determinação foi e continua sendo tão grande, que ele prometeu trazer-nos alguma forma de orientação nova, que veio a ser, justamente, a Doutrina Espírita.

Encontro de Natal

Encontro de Natal
Encontro de Natal
Percebes que o céu te chama a partilhar os júbilos da exaltação do Senhor nas sombras do mundo.


Entretanto, misturada ao regozijo que te acalenta a esperança, carregas a névoa sutil de recôndita angústia, como se trouxesses no peito um canteiro de rosas orvalhado de lágrimas!...

É que retratas no espelho da própria emoção o infortúnio de tantos outros companheiros que foram inutilmente convidados para a consagração da alegria. Levantaste no lar a árvore da ventura doméstica, de cujos galhos pendem os frutos do carinho perfeito, entretanto, não longe, cambaleiam seguidores de Jesus, suspirando por leve proteção que os resguarde contra o frio da noite; banqueteias-te, sob guirlandas festivas, mas, a poucos passos da própria casa, mães e crianças desprotegidas, aguardando o socorro de

O amor de Jesus

O amor de Jesus
O amor de Jesus
“Tudo é fácil, àquele que crê e que ama; o amor o preenche de uma alegria inexprimível.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. I, item 10.)


Jesus é o Mestre do amor, do equilíbrio, da serenidade, e ao mesmo tempo da compaixão, valores esses que, associados, produzem o amor.

O amor que Jesus nos dispensa torna-nos capazes de prosseguir adiante, quando temos problemas por enfrentar, por sabermos que ele conduz a Humanidade toda, qual um enorme rebanho conduzido por seu pastor.

Compreensivo, ajuda-nos nos momentos de inquietações. Amoroso, ensina-nos, carinhosamente, sempre. Mestre, é capaz de sustentar-nos o ensino, a despeito de todas as dificuldades de assimilação. Condutor dos nossos destinos, prepara-nos sempre novas reencarnações ou novas oportunidades de aprendermos, com vistas ao nosso progresso. Tudo isso para prover o homem de um elemento tantas vezes renegado pela falta de compreensão.

Jesus nos ajuda, para promover nossa elevação e, consequentemente, nossa felicidade. Quantas vezes, brigamos, altercamos, defendemos pontos de vista que nem sempre são justos, por nos faltar a visão crística do assunto! Lutamos em nome da verdade, mas nem sempre a nossa verdade está do lado do Cristo. Por isso mesmo, cada um de nós deve ter O Evangelho Segundo o Espiritismo como seu livro de cabeceira; cada um de nós deve lutar pela emancipação de sua alma, estudar, pensar, definir sua vida em nome do amor cristão.

Jesus, parâmetro de renovação

Jesus, parâmetro de renovação
Jesus, parâmetro de renovação
“A situação material e moral da Humanidade terrestre nada tem de espantoso, se levarmos em consideração o destino da Terra e a natureza daqueles que a habitam.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. III, item 6.)


Diz-se que a Terra, planeta em que se vive, é o resultado do homem que a habita. Do nosso mundo terreno, a maioria dos homens são sofredores, inquietos, desarmonizados, sem pacificação; por isso, como resultado imediato, temos guerras, tufões, desacertos sociais, inquietações humanas as mais diversas.

Quando o homem aprender a amar, ele equilibrará todas as forças que são próprias do planeta. Harmonizando-se essas forças, veremos aqui o lugar de equilíbrio e paz que almejamos.

Os renascidos, ao encontrar o planeta pacificado, serão também seres pacíficos. Os que desejarem criar clima de guerra, ao contato das forças de equilíbrio, se tornarão menos belicosos e não haverá a guerra. Enfim, teremos a paz porque seremos pacíficos.

Mas vejamos um aspecto interessante da Terra, de que normalmente o homem não se apercebe: a vinda de Jesus. O Mestre encontrou o planeta envolvido na forma material dos homens, em sua maioria voltados para a desarmonia e o desequilíbrio. A guerra era a condição natural de convivência entre os seres. Os homens desrespeitavam integralmente aos homens; os filhos eram verdadeiros escravos do pai; as mulheres não eram tidas em nenhuma consideração, de um ponto de vista geral.

A realeza de Jesus

A realeza de Jesus
A realeza de Jesus
“Qual é, meus amigos, esse bálsamo poderoso, que possui tanta virtude, esse bálsamo que se aplica sobre todas as chagas do coração e consegue curá-las? É o amor, é a caridade! Se tiverdes esse fogo divino, o que podereis temer?” (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. VIII, item 19.)


No âmbito do estudo de hoje, como se falou acerca da realeza de Jesus, lembramo-nos de que esta realeza trouxe para nós uma responsabilidade que não deve ser esquecida por ninguém, sob pena de não haver um perfeito entendimento da sua doutrina.

Foi-nos lembrado que há uma realeza moral; foi também recordado que o homem precisa conduzir seus pensamentos de acordo com essa realeza. Se, entretanto, em nós intimamente não houver um sentimento de respeito àquele que nos fala, àquele que nos ensina, o sentido dado à realeza moral se perderá. É preciso que aprendamos, intimamente, a respeitar valores, a compreender que há criaturas que possuem um certo conhecimento acima do nosso e que, por isso mesmo, devemos ouvi-las com respeito, atenção, compreensão e valorização de tudo aquilo que essas pessoas têm para nos dizer.

Sentidos Interiores

Sentidos Interiores
Sentidos Interiores
É por seus sentidos interiores que o ser humano percebe os fatos e as verdades de ordem transcendental. Os sentidos físicos enganam; só distinguem a aparência das coisas e nada seriam sem este sensorium que agrupa, centraliza suas percepções e as transmite à alma; esta registra o todo e dele depreende o efeito útil. Mas, para além deste sensorium de superfície, há outro mais oculto ainda, que discerne as regras e as coisas do mundo metafísico. É este sentido profundo, desconhecido, não utilizado pela maioria dos homens, que certos experimentadores identificaram com o nome de consciência subliminar.

A maior parte das grandes descobertas não foi senão a confirmação, no plano físico, das ideias percebidas pela intuição ou sentido íntimo. Por exemplo, Newton havia concebido, há muito tempo, a ideia da atração universal, quando a queda de uma maçã veio demonstrá-la objetivamente a seus sentidos materiais.

Assim como existem, em nós, um organismo e um sensorium físicos que nos permitem a relação com os seres e as coisas do plano material, existe, também, um sentido espiritual, graças ao qual, certos homens penetram, desde já, no domínio da vida invisível. Depois da morte, quando tiver caído o véu da carne, este sentido tornar-se-á o centro único de nossas percepções.

Por que Espiritismo?

Por que Espiritismo?
Por que Espiritismo?
Todas as religiões são parcelas da verdade.

Todas as religiões — caminhos para Deus — são bênçãos e luzes da Humanidade e para a Humanidade.

Então, — indagar-se-á — por que o Espiritismo?

Tentemos esclarecer, porém, que as religiões tradicionais, embora veneráveis, jazem comprometidas com preconceitos e dogmas que, até certo ponto, lhes são necessários à função e à estrutura. No âmbito delas, a criatura se satisfaz, até que a indagação lhe exija voos para além das constrições impostas pela autoridade
humana ou até que a dor lhe estilhace o envoltório de crenças úteis, mas superficiais, no qual se acomoda à estreiteza de vistas.

Sintonia seletiva

Sintonia seletiva
Sintonia seletiva
Na mediunidade, o médium deve se esforçar pela sintonia seletiva, quer dizer, tanto quanto possível, carece de se isolar das ondas mentais que o circundam, porquanto, na chamada sintonia seletiva, o médium deve procurar o pensamento do espírito que com ele estabelece uma certa empatia, para que consiga retratá-lo ou intermediá-lo ou ainda interpretá-lo com a fidelidade que se espera.

Seja na tarefa da psicografia ou do transe psicofônico, no serviço com as entidades esclarecidas ou no atendimento às entidades infelizes, que o médium procure essa sintonia seletiva — para tanto, durante o dia todo, ele há de se precaver e se manter vigilante, para que as suas defesas não cedam ante o assédio dos pensamentos gravitantes de encarnados e

Pensamento

Pensamento
Pensamento
Para dar ao pensamento toda sua força e sua amplitude, nada é mais eficaz que a pesquisa dos grandes problemas. Para bem exprimir, é preciso sentir intensamente; para apreciar as sensações elevadas e profundas, é necessário remontar à fonte de onde se originam toda vida, toda harmonia, toda beleza.

O que há de nobre e de elevado, no domínio da inteligência, emana de uma causa eterna, viva e pensante. Quanto maior é a impulsão do pensamento em direção a esta causa, mais alto ele paira, mais radiosas são, também, as claridades entrevistas, mais inebriantes as alegrias sentidas, mais poderosas as forças adquiridas, mais geniais as inspirações! Depois de cada voo, o pensamento retorna, vivificado, esclarecido, ao campo terrestre, para retomar a tarefa, através da qual continuará crescendo, pois é o trabalho que faz a inteligência, como é a inteligência que faz a beleza, o esplendor da obra concluída.

Ergue teu olhar, ó pensador, ó poeta! Lança teu grito de apelo, de aspiração, de prece! Diante do mar de múltiplos reflexos, à vista de brancos picos longínquos ou do Infinito estrelado, nunca experimentaste estas

O Mestre entre os homens

O Mestre entre os homens
O Mestre entre os homens
“Jesus não veio destruir a Lei, isto é, a Lei de Deus. Ele veio cumpri-la, ou seja, desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens.” (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. I, item 3.)

Meditemos sobre a figura de Jesus. Meditemos um tanto sobre sua passagem pela Terra. Observemos alguns fatos marcantes da trajetória de Jesus neste planeta:

A simplicidade do local de seu nascimento.

Sua posição de humildade e compreensão do Pai.

O amor materno que o sustentou.

Seu crescimento entre o trabalho.

Sua entrada no próprio núcleo do Judaísmo, falando da ideia de Deus, para os chamados “homens sábios” da época.

O divulgar uma doutrina baseada no sentimento do amor ao próximo.

O Médium e os bons espíritos

O Médium e os bons espíritos
O Médium e os bons espíritos
Os bons espíritos, aqueles que se encontram em serviço junto à Humanidade terrestre, não têm tempo a perder. Eles não são assim tão numerosos quanto se pensa e, por isto, não devemos abusar de seu tempo, como se estivessem sempre à nossa disposição.

Os médiuns precisam estar conscientes disto, para que não creiam que possam chamá-los à vontade, indisciplinados no exercício da própria mediunidade.

É certo que na Terra enxameiam espíritos, mas a imensa maioria são espíritos de condição evolutiva semelhante à dos homens e pouco tem a lhes acrescentar.

Quando os bons espíritos se aproximam de um médium, seja ele novato ou experiente, é porque pretendem
desenvolver com ele um trabalho sério, um trabalho útil à coletividade.

Enganam-se os médiuns principiantes, quando imaginam que os espíritos superiores não têm horários a serem obedecidos em suas atividades junto aos homens, e enganam-se também, quando supõem que eles não tenham outras ocupações no mundo espiritual.

O Espiritismo

O Espiritismo
O Espiritismo
O Espiritismo, sabiamente pra ti cado, não é somente uma fon te profunda de ensinamento; é também um meio de treinamento moral. Os avisos, os conselhos dos espíritos, suas descrições da vida do Além influem nos nossos pensamentos e nos nossos atos; eles preparam uma lenta modificação do nosso caráter e de nossa maneira de viver.

Nada é mais impressionante do que ouvir, no decorrer das sessões de evocações, a narrativa, a confissão das angústias experimentadas pelo espírito que empregou mal sua vida terrestre; do egoísta, que apenas encontra a indiferença e o vazio em torno de si; do invejoso, que se sente mergulhado numa espécie de noite produzida pelo acúmulo de seus maus pensamentos, de seus maldosos propósitos.

Dentre numerosos fatos, citaremos este que se produziu no nosso grupo de estudos: o espírito de uma antiga vendedora de legumes de Amiens gostava de nos lembrar sua ansiedade e sua perturbação, quando, após o falecimento, encontrou-se no meio de espessas trevas, efeito das maledicências e disputas às quais ela frequentemente se entregava. Longa e penosa foi sua espera. Finalmente, após anos de incerteza, de morno

No erguimento da paz

No erguimento da paz
No erguimento da paz
“Bem-aventurados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus.” – JESUS. (Mateus, 5:9.)

Efetivamente, precisamos dos artífices da inteligência, habilitados a orientar o progresso das ciências no Planeta. Necessitamos, porém, e talvez mais ainda, dos obreiros do bem, capazes de assegurar a paz no mundo. Não somente daqueles que asseguram o equilíbrio coletivo na cúpula das nações, mas de quantos se consagram ao cultivo da paz no cotidiano:

dos que saibam ouvir assuntos graves, substituindo-lhes os ingredientes vinagrosos pelo bálsamo do entendimento fraterno;

dos que percebem a existência do erro e se dispõem a saná-lo, sem alargar-lhe a extensão com críticas destrutivas;

dos que enxergam problemas, procurando solucioná-los, em silêncio, sem conturbar o ânimo alheio;

dos que recolhem confidências aflitivas, sem passá-la adiante; dos que identificam os conflitos dos outros, ajudando-os sem referências amargas;

dos que desculpam ofensas, lançando-as no esquecimento; 

Libertação espiritual

Libertação espiritual
Libertação espiritual
A solução ao problema da libertação espiritual, considerado originariamente, é questão de foro íntimo, qual acontece ao homem na vida comum.

Uma criatura poderá ter nascido em lastimáveis condições de penúria e acordar para as responsabilidades da reencarnação em ambiente vicioso, seja na família consanguínea ou na esfera de relações sociais em que foi levada a conviver, atravessando, por isso, largo trecho da existência em perigoso arrastamento ao mal; entretanto, se determina a si mesma o dever de elevar-se, acendendo no raciocínio a lâmpada do estudo e abraçando a trilha correta do trabalho, a breve tempo começa a receber o amparo daqueles a quem se faz útil, conquistando mais alto nível, do qual consegue estender braços fraternos, em socorro dos irmãos que ficaram na retaguarda.

Ocorre o mesmo nos domínios do espírito.

Determinada pessoa pode encontrar-se, às súbitas, debaixo da influência de entidades perturbadoras, seja pelas haver atraído com pensamentos infelizes ou porque sejam elas aqueles companheiros que lhe constituem a equipe de sócios das existências passadas; consequentemente, é capaz de sofrer induções à delinquência, em atormentados processos obsessivos, mas, se delibera emancipar-se, procurando a luz do conhecimento e situando o caminho no serviço aos semelhantes, passa a recolher, de imediato, o concurso daquele a quem auxilia, alcançando mais alto nível, do qual pode enviar apoio amigo àqueles mesmos espíritos que se lhe erigiam à condição de perseguidores.

Lei e vida

Lei e vida
“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, vim para cumprir” — Jesus. (Mateus, 5:17.)

“Não matarás”, diz a Lei.

O texto não se refere, porém, unicamente, à vida dos semelhantes.

Não frustrarás a tarefa dos outros, porque a suponhas inadequada, de vez que toda tarefa promove quem a executa, sempre que nobremente cumprida.

Não dilapidarás a esperança de ninguém, porquanto a felicidade, no fundo, não é a mesma na experiência de cada um.

Não destruirás a coragem daqueles que sonham ou trabalham em teu caminho, considerando que, de criatura para criatura, difere a face do êxito.

Não aniquilarás com inutilidades o tempo de teus irmãos, porque toda hora é agente sagrado nos valores da Criação.

Imagina


Imagina-te possuindo irmãos furtados do lar quando pequeninos.

Arrebatados ao teu afeto, foram aprisionados e cresceram em regime de cativeiro, quais bois na canga, conduzindo a cabeça do arado ou sustentando a moenda.

Traficados como alimárias, erguiam-se com a aurora e suavam no eito, enquanto o dia tivesse luz.

Se doentes, tinham remédios nas próprias lágrimas.

Se chorosos, recebiam chicotadas para consolo.

Embora amassem profundamente aos seus, eram constrangidos a contemplar, soluçando, as próprias esposas vendidas a mãos mercenárias e os tenros filhinhos entregues à lavagem amontoada no cocho.

Evocação de Espíritos

Evocação de Espíritos
“Quanto tempo depois da morte se pode evocar um espírito? Pode-se evocá-lo no instante mesmo da morte; mas, como nesse momento, ainda está em perturbação, não responde senão imperfeitamente.” (O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Cap. XXV.)

No capítulo das evocações, cremos que seja desnecessário lembrar aos nossos irmãos quanto à sua inconveniência.

O espírito recém-desencarnado passa por um período mais ou menos longo de perturbação, até que se readapte ao mundo espiritual. Muitas vezes, encontra-se ele sem a mínima condição de responder ao apelo que lhe está sendo feito. De outras, o espírito evocado não encontra um médium que lhe sirva de instrumento, posto que, repetimos, sintonia mediúnica não se improvisa.

Não raro, os espíritos que comparecem às reuniões mediúnicas, evocados indiretamente pela presença de seus familiares e amigos que esperam ouvi-los em mensagem, transmitem as suas impressões de além-túmulo como podem, e não como desejariam. É por este motivo que nem sempre os comunicados mediúnicos correspondem à expectativa dos que anseiam por recebê-los.

Crendices e superstições

Crendices e superstições
Atraso moral e espiritual dos habitantes da Terra, a presença e a amplitude da feitiçaria e seus talismãs, que baterão em retirada ante a alvorada de luz e bênção da fé racional, que enfrenta a dúvida filosófica, as conquistas da inteligência e da técnica materialista, tranquilamente, em todas as épocas, dirimindo problemas e sustentando a confiança em Deus.

Paradoxalmente, a década em que o homem conseguiu a arrancada da Terra, nos rumos da lua, sonhando com a conquista de outros planetas é, também, a do retorno à barbárie e às crendices, em fuga espetacular dos cálculos computados em aparelhagens quase perfeitas para os abismos da imaginação desregrada.

A decantada morte da fé religiosa, prevista pelos expoentes da cultura materialista dos séculos passado e atual, de forma alguma poderia defrontar mais chocante reação das mentes tecnicizadas destes dias...

Ciência e Vida

Ciência e Vida
No mundo, possuímos centrais elétricas que asseguram a iluminação de grandes cidades. Impossível, no entanto, olvidar os milhões de criaturas que ainda se debatem nas trevas da ignorância.

Dispomos de usinas poderosas que geram a força indispensável à manutenção do trabalho em largas faixas do Globo. Forçoso lembrar, porém, que surpreendemos, em toda parte, legiões de pessoas tombadas em desânimo ou desespero, a caminho da criminalidade ou do suicídio, à míngua de energia espiritual.

Realizamos, com êxito, a ablação de tumores malignos. Necessário, todavia, observar que ainda não sabemos como impedir a formação dos quistos de ódio que infelicitam as almas.

Construímos palácios de moradia com todos os apetrechos da civilização. Imperioso, entretanto, anotar que em nenhuma época do passado, tivemos que facear tantos processos de angústia e de obsessão.

A reforma do caráter

A reforma do caráter
É preciso saber suportar todas as coisas com paciência e serenidade. Quaisquer que sejam os procedimentos de nossos semelhantes, com relação a nós, não devemos nutrir, contra eles, animosidade alguma, ressentimento algum, mas, ao contrário, fazer com que todas as causas de aborrecimento ou de aflição sirvam a nossa própria educação moral. Nada poderia nos atingir, se, em nossas vidas anteriores e culposas, não tivéssemos dado margem à adversidade. Eis o que precisamos nos dizer continuamente. Assim, conseguiremos aceitar, sem amargura, todas as provas, considerando-as como uma reparação do passado ou como um meio de aperfeiçoamento.

De degrau em degrau, atingiremos, assim, esta paz de espírito, este domínio de nós mesmos, esta confiança absoluta no porvir, que dão a força, a quietude, a satisfação íntima e permitem que nos mantenhamos firmes, em meio às mais duras vicissitudes.

Chegando a idade, as ilusões, as esperanças vãs, caem, como folhas mortas; mas, as elevadas verdades aparecem, então, mais brilhantes, como as estrelas no céu de inverno, por entre os galhos desfolhados de nossos jardins.

A pátria do Evangelho

A pátria do Evangelho
Em 1498, Vasco da Gama descobre o caminho marítimo das Índias e, um pouco mais tarde, Gaspar de Corte Real descobre o Canadá. Todos os navegadores saem de Lisboa com instruções secretas quanto à terra desconhecida, que se localizava fronteira à África e que já havia sido objeto de protesto de D. João contra a bula de Alexandre VI, que pretendia impor-lhe restrições ao longo do Atlântico, por sugestão dos reis católicos da Espanha.

No dia 7 de março de 1500, preparada a grande expedição de Cabral ao novo roteiro das Índias, todos os elementos da expedição, encabeçados pelo capitão-mor, visitaram o Paço de Alcáçova, e na véspera do dia 9, dia este em que se fi zeram ao mar, imploraram os navegadores a bênção de Deus, na ermida do Restelo, pouso de meditação que a fé sincera de D. Henrique havia edificado. O Tejo estava coberto de embarcações engalanadas e, entre manifestações de alegria e de esperança, exaltava-se o pendão glorioso das quinas.

Problema na Mediunidade

Problema na Mediunidade
Problema na Mediunidade
Um dos maiores problemas para os médiuns, no exercício de suas faculdades, é, sem dúvida, o da identificação dos espíritos que se manifestam por seu intermédio.

A questão da identidade dos espíritos tem suscitado muitas dificuldades doutrinárias, constituindo-se mesmo num entrave, no que se refere à autenticidade dos comunicados do Mais Além.

Médiuns inexperientes e sem discernimento invadem a seara alheia, incapazes que se revelam de estabelecer sintonia com os espíritos desconhecidos que desejam se expressar através de sua instrumentação. Fixam-se nas entidades desencarnadas, cujo trabalho tem se destacado por outros medianeiros, como se no mundo espiritual não existissem falanges de espíritos na expectativa de quem lhes ofereça oportunidade de servir junto aos homens na Terra (...)

O médium, no que tange à questão da identidade dos espíritos, deve agir com a maior prudência possível, para não se expor ao ridículo e não comprometer a tarefa que entidades ainda anônimas para os homens pretendam desenvolver por seu intermédio (...)

Platão - Uma visão histórica de encarnado e sua participação na divulgação da Doutrina



Platão viveu de 429-347 a.C, foi  discípulo de Sócrates, e em forma de diálogos, registrou os ensinos recebidos daquele mestre da filosofia, que com seu método investigativo, promoveu o autoconhecimento.

Os filósofos que antecederam Sócrates buscavam o princípio de tudo nos elementos da natureza, mas para ele, conhecer era conduzir o indivíduo a conhecer-se melhor, voltando-se para o si próprio.

O Conhecimento para Sócrates era divino, era o seu motivo de viver. A sua missão era promover a reflexão  interior, tanto que ele adotou o dístico que constava no frontispício do Templo de Delfos, anotado em grego: "Gnôthi seauton", que significa: “Conhece-te a ti próprio”.

Pedido e suprimento

Pedido e suprimento
Pedido e suprimento
Repara a tarefa do lavrador como sendo oração à Terra, suplicando a colheita, e apliquemos em nós a força da lição.

Antes da sementeira, acaricia o solo, preparando-lhe o seio para o trabalho ativo, despendendo suor por torná-lo mais útil.

Oferta-lhe, em seguida, confiante e sereno, as sementes de amor que hão de trazer-lhe o pão.

E, aguardando a seara, que cantará consigo, vigia e serve sempre, acompanhando a planta em seu desabrochar.

Se vermes aparecem, carcomendo-lhe o corpo, apressa-se, prudente, em socorrê-la, firme, dispensando cuidado e erguendo-se em carinho, a fim de preservá-la sem qualquer golpe à seiva.

Se o temporal vergasta, comparece solícito, libertando o enxurro à leira promissora, para que a lama hostil não lhe sufoque os sonhos.

Se a canícula cresce e a secura domina, provê de água abundante a terra adusta e quente.

Paciência

Paciência
Paciência
Se o orgulho é o pai de uma multidão de vícios, a caridade gera muitas virtudes. Desta derivam a paciência, a doçura, a reserva nas intenções. É fácil para o homem caridoso ser paciente e doce, perdoar as ofensas que lhes são feitas. A misericórdia é companheira da bondade. Uma alma elevada não pode conhecer o ódio, nem praticar a vingança. Ela plana acima dos mesquinhos rancores: é do alto que observa as coisas. Compreendendo que os erros dos homens são apenas o resultado de sua ignorância, não concebe nem amargor nem ressentimento. Sabe que perdoar, esquecer os erros do próximo, é anular qualquer gérmen de inimizade, é apagar toda causa de discórdia no futuro, tanto na Terra quanto na vida do Espaço.

A caridade, a mansuetude, o perdão das injúrias tornam-nos invulneráveis, insensíveis às baixezas e às perfídias. Provocam nosso desligamento progressivo das vaidades terrestres e habituam-nos a dirigir nosso olhar para as coisas que a decepção não pode atingir.

Mensageiros Divinos

Mensageiros Divinos
Mensageiros Divinos
Ser-nos-á sempre fácil discernir a presença dos mensageiros divinos, ao nosso lado, pela rota do bem a que nos induzam.

Ainda mesmo que tragam consigo o fulgor solar da vida celeste, sabem acomodar-se ao nosso singelo degrau nas lides da evolução, ensinando-nos o caminho da esfera superior. E ainda mesmo se alteiem a culminâncias sublimes na ciência do Universo, ocultam a própria grandeza para guiar-nos no justo aproveitamento das possibilidades em nossas mãos.

Sem ferir-nos de leve, fazem luz em nossas almas, a fim de que vejamos as chagas de nossas deficiências, de modo a que venhamos saná-las na luta do esforço próprio.

Nunca se prevalecem da verdade para esmagar-nos em nossa condição de espíritos devedores, usando-a simplesmente como remédio dosado para enfermos, para que nos ergamos ao nível da redenção, e nem se

Fenômeno Obsessivo

Fenômeno Obsessivo
Fenômeno Obsessivo
A mente, que se exterioriza através do cérebro, utiliza-se de equipamentos sofisticados de grandeza infinita.

Quaisquer perturbações externas, ou todo e qualquer conflito interior de longo curso, produzem distonia da aparelhagem, que passa a refletir os impulsos mentais de maneira desordenada.

Fazemos esta colocação, a fim de examinarmos a problemática dos fenômenos obsessivos, quando ocorre a interferência de uma mente desencarnada sobre o cérebro de uma criatura.

A indução maléfica, que se deixa prolongar, perturba os equipamentos delicados, que já não receberão, com a mesma precisão, os influxos da mente encarnada.

Permanecendo a causa geradora do distúrbio, quando esta for erradicada, é natural que persistam as sequelas por um largo ou breve tempo, a depender do paciente.

Consolação

Consolação
Consolação
Consolem-se, pois, todos vocês, ignorados, que sofrem na sombra de males cruéis, e vocês que são desprezados pela sua ignorância e suas faculdades restritas. Aprendam que entre vocês, encontram-se grandes espíritos, que quiseram renascer ignorantes para humilharem- se, abandonando por um tempo suas faculdades brilhantes, suas atitudes, seus talentos. Muitas inteligências são veladas pela expiação; mas, com a morte, esses véus caem, e aqueles que desdenhávamos pelo seu pouco saber, eclipsarão os orgulhosos que os repudiavam. É preciso não desprezar a ninguém. Sob aparências humildes e medíocres e até entre os idiotas e os loucos, grandes espíritos ocultos na carne expiam um passado terrível.

Oh! vidas humildes e dolorosas, temperadas com lágrimas, santificadas pelo dever, vidas de lutas e de

Cada dia

Cada dia
Cada dia
Cada dia, a desesperança causa novamente devastações: o número de suicidas que em 1820 era de mil e quinhentos, na França, é agora de mais de oito mil. Oito mil seres, a cada ano, desertam das lutas fecundas da vida por falta de energia e de senso moral e se refugiam no que acreditam ser o nada! O número dos crimes e delitos triplicou há cinquenta anos. Entre os condenados, a proporção dos adolescentes é considerável. É preciso ver nesse estado de coisas os efeitos do contágio do meio, dos maus exemplos recebidos desde a infância, a ausência de firmeza dos pais e a falta de educação na família? Há tudo isso, e mais ainda.

Nossos males provêm daquilo que o homem ignora de si mesmo, apesar dos progressos da Ciência e o desenvolvimento da instrução. Ele sabe pouca coisa das leis do Universo; ele nada sabe das forças que nele estão. O “Conhece-te a ti mesmo” do filósofo grego permaneceu, para a imensa maioria dos humanos como um apelo estéril. Não há mais que vinte séculos, menos talvez, o homem de hoje não sabe o que ele é, de onde vem, para onde vai, qual é o seu objetivo real da existência. Nenhum ensinamento veio lhe dar a noção exata do seu papel nesse mundo nem de seus destinos.

Auxílios do invisível

Auxílios do invisível
Auxílios do invisível
“E, depois de passarem a primeira e segunda guarda, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e, tendo saído, percorreram uma rua e logo o anjo se apartou dele.” — (ATOS, 12:10.)

Os homens esperam sempre ansiosamente o auxílio do plano espiritual. Não importa o nome pelo qual se designe esse amparo. Na essência é invariavelmente o mesmo, embora seja conhecido entre os espiritistas por "proteção dos guias" e nos círculos protestantes por "manifestações do Espírito Santo".

As denominações apresentam interesse secundário. Essencial é considerarmos que semelhante colaboração constitui elemento vital nas atividades do crente sincero.

No entanto, a contribuição recebida por Pedro, no cárcere, representa lição para todos.

Sob cadeias pesadíssimas, o pescador de Cafarnaum vê aproximar-se o anjo do Senhor, que o liberta, atravessa em sua companhia os primeiros perigos na prisão, caminha ao lado do mensageiro, ao longo de

Auxílio e esforço próprio

Auxílio e esforço próprio
Amemos a consolação, usando-a, porém, à maneira do óleo que lubrifica a máquina, sem exonerá-la da atividade precisa.

O Criador estabelece auxílio incessante para todas as necessidades da Criação, mas determina que a lei do trabalho seja cumprida em todas as direções.

A árvore encontra adubo no solo e alimento na atmosfera; no entanto, deve produzir o fruto, conforme a espécie a que pertence. 

A ostra, conquanto usufrua o agasalho da concha e se rejubile na água nutriente do mar, fabrica a pérola, no âmago de si mesma.

Não fujas, assim, à responsabilidade de pensar e realizar.

Rogas o amparo da eterna sabedoria.

Solicitas a inspiração dos mensageiros da luz.

Requisitas esse ou aquele obséquio de amigos desencarnados.

Anjos Guardiães: Amor, Compreensão, Perseverança

Anjos Guardiães: Amor, Compreensão, Perseverança
Anjos Guardiães: Amor, Compreensão, Perseverança
Muitas vezes, os homens esquecem que os verdadeiros guardiães, os verdadeiros espíritos que nos auxiliam têm nomes simples, guardam no coração a simplicidade e a honestidade de agir e procuram eles nos indicar caminhos e recursos para a vida vitoriosa que devemos ter. 

Quando um anjo guardião se propõe a socorrer um tutelado, faz todos os esforços para elevá-lo, orientá-lo sempre. Na vida, os homens, com a independência que possuem, escolhem seus caminhos, que são diversos, algumas vezes, daqueles orientados pelos benfeitores, que nem por isso os abandonam: prosseguem, solícitos, ensinando-os sempre. Isto se deve a uma lei chamada Lei de Amor. 

Para que um espírito seja considerado verdadeiramente anjo guardião, terá ele que ter dado provas de amor ao semelhante, provas de compreensão das fraquezas alheias e deverá dar provas constantes de

A energia criadora do espírito

A energia criadora do Espírito
A energia criadora do Espírito
“Todo ser é impulsionado a criar, na organização, conservação e extensão do Universo!...” (No Mundo Maior, André Luiz, cap 11)


Filho de Deus, Criador, cada ser possui em si mesmo uma fabulosa energia criadora, que o impulsiona ao progresso.


Naturalmente, cada ser se utiliza dessa energia dentro do estágio evolutivo em que se encontra. 

Nos princípios da evolução, o ser utiliza dessa energia para satisfazer as necessidades básicas da espécie: alimentação, procriação, ataque e defesa.

Na medida em que evolui e ocorre o desenvolvimento da inteligência e do sentimento, abrem-se novos canais para a manifestação dessa energia.

O cientista, o pintor, o músico estão usando essa mesma energia, nos caminhos superiores da vida.

Assim, a educação não deve ser entendida como um simples processo de construção de um conhecimento acumulado pelas gerações anteriores, mas um processo de transformação e crescimento, e que vai além do conhecimento acumulado. 

A Prece

A Prece
Destino de progresso, eis a caminhada de cada um de nós.

Trabalho incessante no bem, eis o meio pelo qual alcançaremos o progresso.

Renovação das ideias, eis o caminho que nos fará mudar de estrada, todas as vezes que a razão e o amor nos mostrarem que devemos corrigir os passos dados anteriormente. 

Com o conhecimento doutrinário, vamos ampliando, paulatinamente, a visão que possuímos do mundo e, por consequência, a própria visão interna e, por isso mesmo, nos transformaremos em seres voltados e votados ao bem eternal. 

Nesse processo de mudança, não se pode esquecer da prece, veículo ideal para a nossa conversa com as forças do Mais Além. Usada por todos os benfeitores espirituais, daqueles mais modestos àqueles que já alcançaram os pináculos do conhecimento, a prece significa o pedido de intercessão em favor de alguém, de uma situação, de alguma coisa. O mais importante da prece, contudo, não é o ato que fazemos deliberadamente na busca de apoio às nossas solicitações. O mais impressionante na prece é a resposta que nos vem do Mais Alto, pois significa que alguém a ouviu, meditou e atendeu a essa solicitação. 

A Educação

A Educação
A Educação
Não confiem seus filhos a outros, a não ser que sejam a isso obrigados. A educação não deve ser mercenária. Que importa a uma babá que uma criança fale ou ande antes de outra? Ela não tem nem o orgulho, nem o amor maternos. Mas que alegria para a mãe nos primeiros passos do seu querubim! Nenhuma fadiga, nenhuma dor a detém. Ela ama! Façam pela alma dos seus filhos o mesmo. Tenham mais solicitude ainda pela sua alma do que pelo seu corpo. Este consumir-se-á, em breve, e será lançado a uma sepultura, enquanto que a alma imortal, resplandecendo pelos cuidados com que foi cercada, pelos méritos adquiridos, pelos progressos realizados, viverá através dos tempos para abençoá- los e amá-los.

A educação, baseada numa concepção exata da vida, mudaria a face do mundo. Suponhamos cada família iniciada nas crenças espiritualistas sancionadas pelos fatos, incutindo- as nos filhos, ao mesmo tempo em que

A Doutrina

A Doutrina
A Doutrina
A doutrina do grande crucificado, em suas formas populares, queria a conquista da vida eterna pelo sacrifício do tempo presente. Religião da salvação, da elevação da alma pela dominação da matéria, o Cristianismo constituía uma reação necessária contra o politeísmo grego e romano, pleno de vida, de poesia, de luz, mas que eram apenas um foco de sensualismo e de corrupção. O Cristianismo tornava-se uma etapa indispensável na marchada Humanidade, cujo destino é elevar-se, incessantemente, de crenças em crenças, de concepções em concepções, em direção a sínteses sempre mais amplas e mais fecundas.

Com seus doze séculos de dores e de trevas, o Cristianismo não foi uma era de felicidade para a raça humana; porém, o objetivo da vida terrestre não é a felicidade, é a elevação pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento; em uma palavra, é a educação da alma, e a via dolorosa conduz à perfeição mais seguramente que a dos prazeres.

Portanto, o Cristianismo representa uma fase da história da Humanidade que, incontestavelmente, foi proveitosa para ela; a Humanidade não teria sido capaz de realizar as obras sociais que assegurarão seu futuro, se não tivesse se impregnado do pensamento e da moral evangélicos. 

A Igreja, no entanto, tornou-se culpada, trabalhando para prolongar indefinidamente o estado de ignorância da sociedade. Após haver alimentado e protegido a criança, ela quis mantê-la em estado de submissão e de servilismo intelectual. Ela preservou a consciência apenas para melhor oprimi-la. 


Autor: Léon Denis 
Do Livro: Cristianismo e Espiritismo. 

Tua parte

Tua parte
Tua parte
Toda produção medianímica é a soma do mensageiro espiritual com o médium e as influências do meio.

Partilhando a equipe de intercâmbio, a parcela de teu concurso é inevitável na equação.

Em cada setor de trabalho, a obra dá sempre o troco do que lhe damos.

A vida conta em ti mesmo o que lhe fazes.

O campo dá notícias do lavrador.

Por mais respeitável seja o médium a quem recorras, não exijas que ele forneça, sozinho, a solução de tuas necessidades, porque o Criador fez a Criação de tal modo que todas as criaturas se interdependam em qualquer construção, por mais simples que seja.

Se entre os ingredientes de um bolo for adicionada pequena colher de cinza a dezenas colheres
outras de material puro e nobre, o elemento estranho deturpará toda a peça, ainda mesmo quando preparado num vaso de ouro.

Quando orardes

Quando orardes





“E, quando estiverdes orando, perdoai.” – Jesus. (Marcos, 11:25).



A sincera atitude da alma na prece não obedece aos movimentos mecânicos vulgares. Nas operações da luta comum, a criatura atende, invariavelmente, aos automatismos da experiência material que se modifica de maneira imperceptível, nos círculos do tempo; todavia, quando se volta a alma aos santuários divinos do plano superior, através da oração, põe- se a consciência em contato com osentido eterno e criador da vida íntima.


Examine cada aprendiz as sensações que experimenta em se colocando na posição de rogativa ao Alto, compreendendo que se lhe faz indispensável a manutenção da paz interna perante as criaturas e quadros circunstanciais do caminho.

Proteção da vida superior

Proteção da vida superior
Proteção da vida superior
Há mais de um século, conforme se depreende da Questão número 491 de O Livro dos Espíritos, inquiriu Allan Kardec dos mentores desencarnados que lhe presidiam a obra: “Qual a missão do espírito protetor”? e o esclarecimento veio claro: “a de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-los nas sua aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida”.

Tracemos reduzidas anotações aos cinco pontos enunciados:

Um pai consagra-se aos filhos, durante a existência terrestre, pavimentando-lhes o caminho com todas as facilidades que o amor lhe possibilite, entretanto, não consegue exonerá-los das tribulações, referentes às dívidas contraídas por eles, em passadas reencarnações.

Determinado educador abraçará generosamente o compromisso de orientar alguém, nas trilhas da virtude, contudo, o aprendiz traz a consciência livre para aceitar ou não as indicações que se lhe sugere.

O amigo ampara a outro amigo, administrando-lhe avisos oportunos, todavia, é provável que o beneficiário não os admita, resolvendo tomar experiências difíceis, à própria conta.

Os animais médiuns

Os animais médiuns
Os animais médiuns
De início, convenhamos bem os nossos fatos. Que é um médium? É o ser, o indivíduo que serve de traço de união aos espíritos, para que estes possam, com facilidade, comunicar-se com os homens: espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium, de nenhum modo comunicações tangíveis, mentais, descritivas, físicas, nem de qualquer espécie que seja. (...)

Os homens estão sempre dispostos a tudo exagerar; uns, não falo aqui dos materialistas, recusam uma alma aos animais, e outros querem lhes dar uma, por assim dizer, semelhante à nossa. Por que querer assim confundir o perfectível com o imperfectível? Não, não, ficai disto bem convencidos, o fogo que anima os animais, o sopro que os faz agir, mover e falar em sua linguagem, não tem, quanto ao presente, nenhuma aptidão a se misturar, a se unir, a se fundir com o sopro divino, a alma etérea, o espírito, em uma palavra, que anima o ser essencialmente perfectível, o homem, esse rei da criação. Ora, não é o que faz a superioridade da espécie humana sobre as outras espécies terrestres senão essa condição essencial de perfectibilidade? Pois bem! Reconhecei, pois, que não se pode assimilar ao homem, único perfectível, em si mesmo e em suas obras, nenhum indivíduo de outras raças vivas sobre a Terra. (...)

Obsessão na mediunidade

Obsessão na mediunidade
Obsessão na mediunidade
Precisamos estar de guarda, vigiando os próprios impulsos, lutando contra essa facilidade que temos para assimilar o pensamento negativo e não permitir que esse clichê mental se instale, ganhe vida e se aposse de nós.

São muitos os companheiros médiuns que, sem perceberem, durante a reunião toda, permanecem em estado de transe imanifesto, quer dizer: permanecem mediunizados pelos espíritos que com eles se afi nizam, num processo de vampirização recíproca, alimentando-se mutuamente com pensamentos infelizes, quadros doentios, sentimentos que precisam ser rechaçados...

Quando a reunião termina, o médium diz assim: “Hoje eu não trabalhei; hoje eu não consegui cair em transe;
hoje eu tive dificuldades na concentração”... Não é verdade. Nenhum médium fica sem entrar em transe,

Primeiras lições de moral da infância

Primeiras lições de moral da infância
Primeiras lições de moral da infância
De todas as pragas morais da sociedade, o egoísmo parece a mais difícil de desenraizar; ela é tanto mais, com efeito, quanto é entretida pelos próprios hábitos de educação.
 
Parece que se toma, desde o berço, a tarefa de excitar certas paixões que se tornam mais tarde uma segunda natureza, e se espanta dos vícios da sociedade, então que as crianças os sugam como leite. Eis disso um exemplo que, como cada um pode julgá-lo, pertence mais a regra que a exceção.

Numa família de nosso conhecimento há uma pequena filha de quatro anos, de uma inteligência rara, mas que tem pequenos defeitos das crianças mimadas, quer dizer, que ela é um pouco caprichosa, chorosa, teimosa, e não diz sempre obrigado quando se lhe dá alguma coisa, essa cujos pais têm grande interesse em corrigi-la, porque, à parte esses defeitos, ela tem um coração de ouro, expressão consagrada. Vejamos como se empenham para tirar essas pequenas nódoas e conservar ao ouro a sua pureza.

Um dia, havia sido trazido um bolo à criança, e, como é geralmente o hábito, se lhe disse: "Tu o comerás se

O amor

O amor
O amor
O amor é mais forte que o ódio, mais forte que a morte. Se o Cristo foi o maior dos missionários e dos profetas, se conquistou tanta ascendência sobre os homens, foi porque trazia em si um reflexo mais potente do amor divino. Jesus passou pouco tempo na Terra; três anos de evangelização foram-lhe suficientes para conquistar o espírito das nações. Não foi pela Ciência nem pela arte da oratória que ele seduziu, cativou as multidões, mas pelo amor. E, depois de sua morte, seu amor permaneceu no mundo, como um foco sempre vivo, sempre ardente. É por isso que, apesar dos erros e dos equívocos de seus representantes, apesar de tanto sangue derramado por eles, tantas fogueiras armadas, tantos véus estendidos sobre seu ensinamento, o Cristianismo continua sendo a maior das religiões. Ele disciplinou, amoldou a alma humana, suavizou o temperamento violento dos bárbaros, afastou raças inteiras do sensualismo ou da bestialidade.

O Cristo não é o único exemplo a citar. De modo geral, em nossa esfera, pode-se constatar que emanam,

Na prece

Na prece
Na prece
Na prece que dirige cada dia ao Eterno, o sábio não pede que seu destino seja feliz; não pede que a dor, as decepções, os reveses sejam afastados de si. Não! O que deseja é conhecer a lei para melhor cumpri-la; o que implora é a ajuda do Alto, o socorro dos espíritos benevolentes, a fim de suportar dignamente os maus dias. E os bons espíritos respondem ao seu apelo. Eles não procuram desviar o curso da justiça, entravar a execução dos divinos decretos. Sensíveis aos sofrimentos humanos que conheceram, suportaram, trazem aos seus irmãos da Terra, a inspiração que os sustenta contra as influências materiais; favorecem esses nobres e salutares pensamentos, esses impulsos do coração que, transportando-os para as altas regiões, livram-nos das tentações e das armadilhas da carne. A prece do sábio, feita num recolhimento profundo, fora de qualquer preocupação egoística, desperta nele essa intuição do dever, esse sentimento superior do verdadeiro, do bem e do justo, que o guiam através das dificuldades da existência e o mantêm em comunhão íntima com a grande harmonia universal.

Mediunidade, veículo Divino de instrução

Mediunidade, veículo Divino de instrução
Mediunidade, veículo Divino de instrução
Sempre necessário relembrar às criaturas humanas sobre a grandeza da mediunidade do bem. Veículo divino de instrução, a mediunidade pode trazer ensinos vários às criaturas encarnadas, tornando-as aptas a melhor compreender o mundo invisível. Fonte de transmissão de energia, os médiuns, quando passistas, são capazes de movimentar forças do bem oriundas de Deus, em benefício da sociedade encarnada, ajudando na grande travessia das dores e lutas dos mares bravios que normalmente o homem terreno enfrenta.

Energia produtiva, quando capaz de transmitir conceitos orais ou escritos, a mediunidade é fonte igualmente de poder da espiritualidade, ajudando na educação do homem terreno, tornando-o mais apto a entender o homem espiritual.

A mediunidade é uma força que Deus deu ao homem, e esta desabrocha na criatura ou junto dela no momento em que a mesma esteja preparada para absorver-lhe o ensino ou desenvolver-lhe o trabalho. Por isso mesmo, quase todos aqueles que se esquecem do compromisso firmado na espiritualidade antes de

Mediunidade enferma

Mediunidade enferma
Mediunidade enferma
Como existem milhares de canais d’água poluídos, existe um sem-número de canais mediúnicos enfermos.

Infelizmente, em muitos medianeiros a mediunidade coexiste com a obsessão!...

A mediunidade é uma faculdade psíquica que necessita de tratamento. Na maioria dos médiuns, surge em meio a grandes perturbações...

Se não exercer a vigilância sobre si mesmo, o sensitivo encarnado estará sempre sujeito às sugestões das trevas, dos espíritos que, por exemplo, desejam utilizá-lo na satisfação de suas paixões. Por isto, observamos tantos medianeiros se comprometendo no campo da sexualidade exacerbada ou da ambição desmedida.

O médium é médium de alma e corpo inteiro!... Mesmo não se predispondo ao transe, ele capta, por todos os poros, as influências benéficas e negativas que o rodeiam. É claro que, se não se mantiver atento, a sua predisposição para o que é de caráter negativo será maior... Na maioria dos homens a indução mental para o mal oferece resultados mais imediatos. Por falta de hábito, a criatura encarnada demora a consentir na sua indução mental para o bem.

Liberdade

Liberdade
Liberdade
A liberdade do ser se exerce, portanto, num círculo limitado, de um lado, pelas exigências da lei natural, que nenhum ultraje pode sofrer, nenhuma alteração na ordem do mundo; do outro, pelo seu próprio passado, cujas consequências jorram sobre ele através dos tempos até a reparação completa. Em nenhum caso o exercício da liberdade humana pode entravar a execução dos planos divinos; sem isso, a ordem das coisas seria, a cada instante, perturbada. Acima das nossas visões limitadas e mutantes, a ordem imutável do Universo se mantém e prossegue. Somos, quase sempre, maus juízes daquilo que é para nós o verdadeiro bem; e se a ordem natural das coisas tivesse que se dobrar aos nossos desejos, que perturbações medonhas não resultariam disso?

O primeiro uso que o homem faria de uma liberdade absoluta seria o de afastar de si todas as causas de

Kardec e vida

Kardec e vida
Kardec e vida
Jesus nos trouxe a verdade.

Kardec, porém, nos trouxe a interpretação.

Daí o nosso dever de comunicar Allan Kardec a todos os setores da vida individual e coletiva, razão pela qual nos reconhecemos na obrigação de reafirmar:

Kardequizar é a legenda de agora. Sintetizemos em linhas rápidas o que entendemos por Kardequização e seus resultados:

Kardequização do sentimento: equilíbrio.
Kardequização do raciocínio: visão.
Kardequização da Ciência: humanidade.
Kardequização da filosofia: discernimento.
Kardequização da fé: racionalidade.
Kardequização da inteligência: orientação.

Fé
Compenetrados da ideia de que essa vida não é senão um instante no conjunto da nossa existência imortal,
aceitamos com paciência os males inevitáveis que ela engendra.A perspectiva dos tempos que se nos abrem, dar-nos-á o poder de dominar as misérias presentes e de nos colocar acima das flutuações da fortuna. Sentir-nos-emos mais livres, mais bem armados para a luta. Conhecendo a causa dos seus males, o espírita compreende a necessidade deles. Sabe que o sofrimento é legítimo e aceita-o sem murmurar. Para ele, a morte nada destrói, os laços afetivos persistem na vida de além-túmulo, e todos aqueles que aqui se amaram, reencontram-se, libertos das misérias terrestres, longe dessa dura morada; só há separação para os maus. Dessas convicções resultam consolações desconhecidas dos indiferentes e dos céticos. Se, de uma extremidade à outra do globo, todas as almas se comunicassem nessa fé poderosa, assistir-se-ia à maior transformação moral que a História jamais registrou.

Entretanto, essa fé, bem poucos homens a possuem. O espírito de verdade falou à Terra, mas esta não prestou atenção aos seus apelos. Não foram os poderosos que o escutaram, foram os humildes, os pequenos, os deserdados, todos aqueles que têm sede de esperança. A revolução espírita encontrou,

Examinando a oração

Examinando a oração
Examinando a oração
Muitas vezes, clamarás, desconsoladamente:

“— Orei, suplicando para que a morte não me invadisse o lar, e a morte destruiu-me a esperança e esfacelou-me o coração...”

“— Supliquei ao céu para que determinados acontecimentos não me conturbassem a marcha, e os acontecimentos temidos desabaram sobre mim quais tempestades arrasadoras.”

“— Roguei ao Alto para que a moléstia me abandonasse o corpo, e a enfermidade me corrói a existência...”

E, quase sempre, substituis a claridade da confiança pela sombra do desespero, qual se a Terra devesse obedecer aos nossos caprichos.

Imagina, no entanto, o que seria da vida se todos nós alcançássemos satisfação imediata dos mínimos desejos, e reconhecerás que o desequilíbrio e o infortúnio campeariam em todas as direções.

Foi por isso que Jesus, antes de tudo, na oração dominical, ensinou-nos a louvar a sabedoria e a providência do Todo-Misericordioso,

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...