Encarnação dos espíritos


Encarnação dos espíritos
Quando os espíritos alcançam em um mundo a soma de progresso que o estado desse mundo comporta, eles o deixam para ir encarnar em um outro mais adiantado, onde adquirem novos conhecimentos, e assim, sucessivamente, até que, a encarnação em um corpo material não lhes sendo mais útil, passam a viver exclusivamente a vida espiritual, na qual continuam a progredir em um outro sentido e por outros meios. Quando chegam ao ponto culminante do progresso, gozam da suprema felicidade; admitidos nos conselhos do Onipotente, conhecem seus pensamentos e se tornam seus mensageiros, seus ministros diretos no  governo dos mundos, tendo sob suas ordens os espíritos em diferentes graus de adiantamento.


Assim, todos os espíritos, encarnados ou desencarnados, em qualquer grau da hierarquia a que pertençam, do menos ao mais elevado, têm as suas atribuições no grande mecanismo do Universo; todos são úteis ao conjunto, ao mesmo tempo que a si próprios. Aos menos adiantados, como a simples serviçais, cabe o desempenho de uma tarefa material, a princípio inconsciente, depois gradualmente inteligente. No mundo espiritual temos atividade por toda parte, em nenhum lugar a ociosidade inútil. 

A coletividade dos espíritos constitui, de certo modo, a alma do Universo. É o elemento espiritual que atua em tudo e por toda a parte, sob o impulso do pensamento divino. Sem esse elemento, só há a matéria inerte, sem finalidade, sem inteligência, tendo como único motor as forças materiais que deixam uma imensidade de problemas insolúveis. Pela ação do elemento espiritual individualizado, tudo tem uma finalidade, uma razão de ser, tudo se explica. Eis por que, sem a espiritualidade, o homem vai de encontro a dificuldades insuperáveis. 


Autor: Allan Kardec
Do Livro: A Gênese

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