A visão e a audição psíquicas, em estado de vigília, ligam-se aos fenômenos de exteriorização, no sentido de que elas necessitam de um início de desligamento no percipiente. Aqui, não se trata mais de fatos fisiológicos ou de manifestações a distância do ser vivo, porém muito mais de uma das formas da mediunidade.
Na visão espírita, a alma do sensitivo já está parcialmente exteriorizada, isto é, saída de seu organismo material. Sua própria faculdade de visão vem se juntar ao sentido físico da visão. Às vezes, a substituição do sentido psíquico pelo outro é completa. O que o demonstra, é que em alguns casos, o médium vê com os olhos fechados. Frequentemente, fui testemunha desse fenômeno.
Deve-se distinguir, com cuidado, a clarividência da visão medianímica. Acontece que sonâmbulos, muito lúcidos, no que se refere aos seres e às coisas desse mundo, ficam completamente cegos com relação a tudo o que toca o mundo dos espíritos. Isto se deve à natureza das irradiações fluídicas de seu envoltório exteriorizado e ao modo de treinamento a que o magnetizador lhes submete. É isso o que diferencia o estado de lucidez simples do de mediunidade. Neste último caso, não é mais o magnetismo humano que intervém. O vidente está sob a influência do espírito que age sobre ele, em vista da manifestação a ser produzida. Provocando o estado de semi desligamento, ele proporciona ao sensitivo a visão espiritual.
Autor: Léon Denis
Do Livro: No Invisível
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