Perante os sonhos

Perante os sonhos
Perante os sonhos
“E rejeita as questões loucas...” — Paulo. (II TIMÓTEO, 2:23.)


Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir durante o descanso físico, sem preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos ou ideias que se reportem a eles.

Há mais sonhos em vigília que no sono natural.

Extrair sempre os objetivos edificantes desse ou daquele painel entrevisto em sonho.

Em tudo há sempre uma lição.

Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades da existência em preocupação viciosa e fútil.

Objetivos elevados, tempo aproveitado.

Riqueza

Riqueza
Riqueza
Quando o espírito não se sente sufi cientemente armado contra as seduções da riqueza, deve afastar-se dessa prova perigosa, procurar, de preferência, uma vida simples, longe das vertigens da fortuna e da grandeza. Se, apesar de tudo, a sorte o destina a ocupar um lugar mais elevado nesse mundo, não deve se regozijar, pois sua responsabilidade e seus deveres serão muito mais extensos. Colocado nas fileiras inferiores da sociedade, não deve se ruborecer jamais. O papel dos humildes é o mais meritório; são eles que suportam todo o peso da civilização; é do seu trabalho que vive e se alimenta a Humanidade. O pobre deve ser sagrado para todos, pois foi pobre que Jesus quis nascer e morrer; foi a pobreza que escolheram Epiteto, Francisco de Assis, Miguel Ângelo, Vicente de Paulo e tantos nobres espíritos que viveram nesse mundo. Eles sabem que o trabalho, as privações, o sofrimento desenvolvem as forças viris da alma, enquanto que a prosperidade as diminui. No desapego das coisas humanas, uns encontraram a santificação, outros a potência que faz o gênio.

O esquecimento do passado

O esquecimento do passado
“O homem não pode, nem deve, saber tudo; Deus, na sua sabedoria, assim o quer.” (O Livro dos Espíritos. CELD. Pergunta 392.) 


Jesus Cristo nos ajude a todos, abençoando nosso esforço de aprendizado no bem! 

Com referência ao esquecimento do passado, lembramo-nos do esforço que os guias espirituais fazem para criar condições de trabalho eficaz para todos em uma nova encarnação. Tal esforço deve ser considerado como uma prova da bondade divina, considerando-se não apenas que devemos esquecer o passado para bem agir com mais liberdade em uma nova existência, mas, principalmente, a necessidade de descanso que o espírito tem, descanso esse que caracteriza uma mudança de atitude, uma nova conceituação, um novo modo de ser. 

Nos caminhos da fé

Nos caminhos da fé
Nos caminhos da fé
“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos Céus”. – Jesus (Mateus, 10:32)


No mundo, de modo geral, habituamo-nos a julgar que os testemunhos de fé prevalecem tão só nos momentos de angústia superlativa, quando o sofrimento nos transforma em alvo de atenções públicas.

Evidentemente, na Terra, as crises de aflição alcançam a todos, cada qual no tempo devido, segundo as lutas regeneradoras que se nos façam necessárias, no curso das quais estamos impelidos a entregar todas as energias de nosso espírito nos atos de fé. 

Entretanto, é preciso ponderar que somos incessantemente chamados a prestar o depoimento de confiança em Jesus, através de reduzidas parcelas de bondade e tolerância, compreensão e paciência diante das ocorrências desagradáveis do cotidiano, tais quais sejam:

Na ação de pedir

Na ação de pedir
Na ação de pedir
Em matéria de rogativa, lembremo-nos de que o Senhor adverte:

— Buscai e achareis.

E acrescenta em outra passagem:

— Batei e abrir-se-vos-á.

Naturalmente que o imperativo “buscai” não se refere ao menor esforço, em cujas malhas encontramos o próprio furto a fantasiar-se de inteligência.

Notificava-nos o Cristo que para encontrar o que desejamos é imprescindível diligenciar o melhor, através do reto cumprimento de nossas obrigações.

Decerto, igualmente, quando nos disse “batei”, não se reportava à insistência com que mãos preguiçosas costumam espancar a porta de vidas nobres sem tempo para perder.

Médiuns adoslecentes

Médiuns adoslecentes
Médiuns adoslecentes
Qual é a idade na qual se pode, sem inconvenientes, se ocupar da mediunidade? 

Não há idade precisa e isso depende inteiramente do desenvolvimento físico, e ainda mais do desenvolvimento moral; há crianças de doze anos que serão menos afetadas do que certas pessoas adultas. Falo da mediunidade em geral, mas a que se aplica aos efeitos físicos é mais fatigante corporalmente; a escrita tem um outro inconveniente que se relaciona com a inexperiência da criança, no caso em que quisesse dela se ocupar sozinho e com ela divertir- se”. (Cap. XVIII, segunda parte, item 221.) 


Embora não haja limite de idade para o aparecimento da mediunidade, é de bom alvitre que o adolescente ou que o jovem a ela não se entregue, sem a necessária noção de responsabilidade. 

Não é porque a mediunidade apareça nesse ou naquele jovem que ele seja um predestinado. Quase sempre isto acontece para que a família, distante da verdadeira fé em Deus, se encaminhe ao esclarecimento espiritual que não possui. 

Mediunidade e Progresso

Mediunidade e Progresso
Mediunidade e Progresso
É somente uma palavra breve em torno das nossas reflexões sobre o tema da mediunidade. No que se refere ao seu crescimento mediúnico, o médium necessita ser o seu principal avaliador. Que, periodicamente, ele analise o seu progresso, os seus esforços no labor da mediunidade, para verificar se está 
crescendo na tarefa. 

A mediunidade é uma faculdade suscetível de aperfeiçoamento diário. O médium aperfeiçoa-se, não exclusivamente nas reuniões específicas de contato com o mundo espiritual: o adestramento mediúnico acontece no dia a dia, principalmente quando o médium é chamado ao cumprimento dos deveres cotidianos. Cada conquista que o médium efetue no campo moral ou intelectual é um acréscimo às suas faculdades psíquicas, são canais que se abrem, novas perspectivas mentais, novas possibilidades para os espíritos — tanto para os que necessitam de reconforto quanto para aqueles que já se encontram habilitados para a palavra construtiva aos irmãos encarnados (...) 

Que o médium, portanto, observe e acompanhe o seu próprio progresso, o seu crescimento como médium que, evidentemente, não está separado do seu crescimento como pessoa. O fator paciência, o fator tolerância e o fator compreensão desempenham papéis importantes no que se refere à serenidade do médium, para que ele consiga mais permanente sintonia com o plano espiritual. As suas percepções no

Interpretação

Interpretação
Interpretação
Não é tanto de fenômenos que necessita o Senhor a fim de evidenciar-se entre os homens, embora os fenômenos consigam alicerçar a convicção.

O espetáculo que assombra raramente ajuda a discernir.

Uma chuva de meteoros suscita observações científicas, mas não interfere em questões de conduta.

Não é tanto de palavras que o Senhor necessita a fim de revelar-se entre os homens, embora as palavras sejam recursos imprescindíveis na extensão do reino de Deus.

A discussão que contunde raramente ajuda a discernir.

O mais nobre orador pode representar-se num disco.

Não é tanto de raciocínio que o Senhor necessita a fim de mostrar-se entre os homens, embora os raciocínios cooperem na sublimação da inteligência.

Entre as forças comuns

Entre as forças comuns
Entre as forças comuns
Cada ser é portador de certas atividades e, por isso mesmo, é instrumento da vida.

A luz nasce da chama sem ser a chama.

O perfume vem da flor sem ser a flor.

A claridade do núcleo luminoso une-se a radiações do ambiente e o aroma da rosa mistura-se a emanações do meio, dando origem a variadas criações.

Assim também o pensamento invisível do homem associa-se ao invisível pensamento das entidades espirituais que o assistem, estabelecendo múltiplas combinações, em benefício do trabalho de todos, na evolução geral.

Importa reconhecer, porém, que existem mentes reencarnadas, em condições especialíssimas, que oferecem qualidades excepcionais para os serviços de intercâmbio entre os vivos da carne e os vivos do Além. Nessas circunstâncias, identificamos os medianeiros adequados aos fenômenos de manifestação do espírito 
liberto, nos círculos de matéria mais densa.

Desertores

Desertores
Desertores
Médiuns desertores não são apenas aqueles que deixam de transmitir com fidelidade sinais e palavras, avisos e observações da esfera espiritual para a esfera física.

De criatura a criatura flui a corrente da vida e todos nós, encarnados e desencarnados de qualquer condição, estamos conclamados a lutar pela vitória do bem eterno.

Desertores são igualmente:

os que armazenam o pão, sem proveito justo, convertendo cereais em cifrões vazios;

os que pregam virtudes religiosas e sociais, acolhendo- se em trincheiras de usura;

os que fecham escolas, escancarando prisões;

os que transformam as chaves da Ciência em gazuas douradas;

os que levantam casas de socorro, desviando recursos que deveriam ser aplicados para sanar as dores do próximo;

Desenvolvimento mediúnico

Desenvolvimento mediúnico
Desenvolvimento mediúnico
“Para que um espírito possa se comunicar, é necessário, entre ele e o médium, relacionamento fluídico que não se estabelece sempre instantaneamente; não é senão à medida que a faculdade se desenvolve que o médium adquire, pouco a pouco, a aptidão necessária para entrar em relação com o primeiro espírito que chegue”. (O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. XVII, item 203.) 


O desenvolvimento da mediunidade é lento e progressivo. Não basta que o médium entre em contato com os espíritos, para que se considere médium desenvolvido. 

Como todas as faculdades humanas, a mediunidade requer tempo para aperfeiçoar-se. 

Diríamos que o médium desencarna e não consegue completar o seu desenvolvimento mediúnico, visto que a mediunidade é um sentido que permanece em evolução no espírito além da morte. 

A grande maioria dos medianeiros espíritas da atualidade estão simplesmente colhendo experiências para tarefas futuras, que serão chamados a cumprir (...) 

Conquista

Conquista
Conquista
A alma deve conquistar, um a um, todos os elementos, todos os atributos de sua grandeza, de seu poder, de sua felicidade. E, para isto, necessita do obstáculo, da Natureza inóspita, hostil mesmo, da matéria adversa, cujas exigências e rudes lições provocam seus esforços e formam sua experiência. Por isso, também, a necessidade das provas e da dor, nas etapas inferiores, a fi m de que sua sensibilidade desperte e que, ao mesmo tempo, exerça sua livre escolha e cresçam-lhe a vontade e a consciência. A luta é necessária, para tornar possível o triunfo e fazer surgir o herói. Sem a iniquidade, sem a arbitrariedade, sem a traição, poder-se-ia sofrer e morrer pela Justiça?

É preciso que haja o sofrimento físico e a angústia moral, para que o espírito se purifique, se desembarace de suas partículas grosseiras, para que a fraca centelha que se mantém, nas profundezas da consciência, desate em pura e ardente chama, em uma consciência resplandecente, centro de vontade, de energia e de virtude.

Comunicações pelo pensamento

Comunicações pelo pensamento
Comunicações pelo pensamento
 Através dos milênios, o homem vem desenvolvendo um meio de comunicar-se com o semelhante. É justamente no esforço mental que vêm desenvolvendo, falando sem palavras, transmitindo suas ideias e seus sentimentos, que as criaturas igualmente vão desenvolvendo um meio de comunicação. 

Da mente dirigida para um momento mesmo, em que sentimos algo e nos lembramos de alguém, transmitimos, por esse modo, a nossa imagem, o nosso sentimento, a nossa palavra. 

Vamos observando que, cada vez mais, o reino do espírito se faz presente. Cada vez mais, o espírito em si mesmo se comunica; cada vez mais o homem adentra o mundo dos espíritos. 

Pressentimentos, comunicações pelo pensamento, tudo isto, na Terra, no meio dos encarnados, tem um significado claro, objetivo, declarado, que é o de comprovar a existência do espírito além da matéria. 

Compreendendo isto, entendemos o porquê da preocupação do plano superior em fazer com que tais fenômenos ocorram com uma certa regularidade. É justamente para que os homens tenham mais um meio de acesso à vida dos espíritos; para que os homens compreendam, por mais um meio, que os espíritos sobrevivem, preexistem, continuam se comunicando, mesmo que muitos rejeitem este fato. 

Motivos de Resignação

Motivos de Resignação
Motivos de Resignação
Por estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que sofrem e a resignação que faz bendizer o sofrimento como o prenúncio da cura.

Essas palavras ainda podem ser entendidas assim: deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque vossas dores neste mundo são a dívida das vossas faltas passadas, e essas dores, quando suportadas pacientemente sobre a Terra, vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, então, estar felizes, por Deus ter reduzido vossa dívida, permitindo quitá-la agora, o que vos assegura a tranqüilidade no futuro.

O homem que sofre assemelha-se a um devedor que deve uma grande importância, e a quem o seu credor diz: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte do que me deves, eu te darei a quitação do que resta, e serás livre; se não o fizeres eu te perseguirei até que tenhas pago a última parcela da tua dívida.” O devedor
não se sentiria feliz por submeter-se a toda a espécie de provações para se libertar de uma dívida pagando somente a centésima parte do que deve? Em lugar de se queixar do credor, não lhe agradeceria?

Antipatia

Antipatia
Antipatia
Não olvides que o passado revive no presente.

Quando a aversão te visite o mundo íntimo, à maneira de nuvem, subtraindo-te a paz, lembra-te de que a divina misericórdia situou à frente de tua alma a bendita oportunidade da reconciliação, ainda hoje, com os desafetos de ontem.

Qual acontece com o tesouro do carinho amealhado pelo amor, no escrínio do coração, de existência a existência, o espinheiro da antipatia é veneno acumulado pelo ódio no vaso de nossa mente, de século a século, conturbando-nos o caminho.

Recorda que, se o amor nos eleva aos cimos estelares, o ódio nos impele aos vales da sombra e atende à própria libertação, procurando renovar a fonte de teus desejos, em benefício da própria felicidade.

A Reencarnação

A Reencarnação
A Reencarnação
O destino não tem outra regra senão a do bem e do mal praticados. Acima de todas as coisas, paira uma grande e poderosa lei, em virtude da qual cada ser vivente, no Universo, só pode gozar de uma situação proporcional a seus méritos. Nossa felicidade, apesar de aparências muitas vezes enganosas, está sempre diretamente relacionada com nossa capacidade para o bem. E esta lei encontra sua completa aplicação nas reencarnações da alma; é ela quem fixa as condições de cada renascimento e traça as grandes linhas de nossos destinos. É por isso que maus parecem ser felizes, enquanto que justos sofrem em excesso. A hora da reparação soou para uns; está próxima para os outros.

Associar nossos atos ao plano divino, agir em conformidade com a Natureza, no sentido da harmonia e para o bem de todos, é preparar nossa elevação, nossa felicidade. Agir em sentido contrário, fomentar a discórdia, estimular os apetites doentios, trabalhar para si mesmo em detrimento dos outros, é espalhar, sobre seu próprio futuro, fermentos de dor; é colocar-se sob o império de influências que retardam nosso adiantamento e nos acorrentam, por longo tempo, aos mundos inferiores.

A Caridade

A Caridade
A Caridade
A caridade tem outras formas que não a solicitude pelos desgraçados. A caridade material, ou a beneficência, pode se aplicar a um certo número de nossos semelhantes, sob a forma de socorro, de sustentação, de encorajamentos. A caridade moral deve se estender a todos aqueles que partilham da nossa vida nesse mundo. Ela não consiste mais em esmolas, mas numa benevolência que deve envolver todos os homens, do mais virtuoso ao mais criminoso, e regular nossas relações com eles. Essa caridade, todos podemos praticá-la, por mais modesta que seja nossa condição.

A verdadeira caridade é paciente e indulgente. Não magoa, não desdenha a ninguém, é tolerante, e se procura dissuadir, é com doçura, sem machucar nem atacar as ideias enraizadas.

Entretanto, essa virtude é rara. Um certo fundo de egoísmo nos leva muito mais a observar, a criticar os defeitos do próximo, enquanto nos cegamos para com os nossos. Mesmo que haja em nós tantos defeitos, empregamos voluntariamente nossa sagacidade para fazer sobressair os defeitos dos nossos semelhantes.

A Candeia Simbólica

A Candeia Simbólica
A Candeia Simbólica
“Não situeis a candeia sob o velador.”

Semelhante apontamento do divino mestre não envolve o impositivo de nossa palavrosa adesão à verdade.

Sem dúvida, o verbo criador de luz é sempre o alicerce inamovível do bem; no entanto, a candeia do ensinamento evangélico reporta-se, essencialmente, à nossa atitude.

O exemplo será em todos os climas a linguagem mais convincente.

Por nossos passos revelamos o próprio rumo.

Pelos gestos, que nos sejam próprios, estabelecemos a propaganda real de nossos objetivos.

Não olvidemos que é imprescindível erguer o facho da compreensão com Jesus, através da vida prática, arrebatando-a ao velador de nossas conveniências.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...