Problema na Mediunidade

Problema na Mediunidade
Problema na Mediunidade
Um dos maiores problemas para os médiuns, no exercício de suas faculdades, é, sem dúvida, o da identificação dos espíritos que se manifestam por seu intermédio.

A questão da identidade dos espíritos tem suscitado muitas dificuldades doutrinárias, constituindo-se mesmo num entrave, no que se refere à autenticidade dos comunicados do Mais Além.

Médiuns inexperientes e sem discernimento invadem a seara alheia, incapazes que se revelam de estabelecer sintonia com os espíritos desconhecidos que desejam se expressar através de sua instrumentação. Fixam-se nas entidades desencarnadas, cujo trabalho tem se destacado por outros medianeiros, como se no mundo espiritual não existissem falanges de espíritos na expectativa de quem lhes ofereça oportunidade de servir junto aos homens na Terra (...)

O médium, no que tange à questão da identidade dos espíritos, deve agir com a maior prudência possível, para não se expor ao ridículo e não comprometer a tarefa que entidades ainda anônimas para os homens pretendam desenvolver por seu intermédio (...)

Platão - Uma visão histórica de encarnado e sua participação na divulgação da Doutrina



Platão viveu de 429-347 a.C, foi  discípulo de Sócrates, e em forma de diálogos, registrou os ensinos recebidos daquele mestre da filosofia, que com seu método investigativo, promoveu o autoconhecimento.

Os filósofos que antecederam Sócrates buscavam o princípio de tudo nos elementos da natureza, mas para ele, conhecer era conduzir o indivíduo a conhecer-se melhor, voltando-se para o si próprio.

O Conhecimento para Sócrates era divino, era o seu motivo de viver. A sua missão era promover a reflexão  interior, tanto que ele adotou o dístico que constava no frontispício do Templo de Delfos, anotado em grego: "Gnôthi seauton", que significa: “Conhece-te a ti próprio”.

Pedido e suprimento

Pedido e suprimento
Pedido e suprimento
Repara a tarefa do lavrador como sendo oração à Terra, suplicando a colheita, e apliquemos em nós a força da lição.

Antes da sementeira, acaricia o solo, preparando-lhe o seio para o trabalho ativo, despendendo suor por torná-lo mais útil.

Oferta-lhe, em seguida, confiante e sereno, as sementes de amor que hão de trazer-lhe o pão.

E, aguardando a seara, que cantará consigo, vigia e serve sempre, acompanhando a planta em seu desabrochar.

Se vermes aparecem, carcomendo-lhe o corpo, apressa-se, prudente, em socorrê-la, firme, dispensando cuidado e erguendo-se em carinho, a fim de preservá-la sem qualquer golpe à seiva.

Se o temporal vergasta, comparece solícito, libertando o enxurro à leira promissora, para que a lama hostil não lhe sufoque os sonhos.

Se a canícula cresce e a secura domina, provê de água abundante a terra adusta e quente.

Paciência

Paciência
Paciência
Se o orgulho é o pai de uma multidão de vícios, a caridade gera muitas virtudes. Desta derivam a paciência, a doçura, a reserva nas intenções. É fácil para o homem caridoso ser paciente e doce, perdoar as ofensas que lhes são feitas. A misericórdia é companheira da bondade. Uma alma elevada não pode conhecer o ódio, nem praticar a vingança. Ela plana acima dos mesquinhos rancores: é do alto que observa as coisas. Compreendendo que os erros dos homens são apenas o resultado de sua ignorância, não concebe nem amargor nem ressentimento. Sabe que perdoar, esquecer os erros do próximo, é anular qualquer gérmen de inimizade, é apagar toda causa de discórdia no futuro, tanto na Terra quanto na vida do Espaço.

A caridade, a mansuetude, o perdão das injúrias tornam-nos invulneráveis, insensíveis às baixezas e às perfídias. Provocam nosso desligamento progressivo das vaidades terrestres e habituam-nos a dirigir nosso olhar para as coisas que a decepção não pode atingir.

Mensageiros Divinos

Mensageiros Divinos
Mensageiros Divinos
Ser-nos-á sempre fácil discernir a presença dos mensageiros divinos, ao nosso lado, pela rota do bem a que nos induzam.

Ainda mesmo que tragam consigo o fulgor solar da vida celeste, sabem acomodar-se ao nosso singelo degrau nas lides da evolução, ensinando-nos o caminho da esfera superior. E ainda mesmo se alteiem a culminâncias sublimes na ciência do Universo, ocultam a própria grandeza para guiar-nos no justo aproveitamento das possibilidades em nossas mãos.

Sem ferir-nos de leve, fazem luz em nossas almas, a fim de que vejamos as chagas de nossas deficiências, de modo a que venhamos saná-las na luta do esforço próprio.

Nunca se prevalecem da verdade para esmagar-nos em nossa condição de espíritos devedores, usando-a simplesmente como remédio dosado para enfermos, para que nos ergamos ao nível da redenção, e nem se

Fenômeno Obsessivo

Fenômeno Obsessivo
Fenômeno Obsessivo
A mente, que se exterioriza através do cérebro, utiliza-se de equipamentos sofisticados de grandeza infinita.

Quaisquer perturbações externas, ou todo e qualquer conflito interior de longo curso, produzem distonia da aparelhagem, que passa a refletir os impulsos mentais de maneira desordenada.

Fazemos esta colocação, a fim de examinarmos a problemática dos fenômenos obsessivos, quando ocorre a interferência de uma mente desencarnada sobre o cérebro de uma criatura.

A indução maléfica, que se deixa prolongar, perturba os equipamentos delicados, que já não receberão, com a mesma precisão, os influxos da mente encarnada.

Permanecendo a causa geradora do distúrbio, quando esta for erradicada, é natural que persistam as sequelas por um largo ou breve tempo, a depender do paciente.

Consolação

Consolação
Consolação
Consolem-se, pois, todos vocês, ignorados, que sofrem na sombra de males cruéis, e vocês que são desprezados pela sua ignorância e suas faculdades restritas. Aprendam que entre vocês, encontram-se grandes espíritos, que quiseram renascer ignorantes para humilharem- se, abandonando por um tempo suas faculdades brilhantes, suas atitudes, seus talentos. Muitas inteligências são veladas pela expiação; mas, com a morte, esses véus caem, e aqueles que desdenhávamos pelo seu pouco saber, eclipsarão os orgulhosos que os repudiavam. É preciso não desprezar a ninguém. Sob aparências humildes e medíocres e até entre os idiotas e os loucos, grandes espíritos ocultos na carne expiam um passado terrível.

Oh! vidas humildes e dolorosas, temperadas com lágrimas, santificadas pelo dever, vidas de lutas e de

Cada dia

Cada dia
Cada dia
Cada dia, a desesperança causa novamente devastações: o número de suicidas que em 1820 era de mil e quinhentos, na França, é agora de mais de oito mil. Oito mil seres, a cada ano, desertam das lutas fecundas da vida por falta de energia e de senso moral e se refugiam no que acreditam ser o nada! O número dos crimes e delitos triplicou há cinquenta anos. Entre os condenados, a proporção dos adolescentes é considerável. É preciso ver nesse estado de coisas os efeitos do contágio do meio, dos maus exemplos recebidos desde a infância, a ausência de firmeza dos pais e a falta de educação na família? Há tudo isso, e mais ainda.

Nossos males provêm daquilo que o homem ignora de si mesmo, apesar dos progressos da Ciência e o desenvolvimento da instrução. Ele sabe pouca coisa das leis do Universo; ele nada sabe das forças que nele estão. O “Conhece-te a ti mesmo” do filósofo grego permaneceu, para a imensa maioria dos humanos como um apelo estéril. Não há mais que vinte séculos, menos talvez, o homem de hoje não sabe o que ele é, de onde vem, para onde vai, qual é o seu objetivo real da existência. Nenhum ensinamento veio lhe dar a noção exata do seu papel nesse mundo nem de seus destinos.

Auxílios do invisível

Auxílios do invisível
Auxílios do invisível
“E, depois de passarem a primeira e segunda guarda, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e, tendo saído, percorreram uma rua e logo o anjo se apartou dele.” — (ATOS, 12:10.)

Os homens esperam sempre ansiosamente o auxílio do plano espiritual. Não importa o nome pelo qual se designe esse amparo. Na essência é invariavelmente o mesmo, embora seja conhecido entre os espiritistas por "proteção dos guias" e nos círculos protestantes por "manifestações do Espírito Santo".

As denominações apresentam interesse secundário. Essencial é considerarmos que semelhante colaboração constitui elemento vital nas atividades do crente sincero.

No entanto, a contribuição recebida por Pedro, no cárcere, representa lição para todos.

Sob cadeias pesadíssimas, o pescador de Cafarnaum vê aproximar-se o anjo do Senhor, que o liberta, atravessa em sua companhia os primeiros perigos na prisão, caminha ao lado do mensageiro, ao longo de

Auxílio e esforço próprio

Auxílio e esforço próprio
Amemos a consolação, usando-a, porém, à maneira do óleo que lubrifica a máquina, sem exonerá-la da atividade precisa.

O Criador estabelece auxílio incessante para todas as necessidades da Criação, mas determina que a lei do trabalho seja cumprida em todas as direções.

A árvore encontra adubo no solo e alimento na atmosfera; no entanto, deve produzir o fruto, conforme a espécie a que pertence. 

A ostra, conquanto usufrua o agasalho da concha e se rejubile na água nutriente do mar, fabrica a pérola, no âmago de si mesma.

Não fujas, assim, à responsabilidade de pensar e realizar.

Rogas o amparo da eterna sabedoria.

Solicitas a inspiração dos mensageiros da luz.

Requisitas esse ou aquele obséquio de amigos desencarnados.

Anjos Guardiães: Amor, Compreensão, Perseverança

Anjos Guardiães: Amor, Compreensão, Perseverança
Anjos Guardiães: Amor, Compreensão, Perseverança
Muitas vezes, os homens esquecem que os verdadeiros guardiães, os verdadeiros espíritos que nos auxiliam têm nomes simples, guardam no coração a simplicidade e a honestidade de agir e procuram eles nos indicar caminhos e recursos para a vida vitoriosa que devemos ter. 

Quando um anjo guardião se propõe a socorrer um tutelado, faz todos os esforços para elevá-lo, orientá-lo sempre. Na vida, os homens, com a independência que possuem, escolhem seus caminhos, que são diversos, algumas vezes, daqueles orientados pelos benfeitores, que nem por isso os abandonam: prosseguem, solícitos, ensinando-os sempre. Isto se deve a uma lei chamada Lei de Amor. 

Para que um espírito seja considerado verdadeiramente anjo guardião, terá ele que ter dado provas de amor ao semelhante, provas de compreensão das fraquezas alheias e deverá dar provas constantes de

A energia criadora do espírito

A energia criadora do Espírito
A energia criadora do Espírito
“Todo ser é impulsionado a criar, na organização, conservação e extensão do Universo!...” (No Mundo Maior, André Luiz, cap 11)


Filho de Deus, Criador, cada ser possui em si mesmo uma fabulosa energia criadora, que o impulsiona ao progresso.


Naturalmente, cada ser se utiliza dessa energia dentro do estágio evolutivo em que se encontra. 

Nos princípios da evolução, o ser utiliza dessa energia para satisfazer as necessidades básicas da espécie: alimentação, procriação, ataque e defesa.

Na medida em que evolui e ocorre o desenvolvimento da inteligência e do sentimento, abrem-se novos canais para a manifestação dessa energia.

O cientista, o pintor, o músico estão usando essa mesma energia, nos caminhos superiores da vida.

Assim, a educação não deve ser entendida como um simples processo de construção de um conhecimento acumulado pelas gerações anteriores, mas um processo de transformação e crescimento, e que vai além do conhecimento acumulado. 

A Prece

A Prece
Destino de progresso, eis a caminhada de cada um de nós.

Trabalho incessante no bem, eis o meio pelo qual alcançaremos o progresso.

Renovação das ideias, eis o caminho que nos fará mudar de estrada, todas as vezes que a razão e o amor nos mostrarem que devemos corrigir os passos dados anteriormente. 

Com o conhecimento doutrinário, vamos ampliando, paulatinamente, a visão que possuímos do mundo e, por consequência, a própria visão interna e, por isso mesmo, nos transformaremos em seres voltados e votados ao bem eternal. 

Nesse processo de mudança, não se pode esquecer da prece, veículo ideal para a nossa conversa com as forças do Mais Além. Usada por todos os benfeitores espirituais, daqueles mais modestos àqueles que já alcançaram os pináculos do conhecimento, a prece significa o pedido de intercessão em favor de alguém, de uma situação, de alguma coisa. O mais importante da prece, contudo, não é o ato que fazemos deliberadamente na busca de apoio às nossas solicitações. O mais impressionante na prece é a resposta que nos vem do Mais Alto, pois significa que alguém a ouviu, meditou e atendeu a essa solicitação. 

A Educação

A Educação
A Educação
Não confiem seus filhos a outros, a não ser que sejam a isso obrigados. A educação não deve ser mercenária. Que importa a uma babá que uma criança fale ou ande antes de outra? Ela não tem nem o orgulho, nem o amor maternos. Mas que alegria para a mãe nos primeiros passos do seu querubim! Nenhuma fadiga, nenhuma dor a detém. Ela ama! Façam pela alma dos seus filhos o mesmo. Tenham mais solicitude ainda pela sua alma do que pelo seu corpo. Este consumir-se-á, em breve, e será lançado a uma sepultura, enquanto que a alma imortal, resplandecendo pelos cuidados com que foi cercada, pelos méritos adquiridos, pelos progressos realizados, viverá através dos tempos para abençoá- los e amá-los.

A educação, baseada numa concepção exata da vida, mudaria a face do mundo. Suponhamos cada família iniciada nas crenças espiritualistas sancionadas pelos fatos, incutindo- as nos filhos, ao mesmo tempo em que

A Doutrina

A Doutrina
A Doutrina
A doutrina do grande crucificado, em suas formas populares, queria a conquista da vida eterna pelo sacrifício do tempo presente. Religião da salvação, da elevação da alma pela dominação da matéria, o Cristianismo constituía uma reação necessária contra o politeísmo grego e romano, pleno de vida, de poesia, de luz, mas que eram apenas um foco de sensualismo e de corrupção. O Cristianismo tornava-se uma etapa indispensável na marchada Humanidade, cujo destino é elevar-se, incessantemente, de crenças em crenças, de concepções em concepções, em direção a sínteses sempre mais amplas e mais fecundas.

Com seus doze séculos de dores e de trevas, o Cristianismo não foi uma era de felicidade para a raça humana; porém, o objetivo da vida terrestre não é a felicidade, é a elevação pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento; em uma palavra, é a educação da alma, e a via dolorosa conduz à perfeição mais seguramente que a dos prazeres.

Portanto, o Cristianismo representa uma fase da história da Humanidade que, incontestavelmente, foi proveitosa para ela; a Humanidade não teria sido capaz de realizar as obras sociais que assegurarão seu futuro, se não tivesse se impregnado do pensamento e da moral evangélicos. 

A Igreja, no entanto, tornou-se culpada, trabalhando para prolongar indefinidamente o estado de ignorância da sociedade. Após haver alimentado e protegido a criança, ela quis mantê-la em estado de submissão e de servilismo intelectual. Ela preservou a consciência apenas para melhor oprimi-la. 


Autor: Léon Denis 
Do Livro: Cristianismo e Espiritismo. 

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