Sentidos Interiores

Sentidos Interiores
Sentidos Interiores
É por seus sentidos interiores que o ser humano percebe os fatos e as verdades de ordem transcendental. Os sentidos físicos enganam; só distinguem a aparência das coisas e nada seriam sem este sensorium que agrupa, centraliza suas percepções e as transmite à alma; esta registra o todo e dele depreende o efeito útil. Mas, para além deste sensorium de superfície, há outro mais oculto ainda, que discerne as regras e as coisas do mundo metafísico. É este sentido profundo, desconhecido, não utilizado pela maioria dos homens, que certos experimentadores identificaram com o nome de consciência subliminar.

A maior parte das grandes descobertas não foi senão a confirmação, no plano físico, das ideias percebidas pela intuição ou sentido íntimo. Por exemplo, Newton havia concebido, há muito tempo, a ideia da atração universal, quando a queda de uma maçã veio demonstrá-la objetivamente a seus sentidos materiais.

Assim como existem, em nós, um organismo e um sensorium físicos que nos permitem a relação com os seres e as coisas do plano material, existe, também, um sentido espiritual, graças ao qual, certos homens penetram, desde já, no domínio da vida invisível. Depois da morte, quando tiver caído o véu da carne, este sentido tornar-se-á o centro único de nossas percepções.

Por que Espiritismo?

Por que Espiritismo?
Por que Espiritismo?
Todas as religiões são parcelas da verdade.

Todas as religiões — caminhos para Deus — são bênçãos e luzes da Humanidade e para a Humanidade.

Então, — indagar-se-á — por que o Espiritismo?

Tentemos esclarecer, porém, que as religiões tradicionais, embora veneráveis, jazem comprometidas com preconceitos e dogmas que, até certo ponto, lhes são necessários à função e à estrutura. No âmbito delas, a criatura se satisfaz, até que a indagação lhe exija voos para além das constrições impostas pela autoridade
humana ou até que a dor lhe estilhace o envoltório de crenças úteis, mas superficiais, no qual se acomoda à estreiteza de vistas.

Sintonia seletiva

Sintonia seletiva
Sintonia seletiva
Na mediunidade, o médium deve se esforçar pela sintonia seletiva, quer dizer, tanto quanto possível, carece de se isolar das ondas mentais que o circundam, porquanto, na chamada sintonia seletiva, o médium deve procurar o pensamento do espírito que com ele estabelece uma certa empatia, para que consiga retratá-lo ou intermediá-lo ou ainda interpretá-lo com a fidelidade que se espera.

Seja na tarefa da psicografia ou do transe psicofônico, no serviço com as entidades esclarecidas ou no atendimento às entidades infelizes, que o médium procure essa sintonia seletiva — para tanto, durante o dia todo, ele há de se precaver e se manter vigilante, para que as suas defesas não cedam ante o assédio dos pensamentos gravitantes de encarnados e

Pensamento

Pensamento
Pensamento
Para dar ao pensamento toda sua força e sua amplitude, nada é mais eficaz que a pesquisa dos grandes problemas. Para bem exprimir, é preciso sentir intensamente; para apreciar as sensações elevadas e profundas, é necessário remontar à fonte de onde se originam toda vida, toda harmonia, toda beleza.

O que há de nobre e de elevado, no domínio da inteligência, emana de uma causa eterna, viva e pensante. Quanto maior é a impulsão do pensamento em direção a esta causa, mais alto ele paira, mais radiosas são, também, as claridades entrevistas, mais inebriantes as alegrias sentidas, mais poderosas as forças adquiridas, mais geniais as inspirações! Depois de cada voo, o pensamento retorna, vivificado, esclarecido, ao campo terrestre, para retomar a tarefa, através da qual continuará crescendo, pois é o trabalho que faz a inteligência, como é a inteligência que faz a beleza, o esplendor da obra concluída.

Ergue teu olhar, ó pensador, ó poeta! Lança teu grito de apelo, de aspiração, de prece! Diante do mar de múltiplos reflexos, à vista de brancos picos longínquos ou do Infinito estrelado, nunca experimentaste estas

O Mestre entre os homens

O Mestre entre os homens
O Mestre entre os homens
“Jesus não veio destruir a Lei, isto é, a Lei de Deus. Ele veio cumpri-la, ou seja, desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens.” (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. I, item 3.)

Meditemos sobre a figura de Jesus. Meditemos um tanto sobre sua passagem pela Terra. Observemos alguns fatos marcantes da trajetória de Jesus neste planeta:

A simplicidade do local de seu nascimento.

Sua posição de humildade e compreensão do Pai.

O amor materno que o sustentou.

Seu crescimento entre o trabalho.

Sua entrada no próprio núcleo do Judaísmo, falando da ideia de Deus, para os chamados “homens sábios” da época.

O divulgar uma doutrina baseada no sentimento do amor ao próximo.

O Médium e os bons espíritos

O Médium e os bons espíritos
O Médium e os bons espíritos
Os bons espíritos, aqueles que se encontram em serviço junto à Humanidade terrestre, não têm tempo a perder. Eles não são assim tão numerosos quanto se pensa e, por isto, não devemos abusar de seu tempo, como se estivessem sempre à nossa disposição.

Os médiuns precisam estar conscientes disto, para que não creiam que possam chamá-los à vontade, indisciplinados no exercício da própria mediunidade.

É certo que na Terra enxameiam espíritos, mas a imensa maioria são espíritos de condição evolutiva semelhante à dos homens e pouco tem a lhes acrescentar.

Quando os bons espíritos se aproximam de um médium, seja ele novato ou experiente, é porque pretendem
desenvolver com ele um trabalho sério, um trabalho útil à coletividade.

Enganam-se os médiuns principiantes, quando imaginam que os espíritos superiores não têm horários a serem obedecidos em suas atividades junto aos homens, e enganam-se também, quando supõem que eles não tenham outras ocupações no mundo espiritual.

O Espiritismo

O Espiritismo
O Espiritismo
O Espiritismo, sabiamente pra ti cado, não é somente uma fon te profunda de ensinamento; é também um meio de treinamento moral. Os avisos, os conselhos dos espíritos, suas descrições da vida do Além influem nos nossos pensamentos e nos nossos atos; eles preparam uma lenta modificação do nosso caráter e de nossa maneira de viver.

Nada é mais impressionante do que ouvir, no decorrer das sessões de evocações, a narrativa, a confissão das angústias experimentadas pelo espírito que empregou mal sua vida terrestre; do egoísta, que apenas encontra a indiferença e o vazio em torno de si; do invejoso, que se sente mergulhado numa espécie de noite produzida pelo acúmulo de seus maus pensamentos, de seus maldosos propósitos.

Dentre numerosos fatos, citaremos este que se produziu no nosso grupo de estudos: o espírito de uma antiga vendedora de legumes de Amiens gostava de nos lembrar sua ansiedade e sua perturbação, quando, após o falecimento, encontrou-se no meio de espessas trevas, efeito das maledicências e disputas às quais ela frequentemente se entregava. Longa e penosa foi sua espera. Finalmente, após anos de incerteza, de morno

No erguimento da paz

No erguimento da paz
No erguimento da paz
“Bem-aventurados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus.” – JESUS. (Mateus, 5:9.)

Efetivamente, precisamos dos artífices da inteligência, habilitados a orientar o progresso das ciências no Planeta. Necessitamos, porém, e talvez mais ainda, dos obreiros do bem, capazes de assegurar a paz no mundo. Não somente daqueles que asseguram o equilíbrio coletivo na cúpula das nações, mas de quantos se consagram ao cultivo da paz no cotidiano:

dos que saibam ouvir assuntos graves, substituindo-lhes os ingredientes vinagrosos pelo bálsamo do entendimento fraterno;

dos que percebem a existência do erro e se dispõem a saná-lo, sem alargar-lhe a extensão com críticas destrutivas;

dos que enxergam problemas, procurando solucioná-los, em silêncio, sem conturbar o ânimo alheio;

dos que recolhem confidências aflitivas, sem passá-la adiante; dos que identificam os conflitos dos outros, ajudando-os sem referências amargas;

dos que desculpam ofensas, lançando-as no esquecimento; 

Libertação espiritual

Libertação espiritual
Libertação espiritual
A solução ao problema da libertação espiritual, considerado originariamente, é questão de foro íntimo, qual acontece ao homem na vida comum.

Uma criatura poderá ter nascido em lastimáveis condições de penúria e acordar para as responsabilidades da reencarnação em ambiente vicioso, seja na família consanguínea ou na esfera de relações sociais em que foi levada a conviver, atravessando, por isso, largo trecho da existência em perigoso arrastamento ao mal; entretanto, se determina a si mesma o dever de elevar-se, acendendo no raciocínio a lâmpada do estudo e abraçando a trilha correta do trabalho, a breve tempo começa a receber o amparo daqueles a quem se faz útil, conquistando mais alto nível, do qual consegue estender braços fraternos, em socorro dos irmãos que ficaram na retaguarda.

Ocorre o mesmo nos domínios do espírito.

Determinada pessoa pode encontrar-se, às súbitas, debaixo da influência de entidades perturbadoras, seja pelas haver atraído com pensamentos infelizes ou porque sejam elas aqueles companheiros que lhe constituem a equipe de sócios das existências passadas; consequentemente, é capaz de sofrer induções à delinquência, em atormentados processos obsessivos, mas, se delibera emancipar-se, procurando a luz do conhecimento e situando o caminho no serviço aos semelhantes, passa a recolher, de imediato, o concurso daquele a quem auxilia, alcançando mais alto nível, do qual pode enviar apoio amigo àqueles mesmos espíritos que se lhe erigiam à condição de perseguidores.

Lei e vida

Lei e vida
“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, vim para cumprir” — Jesus. (Mateus, 5:17.)

“Não matarás”, diz a Lei.

O texto não se refere, porém, unicamente, à vida dos semelhantes.

Não frustrarás a tarefa dos outros, porque a suponhas inadequada, de vez que toda tarefa promove quem a executa, sempre que nobremente cumprida.

Não dilapidarás a esperança de ninguém, porquanto a felicidade, no fundo, não é a mesma na experiência de cada um.

Não destruirás a coragem daqueles que sonham ou trabalham em teu caminho, considerando que, de criatura para criatura, difere a face do êxito.

Não aniquilarás com inutilidades o tempo de teus irmãos, porque toda hora é agente sagrado nos valores da Criação.

Imagina


Imagina-te possuindo irmãos furtados do lar quando pequeninos.

Arrebatados ao teu afeto, foram aprisionados e cresceram em regime de cativeiro, quais bois na canga, conduzindo a cabeça do arado ou sustentando a moenda.

Traficados como alimárias, erguiam-se com a aurora e suavam no eito, enquanto o dia tivesse luz.

Se doentes, tinham remédios nas próprias lágrimas.

Se chorosos, recebiam chicotadas para consolo.

Embora amassem profundamente aos seus, eram constrangidos a contemplar, soluçando, as próprias esposas vendidas a mãos mercenárias e os tenros filhinhos entregues à lavagem amontoada no cocho.

Evocação de Espíritos

Evocação de Espíritos
“Quanto tempo depois da morte se pode evocar um espírito? Pode-se evocá-lo no instante mesmo da morte; mas, como nesse momento, ainda está em perturbação, não responde senão imperfeitamente.” (O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Cap. XXV.)

No capítulo das evocações, cremos que seja desnecessário lembrar aos nossos irmãos quanto à sua inconveniência.

O espírito recém-desencarnado passa por um período mais ou menos longo de perturbação, até que se readapte ao mundo espiritual. Muitas vezes, encontra-se ele sem a mínima condição de responder ao apelo que lhe está sendo feito. De outras, o espírito evocado não encontra um médium que lhe sirva de instrumento, posto que, repetimos, sintonia mediúnica não se improvisa.

Não raro, os espíritos que comparecem às reuniões mediúnicas, evocados indiretamente pela presença de seus familiares e amigos que esperam ouvi-los em mensagem, transmitem as suas impressões de além-túmulo como podem, e não como desejariam. É por este motivo que nem sempre os comunicados mediúnicos correspondem à expectativa dos que anseiam por recebê-los.

Crendices e superstições

Crendices e superstições
Atraso moral e espiritual dos habitantes da Terra, a presença e a amplitude da feitiçaria e seus talismãs, que baterão em retirada ante a alvorada de luz e bênção da fé racional, que enfrenta a dúvida filosófica, as conquistas da inteligência e da técnica materialista, tranquilamente, em todas as épocas, dirimindo problemas e sustentando a confiança em Deus.

Paradoxalmente, a década em que o homem conseguiu a arrancada da Terra, nos rumos da lua, sonhando com a conquista de outros planetas é, também, a do retorno à barbárie e às crendices, em fuga espetacular dos cálculos computados em aparelhagens quase perfeitas para os abismos da imaginação desregrada.

A decantada morte da fé religiosa, prevista pelos expoentes da cultura materialista dos séculos passado e atual, de forma alguma poderia defrontar mais chocante reação das mentes tecnicizadas destes dias...

Ciência e Vida

Ciência e Vida
No mundo, possuímos centrais elétricas que asseguram a iluminação de grandes cidades. Impossível, no entanto, olvidar os milhões de criaturas que ainda se debatem nas trevas da ignorância.

Dispomos de usinas poderosas que geram a força indispensável à manutenção do trabalho em largas faixas do Globo. Forçoso lembrar, porém, que surpreendemos, em toda parte, legiões de pessoas tombadas em desânimo ou desespero, a caminho da criminalidade ou do suicídio, à míngua de energia espiritual.

Realizamos, com êxito, a ablação de tumores malignos. Necessário, todavia, observar que ainda não sabemos como impedir a formação dos quistos de ódio que infelicitam as almas.

Construímos palácios de moradia com todos os apetrechos da civilização. Imperioso, entretanto, anotar que em nenhuma época do passado, tivemos que facear tantos processos de angústia e de obsessão.

A reforma do caráter

A reforma do caráter
É preciso saber suportar todas as coisas com paciência e serenidade. Quaisquer que sejam os procedimentos de nossos semelhantes, com relação a nós, não devemos nutrir, contra eles, animosidade alguma, ressentimento algum, mas, ao contrário, fazer com que todas as causas de aborrecimento ou de aflição sirvam a nossa própria educação moral. Nada poderia nos atingir, se, em nossas vidas anteriores e culposas, não tivéssemos dado margem à adversidade. Eis o que precisamos nos dizer continuamente. Assim, conseguiremos aceitar, sem amargura, todas as provas, considerando-as como uma reparação do passado ou como um meio de aperfeiçoamento.

De degrau em degrau, atingiremos, assim, esta paz de espírito, este domínio de nós mesmos, esta confiança absoluta no porvir, que dão a força, a quietude, a satisfação íntima e permitem que nos mantenhamos firmes, em meio às mais duras vicissitudes.

Chegando a idade, as ilusões, as esperanças vãs, caem, como folhas mortas; mas, as elevadas verdades aparecem, então, mais brilhantes, como as estrelas no céu de inverno, por entre os galhos desfolhados de nossos jardins.

A pátria do Evangelho

A pátria do Evangelho
Em 1498, Vasco da Gama descobre o caminho marítimo das Índias e, um pouco mais tarde, Gaspar de Corte Real descobre o Canadá. Todos os navegadores saem de Lisboa com instruções secretas quanto à terra desconhecida, que se localizava fronteira à África e que já havia sido objeto de protesto de D. João contra a bula de Alexandre VI, que pretendia impor-lhe restrições ao longo do Atlântico, por sugestão dos reis católicos da Espanha.

No dia 7 de março de 1500, preparada a grande expedição de Cabral ao novo roteiro das Índias, todos os elementos da expedição, encabeçados pelo capitão-mor, visitaram o Paço de Alcáçova, e na véspera do dia 9, dia este em que se fi zeram ao mar, imploraram os navegadores a bênção de Deus, na ermida do Restelo, pouso de meditação que a fé sincera de D. Henrique havia edificado. O Tejo estava coberto de embarcações engalanadas e, entre manifestações de alegria e de esperança, exaltava-se o pendão glorioso das quinas.

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