Período de exercício

Período de exercício
Período de exercício
O período de exercício, de trabalho preparatório, às vezes tão rico em manifestações grosseiras e em mistificações, é, portanto, uma fase normal do desenvolvimento da mediunidade; é uma es cola em que nossa paciência e nosso discernimento se exercem, em que aprendemos a nos familiarizar com a maneira de agir dos habitantes do Além.

Durante esse tempo de prova e de estudo elementar, o médium deverá manter-se precavido, nunca renunciar a uma prudente reserva. Deverá evitar, com cuidado, as questões ociosas ou interesseiras, as brincadeiras, tudo o que tem um caráter frívolo e atrai os espíritos levianos.

Não se deve deixar desanimar pela mediocridade dos primeiros resultados, pela indiferença aparente e pela abstenção de nossos amigos do Espaço. Médiuns iniciantes, ficai seguros de que velam por vós, que vossa perseverança é testada. Quando chegardes ao ponto desejado, influências mais elevadas descerão sobre vós e continuarão vossa educação psíquica.


Não procureis a mediunidade com o objetivo de simples curiosidade ou de puro divertimento, porém vede nela um dom do céu, algo sagrado que deveis utilizar com respeito, para o bem de vossos semelhantes. Elevai vossos pensamentos na direção das almas generosas que trabalham para o progresso da Humanidade; elas virão até vós, elas vos sustentarão e vos protegerão. Graças a elas, as dificuldades do início, as decepções inevitáveis que experimentareis não terão consequências deploráveis; elas esclarecerão vossa razão, desenvolverão vossas forças fluí dicas.

A boa mediunidade se forma lentamente, no estudo calmo, silencioso, recolhido, longe dos prazeres mundanos, longe do ruído das paixões. Após um período de preparação e de espera, o médium recolhe o fruto de seus perseverantes esforços; recebe dos espíritos elevados a consagração de suas faculdades, amadurecidas no santuário de sua alma, ao abrigo das sugestões do orgulho. Se guarda no seu coração a pureza do ato e da intenção, ele se tornará, com a assistência de seus guias, um cooperador útil na obra de regeneração que eles perseguem.



Autor: Léon Denis
Do Livro: No Invisível.

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