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Céu e Inferno |
Os adeptos do Espiritismo têm conhecimento acerca da imortalidade da alma e por isso sabem o que os esperam além da vida física, seja pelo acesso à informação que a literatura espírita fornece, ou por outros canais de comunicação, cientes da realidade espiritual, que é retratada de conformidade com o estado da alma.
Promovemos
aqui, a reflexão sobre as penas e gozos dos Espíritos, anotada em O Livro dos
Espíritos.
Céu
e inferno, assunto que ainda transita na ideia de muitas criaturas, de forma
contundente, mas graças a Deus temos a Doutrina Espírita que vem esclarecer,
tirando dúvidas e informando.
Muitas
almas, todos os dias, adentram os portões das Casas Espíritas, sedentos de
informação, tanto encarnadas quanto desencarnadas, usufruindo o bem estar de
que se oferece pelo esclarecimento de que a vida continua para além dos portais
da vida terrena.
Quantos
choravam, sem rumo, sem explicação e sem orientação e ao tomar conhecimento
reiniciam sua trajetória, compreendendo-se como espírito imortal, que tem
inúmeras oportunidades para planejar melhor os caminhos a seguir.
A
ideia de que tudo o que construímos hoje se refletirá no amanhã, promove a precaução,
quanto aos itens que formarão a bagagem essencial para se viver eternamente.
Nos
dias atuais se multiplicam as orientações espirituais, que fornecem subsídios
para meditação; apontando caminhos, que serão seguidos ou não, de acordo com a
liberdade de escolha de cada um.
Saber
que não estamos sós, que temos ajuda, suporte, orientação é muito importante e
dilata o nosso potencial de crer e estimula para realizar-se.
O
inferno que se criou em determinado espaço, embaixo, ou de um céu, em cima, que
caracterizaram a crença de uma fase histórica da humanidade, quando a verdade
era encoberta, é uma forma figurada de se ver.
Na verdade o inferno é resultado de um
comportamento antifraterno, e alimentado por ações precipitadas e pensamentos
deletérios.
Na verdade
as penas e gozos principiam na nossa intimidade.
A paz é
construída em nosso interior e não externamente, mas se irradia externamente.
Nós
criamos um céu e um inferno em nosso viver, querendo localizá-los a qualquer
custo, com os valores que guiam a nossa vida, alimentados por pensamentos,
intenções e sentimentos variados. Mas essa transformação é de dentro para fora.
Acreditando-se
em justiça divina, não se pode pensar num local circunscrito, onde apenas os
eleitos têm acesso, que vivem em plena harmonia, sem qualquer exercício;
enquanto outros sofrem indefinidamente, sem perdão.
Deus
é Pai e Jesus trouxe essa noção numa época em que as criaturas adoravam a um
deus, para ser agradado, por isso sacrificavam animais e faziam oferendas. A
eliminação desses costumes, só é possível com a ideia de um Deus de Amor. E o
resumo dos dez mandamentos em dois, onde o norte é a Lei de Amor para todos, indistintamente,
direciona o nosso comportamento.
Para
Deus não há privilegiados ou preteridos. Todos foram criados perfectíveis, isto
é, com potencial para se tornar perfeito. Há de se buscar o caminho próprio
para a conquista.
A
razão não pode consentir essa ideia, pois o trabalho é uma lei natural e céu
não pode ser sinônimo de inatividade.
Manter-se
com pensamentos elevados, em sintonia com uma espiritualidade amiga, ser
cumpridor do dever, seguir as leis, as normas é estar em pleno CÉU.
Emmanuel
anota no livro Justiça Divina, lição Céu:
“De
existência a existência, entretanto, aprendemos hoje que a vida se espraia,
triunfante, em todos os domínios universais do sem-fim; que a matéria assume
estados diversos de fluidez e condensação; que os mundos se multiplicam
infinitamente no plano cósmico; que cada espírito permanece em determinado
momento evolutivo, e que, por isso, o céu, em essência, é um estado de alma que
varia conforme a visão interior de cada um.”
E
ainda na lição, Céu e inferno, da obra acima: “Fácil, assim, perceber que, com
tantos favores, concessões e doações, facilidades e vantagens, entremeados de
bênçãos, suprimentos, auxílios, empréstimos e moratórias, o céu começará sempre
em nós mesmos e o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um.”
Os
espíritos nos esclareceram através do Codificador, que “as penas e gozos são
inerentes ao grau de perfeição dos Espíritos” (...).
E Jesus destacou que o Reino dos Céus está
dentro de nós mesmos.
Autor: Magdala Alves
Fonte
Bibliográfica:
Kardec. O Livro
dos Espíritos. Questão 1012. RJ: CELD. 2011.
Emmanuel.
Psic. Francisco Candido Xavier. Justiça Divina – lições: “Céu” e “Céu e
Inferno”. 13 ed. RJ: FEB, 2008.
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