Pena de Morte

Pena de Morte
Pena de Morte
Todos os fundadores das grandes instituições religiosas, que ainda hoje influenciam ativamente a comunidade humana, partiram da Terra com a segurança do trabalhador ao fim do dia.

Moisés, ancião, expira na eminência do Nebo, contemplando a Canaã prometida.

Sidarta, o iluminado construtor do Budismo, depois de abençoada peregrinação entre os homens, abandona o corpo físico, num horto florido de Kucinagara.

Confúcio, o sábio que plasmou todo um sistema de princípios morais para a vida chinesa, encontra a morte num leito pacífico, sob a vigilância de um neto afetuoso.

E, mais tarde, Maomé, o criador do Islamismo, que consentiu em ser adorado pelos discípulos, na categoria de imortal, sucumbe em Medina, dentro de sólida madureza, atacado pela febre maligna.

Testemunhos

Testemunhos
Testemunhos
As obras que eu faço em nome de meu Pai, dão testemunho de mim. — João, 10:25.


É certo que o sofrimento que não desperta lamentações pode ser uma expiação, mas esse tipo de comportamento é um indício claro de que tal expiação foi escolhida voluntariamente e não imposta, sendo também a prova de uma forte resolução, o que é um sinal de progresso. — (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, item 9.)


Que se dirá, do médico que teme o contato com a enfermidade que desfigura o semblante do doente; do advogado que receia a convivência com os malfeitores; do mestre que abomina ensinar a crianças difíceis; do juiz que se poupa a examinar contendas e desdenha enfrentá-las; do amigo que foge aos ensejos de ser útil; do servidor que ressona em pleno serviço; do aprendiz que desrespeita o ensino; do cristão que, no exercício da caridade, zelando pelo equilíbrio pessoal, se furta ao trabalho eficiente ao lado de infelizes e desajustados?!

Página aos Pais

Página aos Pais
Página aos Pais
Por maiores sejam os compromissos que te prendam a obrigações dilatadas, na esfera dos negócios ou na vida social, consagrarás à família as atenções necessárias.

Lembrar-te-ás de que o lar é tão somente o refúgio que o arquiteto te planeou, baseando estudos e cálculos nos recursos do solo.

Encontrarás nele o templo de corações em que as Leis de Deus te situam transitoriamente o espírito, a fim de que aprendas as ciências da alma no intervalo doméstico.

“Honrarás teu pai e tua mãe...” proclama a Escritura e daí se subentende que precisamos também dignificar nossos filhos.

Ainda mesmo se eles, depois de adultos, não nos puderem compreender, nada impede venhamos a entendê-los e auxiliá-los, tanto quanto nos seja possível, sem que por isso necessitemos coartar os planos superiores de serviço que nos alimentou o coração.

Reconhecendo o débito irresgatável para com teus pais, os benfeitores que te entreteceram no mundo a felicidade do berço, darás aos teus filhos, com a luz do exemplo no dever cumprido, a devida oportunidade para a troca de impressões e de experiências.

Uma grande prudência

Uma grande prudência
Uma grande prudência
Uma grande prudência é, então, necessária para se entrar em comunicação com o mundo invisível. O bem e o mal, a verdade e o erro misturam-se e, para distinguir um do outro, é preciso fazer passar todas as revelações, todos os ensinos, pelo crivo de um julgamento severo. Só se deve aventurar nesse terreno, passo a passo. Para expulsar as más influências, para afastar a horda de espíritos levianos ou maléficos, basta tornar-se senhor de si, e nunca abdicar do direito de controle e exame, de procurar acima de tudo os meios de se aperfeiçoar no conhecimento das leis superiores e na prática das virtudes. Aquele cuja vida é reta e que procura a verdade com um coração sincero, nenhum perigo tem a temer. Os espíritos de luz nele leem, veem suas intenções e o assistem. Os espíritos trapaceiros e mentirosos afastam-se do justo, como uma tropa de partidários diante de uma cidadela bem defendida. Os obsessores atacam, de preferência, os homens levianos, que negligenciam as questões morais para buscar, em tudo, seu prazer ou seu interesse.

Outras considerações

Outras considerações
Outras considerações
“(...) todo médium e todo grupo que se creem privilegiados por comunicações que só eles podem receber, e que, de outra parte, estão submetidos a práticas que tocam a superstição, estão, indubitavelmente, sob a influência de uma das obsessões mais bem caracterizadas, sobretudo quando o espírito dominador se enfeita de um nome que todos, espíritos e encarnados, devemos honrar e respeitar, e não deixar comprometer a cada passo”. (O Livro dos Médiuns – Cap. XXXI, Segunda Parte, item XXVII.)


Em mediunidade, não existe qualquer tipo de privilégio a este ou àquele médium, a este ou àquele grupo.

O médium ou o grupo mediúnico que imaginar estar sendo privilegiado pela Espiritualidade está, na palavra de Kardec, “sob a influência de uma das obsessões mais bem caracterizadas (...)”

O objetivo da mediunidade deve ser o de conduzir as pessoas ao conhecimento da Doutrina Espírita.

Por mais eficiente, mediunidade alguma é superior ou deve ser colocada num plano superior ao conhecimento dos postulados espíritas. Dizemos assim, porque há grupos que existem e sobrevivem em função da mediunidade desse ou daquele companheiro.

Os Espíritos maus

Os Espíritos maus
Os Espíritos maus
Os espíritos maus, sobre os quais caem vigorosa mente o peso de suas faltas, estão na impossibilidade de prever o futuro. Nada sabem das leis superiores. Os fluidos com os quais estão envolvidos impedem qualquer relação com os espíritos elevados, que gostariam de arrancá-los de seus pendores, mas não o podem, em razão da natureza grosseira, quase material, desses espíritos e do campo restrito de suas percepções. Resulta, daí, uma ignorância completa de sua sorte e uma tendência em acreditar eternos os sofrimentos que experimentam. Assim também, alguns dentre eles, ainda imbuídos de preconceitos católicos, acreditam e se dizem no inferno. Devorados pelo ciúme e o ódio, a fim de se distraírem de suas inquietações, muitos procuram os homens fracos e votados ao mal. Eles os incitam, insuflam-lhes funestas inspirações; mas, pouco a pouco, desses novos excessos decorrem novos sofrimentos. A reação do mal causado os prende numa rede de fluidos mais sombrios. As trevas se fazem mais completas, um círculo estreito se forma e a reencarnação, penosa, dolorosa, ergue-se diante deles.

Considerações sobre a Pluralidade das Existências

222. O dogma da reencarnação, dizem algumas pessoas, não é novo; foi ressuscitado de Pitágoras. Nunca dissemos ser a Doutrina Espírita uma invenção moderna; sendo o Espiritismo uma lei da Natureza, deve ter existido, desde a origem dos tempos e sempre nos esforçamos para provar que se encontram vestígios dele, na mais remota antiguidade. Pitágoras, como se sabe, não foi o autor do sistema da metempsicose; ele o hauriu dos filósofos indianos e dos egípcios, para os quais ela existia desde tempos imemoriais. A idéia da transmigração das almas era, portanto, uma crença comum, admitida pelos homens mais eminentes. Como é que ela chegou até eles? Pela revelação ou pela intuição? Não o sabemos; porém, seja como for, uma idéia não atravessa as idades e não é aceita pelas inteligências de elite, sem possuir um lado sério. A antiguidade desta doutrina seria, portanto, muito mais uma prova do que uma objeção. Todavia, como igualmente se sabe, há, entre a metempsicose dos antigos e a doutrina moderna da reencarnação, a grande diferença de que os Espíritos rejeitam, da maneira mais absoluta, a transmigração do homem para os animais e reciprocamente.

Os Espíritos, ao ensinarem o dogma da pluralidade das existências corporais, renovam, portanto, uma doutrina que nasceu nas primeiras idades do mundo e que se conservou, até os nossos dias, no pensamento íntimo de muitas pessoas; eles apenas a apresentam sob um ponto de vista mais racional, mais conforme às leis progressivas da Natureza e mais em harmonia com a sabedoria do Criador, despojando-a de todos os acessórios da superstição. Uma circunstância digna de nota é que não é unicamente neste livro que eles a têm ensinado, nestes últimos tempos: desde antes de sua publicação, numerosas comunicações da mesma natureza foram obtidas, em diversas regiões e depois, multiplicaram-se, consideravelmente. Talvez fosse aqui o caso de examinar por que os Espíritos não parecem estar todos de acordo sobre este ponto; a isto retornaremos, mais tarde.

Os espíritos

Os espíritos
Os espíritos
“Ora, essas almas que povoam o Espaço são precisamente o que se chamam Espíritos; os Espíritos não são, pois, outra coisa senão as almas dos homens despojadas do seu envoltório corporal.” (O Livro dos Médiuns – Primeira Parte – Cap. 1 – item 2.)


Não sendo mais do que homens desencarnados, os espíritos, a princípio, não possuem uma sabedoria maior do que a dos que ainda mourejam no corpo físico. Afirmaríamos mesmo que a maioria dos espíritos vinculados à psicosfera do planeta encontra-se ainda em estágio primário de evolução intelectual e moral.

A desencarnação não confere a ninguém a auréola de santidade sem esforço ou o conhecimento que não se adquiriu à custa de ingentes sacrifícios.

Em desencarnando, nem todo espírito entra, por assim dizer, na posse do “patrimônio do passado”. Não raro, esse “passado”, para a maioria dos espíritos, apresenta-se medíocre em matéria de conquistas espirituais. Muitos não têm a lembrar senão dissabores e grandes equívocos. Poucos são aqueles cujas

Idéias Inatas

218. O Espírito encarnado conserva algum traço das percepções que possuiu e conhecimentos que adquiriu nas suas existências anteriores?
“Resta-lhe uma vaga lembrança que lhe dá o que se chama de idéias inatas.”

a) A teoria das idéias inatas não é, pois, uma quimera?
“Não; os conhecimentos adquiridos em cada existência não se perdem; o Espírito, desligado da matéria, sempre se lembra deles. Durante a encarnação, pode esquecê-los, em parte, momentaneamente, porém, a intuição que deles lhe resta, auxilia o seu adiantamento; sem isto, teria sempre que recomeçar. A cada nova existência o Espírito toma, como ponto de partida, aquele em que ficara, na precedente.”

b) Deve haver, assim, uma grande conexão entre duas existências sucessivas?
“Nem sempre tão grande quanto poderias supô-lo, pois as posições são, freqüentemente, muito diferentes e, no intervalo entre elas, o Espírito pôde progredir.”


219. Qual a origem das faculdades extraordinárias dos indivíduos que, sem estudo prévio, parecem ter a intuição de certos conhecimentos, como o das línguas, o do cálculo, etc.?

O Perispírito

O perispírito
O perispírito
A elevação dos sentimentos, a pureza da vida, os impulsos para o bem e o ideal, as provas e os sofrimentos pacientemente suportados, depuram cada vez mais o perispírito, estendendo, multiplicando as vibrações. Como uma ação química, eles consomem as partículas grosseiras e deixam subsistir apenas as mais sutis, as mais delicadas.

Por um efeito inverso, os apetites materiais, as paixões baixas e vulgares reagem sobre o perispírito, entorpecem-no, tornam-no mais denso e mais obscuro. A atração dos globos inferiores, como a Terra, exerce-se com força sobre esses organismos, que conservam, em parte, as necessidades do corpo e não podem satisfazê-las. As encarnações dos espíritos que estão carregados delas, sucedem-se rapidamente, até que o progresso através do sofrimento venha atenuar suas paixões, subtraí-las às influências terrestres e abrir-lhes o acesso a mundos melhores.

Uma correlação estreita religa os três elementos constitutivos do ser. Quanto mais elevado é o espírito, mais
sutil é o perispírito, leve, brilhante, mais o corpo es tá isento de paixões, moderado nos seus apetites e seus

Semelhanças Físicas e Morais

207. Os pais transmitem, freqüentemente, aos seus filhos uma semelhança física. Transmitem-lhes, também, uma semelhança moral?
“Não, visto que eles possuem almas ou Espíritos diferentes. O corpo procede do corpo, o Espírito, porém, não procede do Espírito. Entre os descendentes das raças, apenas há consanguinidade.”

a) De onde se originam as semelhanças morais que, algumas vezes, existem entre os pais e seus filhos?
“São espíritos simpáticos, atraídos pela semelhança de seus pendores.”

208. Nenhuma influência exerce o Espírito dos pais sobre o de seu filho, após seu nascimento?
“Influência muito grande; como vos dissemos, os Espíritos devem colaborar para o progresso uns dos outros. Pois bem! O Espírito dos pais tem por missão desenvolver o de seus filhos pela educação; é para eles uma tarefa: serão culpados, se nisso falirem.”

209. Por que de pais bons e virtuosos se originam filhos de natureza perversa? Ou melhor, por que as boas qualidades dos pais nem sempre atraem, por simpatia, um bom Espírito para lhes animar o filho?
“Um mau Espírito pode pedir bons pais, na esperança de que seus conselhos o dirijam por um caminho melhor e Deus, freqüentemente, o confia a eles.”

210. Os pais podem, pelos seus pensamentos e suas preces, atrair para o corpo da criança um bom Espírito de preferência a um inferior?

Estudar sempre

Estudar sempre
Estudar sempre
Se abraçaste na Doutrina Espírita o roteiro da própria renovação, em toda parte és naturalmente chamado a fixar-lhe os ensinos.” – Emmanuel


A maioria dos homens habituou-se a crer que médium só o é aquele que, em mesa específica de trabalhos mediúnicos, psicografa ou fala, ouve ou vê os espíritos, alivia ou cura os enfermos.

O pensamento geral, erroneamente difundido além-fronteiras do Espiritismo, é de que médium somente o é aquele que dá passividade aos desencarnados, oferecendo-lhes a organização medianímica para a transmissão da palavra falada ou escrita.

Em verdade, porém, médiuns somos todos nós que registramos, consciente ou inconscientemente, ideias e sugestões dos espíritos, externando-as, muita vez, como se fossem nossas.

Ao discutirmos tema elevado, em qualquer lugar e hora, somos, algumas vezes, intérpretes de espíritos sérios, que de nós se aproximam atraídos pela seriedade da conversação.

Parentesco, filiação

203. Os pais transmitem aos seus filhos uma porção de suas almas, ou apenas lhes dão a vida animal à qual, mais tarde, uma nova alma vem acrescentar a vida moral?
“Somente a vida animal, pois a alma é indivisível. Um pai estúpido pode ter filhos inteligentes e vice-versa.”

204. Visto que tivemos várias existências, a parentela ultrapassa a da nossa existência atual?
“Isto não pode ser de outra maneira. A sucessão das existências corporais estabelece, entre os Espíritos, laços que remontam às vossas existências anteriores; daí, com freqüência, as causas de simpatia entre vós e alguns Espíritos que vos parecem estranhos.”

205. Aos olhos de algumas pessoas, a doutrina da reencarnação parece destruir os laços de família, fazendo-os anteriores à nossa existência atual.
“Ela os distende, porém, não os destrói. Sendo a parentela baseada em afeições anteriores, os laços que unem os membros de uma mesma família são menos precários. Ela aumenta os deveres da fraternidade, visto que, no vosso vizinho, ou no vosso criado, pode encontrar-se um Espírito que tenha sido ligado a vós pelos laços do sangue.”

a) Todavia, ela diminui a importância que alguns dão à sua filiação, já que se pode ter tido como pai um Espírito que tenha pertencido a uma outra raça, ou vivido numa condição inteiramente diversa.

“É verdade, mas esta importância está fundamentada no orgulho; o que a maioria honra, nos seus

Espontaneidade Mediúnica

Espontaneidade Mediúnica
Espontaneidade Mediúnica
“(...) a espontaneidade do pensamento manifestado fora de toda a expectativa, de toda pergunta proposta, não permite ver nele um reflexo do pensamento dos assistentes.” – (O Livro dos Médiuns – Primeira Parte – Cap. VI.)


Há quem diga que os médiuns não passam de telepatas bem desenvolvidos, capazes de captar o pensamento dos próprios encarnados que lhes buscam o concurso na obtenção de orientações e mensagens.

A telepatia, ou “telegrafia humana”, é um fato incontestável. Diríamos mesmo que, o que se passa entre o médium e o espírito no instante do transe nada mais é do que um fenômeno telepático, mais ou menos profundo. Isto para as comunicações ditas intelectuais.

Que o pensamento se propaga no éter, através dos “fluidos teledinâmicos”, os espíritos superiores esclareceram Allan Kardec...

No entanto, afirmar que os médiuns são capazes de “ler” no subconsciente das pessoas as informações que

Sexos nos Espíritos

200. Os Espíritos têm sexos?
“Não como o entendeis, pois os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na semelhança dos sentimentos.”

201. O Espírito que animou o corpo de um homem pode, numa nova existência, animar o de uma mulher e reciprocamente?
“Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres.”

202. Quando se é um Espírito errante, prefere-se encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher?
“Isso pouco importa ao Espírito; dá-se em função das provas por que haja de passar.”

Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo; como devem progredir em tudo, cada sexo, assim como cada posição social, oferece-lhes provações e deveres especiais e a oportunidade de adquirir experiência. Aquele que fosse sempre homem, apenas saberia o que sabem os homens.


Autor: Allan Kardec
Do livro: O Livro dos Espíritos

Dignificação Mediúnica

Dignificação Mediúnica
Dignificação Mediúnica
A mediunidade, dignificada pelo Evangelho de Jesus, é instrumento para a evolução dos seres.

Ponte colocada entre o mundo espiritual e o terrestre, ela é o instrumento que demonstra a sobrevivência da alma, ao mesmo tempo canalizando a orientação e o conforto para ambos os planos da vida.

Trazendo as informações libertadoras da sobrevivência, prepara os homens para o momento glorioso da sua libertação, e, quando estes, por equívoco ou indolência na fé, ou desprezo às leis de justiça, desencarnam em perturbação, eis que, os que permanecem no mundo, esclarecidos, fazem-se psicoterapeutas, orientando-os, para que melhor se engajem nas exposições novas.

Como decorrência natural, o estabelecimento hebdomadário das reuniões de caráter mediúnico constitui oficina de serviço edificante, no qual a enfermagem espiritual desempenha papel relevante, libertando

Sorte das Crianças após a Morte

197. O Espírito de uma criança que morreu em tenra idade é tão adiantado quanto o do adulto?
“Algumas vezes, muito mais, pois pode ter vivido muito mais e ter mais experiência, sobretudo, se ele progrediu.”

a) O Espírito de uma criança pode, assim, ser mais adiantado do que o de seu pai?
“Isto é muito freqüente; não o vedes, freqüentemente, vós mesmos, na Terra?”

198. O Espírito da criança que morre pequenina, não tendo podido fazer o mal, pertence às classes superiores?
“Se não fez o mal, tampouco fez o bem, e Deus não o isenta das provas que deva experimentar. Se for puro, não é porque fosse uma criança, mas por ser mais adiantado.”

199. Por que a vida é, freqüentemente, interrompida na infância?
“A duração da vida da criança pode ser, para o Espírito que nela está encarnado, o complemento de uma existência interrompida, antes do termo desejado, e sua morte é, freqüentemente, uma prova ou uma expiação para os pais.”

a) O que ocorre ao Espírito de uma criança que morre em tenra idade?
“Recomeça uma nova existência.”

Se o homem tivesse uma única existência e se, após essa existência, sua sorte futura fosse fixada pela

Justiça da reencarnação

171. Em que está fundamentado o dogma da reencarnação?
“Na justiça de Deus e na revelação, pois vos repetimos incessantemente: Um bom pai deixa sempre aos seus filhos uma porta aberta para o arrependimento. A razão não te diz que seria injustiça privar, para sempre, da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorar-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os homens egoístas encontram-se a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem-remissão.”

Todos os espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes fornece os meios, através das provas da vida corporal; porém, na sua justiça, concede-lhes efetuar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.” Não seria conforme a equidade, nem conforme a bondade de Deus, castigar
para sempre aqueles que encontraram obstáculos ao seu melhoramento, além de sua vontade e no próprio meio em que se achavam colocados. Se a sorte do homem fosse irrevogavelmente fixada, após sua morte, Deus não teria pesado as ações de todos na mesma balança e não os teria, absolutamente, tratado com imparcialidade.

A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o homem várias existências sucessivas é

Delinquência, perversidade e violência

Delinquência, perversidade e violência
Delinquência, perversidade e violência
A onda crescente de delinquência que se espalha por toda a Terra assume proporções catastróficas, imprevisíveis, exigindo de todos os homens probos e lúcidos acuradas reflexões. Irrompendo, intempestivamente, faz-se avassaladora, em vigoroso testemunho de barbárie, qual se loucura de procedência pestilencial se abatesse sobre as mentes, em particular grassando na inexperiente juventude, em
proporções inimagináveis, aflitivas.

Sociólogos, educadores, psicólogos e religiosos preocupados com a expressiva mole de delinquentes de toda lavra, especialmente os perversos e violentos, aprofundam pesquisas, improvisam soluções, experimentam métodos mal elaborados, aderem aos impositivos da precipitação, oferecem sugestões que triunfam por um dia e sucumbem no imediato, tudo prosseguindo como antes, senão mais turbulento, mais inquietador (...)

Numa visão superficial das consequências calamitosas desse estado sociomoral decorrentes, asseveram alguns observadores que a delinquência, a perversidade e a violência fluem, abundantes, dos campos das guerras sujas e cruéis, engendradas pela necessidade da moderna tecnologia em libertar os países

Transmigração Progressiva

189. Desde o princípio de sua formação, o Espírito goza da plenitude de suas faculdades?
“Não, pois o Espírito, como o homem, também tem sua infância. Em sua origem, os Espíritos apenas têm uma existência instintiva e mal têm consciência de si mesmos e de seus atos; só, pouco a pouco, é que a inteligência se desenvolve.”

190. Qual o estado da alma na sua primeira encarnação?
“O estado da infância na vida corporal; sua inteligência apenas eclode: ela se ensaia para a vida.”

191. As almas de nossos selvagens são almas no estado de infância?
“Infância relativa; mas, são almas já desenvolvidas; eles possuem paixões.”

a) As paixões são, pois, um sinal de desenvolvimento?
“De desenvolvimento, sim; não, porém, de perfeição; elas são um sinal de atividade e da consciência do eu; enquanto que, na alma primitiva, a inteligência e a vida estão em estado de gérmen.”

A vida do Espírito, no seu conjunto, percorre as mesmas fases que vemos na vida corporal; ele passa, gradualmente, do estado de embrião ao da infância, para chegar, através de uma sucessão de períodos, ao estado de adulto, que é o da perfeição, com a diferença de que, para o Espírito, não há declínio nem decrepitude, como na vida corporal; de que sua vida, que teve um início, não terá fim; de que é necessário um tempo imenso, do nosso ponto de vista,para passar da infância espiritual a um desenvolvimento

A reencarnação

166. Como a alma, que não atingiu a perfeição durante a vida corporal, pode terminar de depurar-se?
“Experimentando a prova de uma nova existência.”

a) Como a alma realiza essa nova existência? Será por sua transformação como espírito?
“A alma, depurando-se, experimenta, certamente, uma transformação, mas, para isso, é-lhe necessária a prova da vida corporal.”

b) Então, a alma tem várias existências corporais?
“Sim, todos temos várias existências. Os que dizem o contrário querem vos manter na ignorância em que eles próprios se encontram; este é o desejo deles.”

c) Parece resultar deste princípio que a alma, depois de ter deixado um corpo, toma um outro; ou, melhor dizendo, que ela reencarna num novo corpo; é assim que se deve entender?
“É evidente.”

167. Qual é o objetivo da reencarnação?

Conhecimento do passado

Conhecimento do passado
Conhecimento do passado
Meditando nas salutares revelações procedentes da espiritualidade, assomavam-te ondas de tristeza, em considerando o olvido que se te fazia habitual, concernente às reencarnações passadas...

Ao lado daqueles que te narravam eventos com eles mesmos acontecidos e que lhes foram elucidados, situavas o espírito em compreensível melancolia, face a tua total ignorância quanto as vidas pretéritas...

Diante dos que exibiam ilações fascinantes entre o hoje e o ontem, comentando, entusiasmados, os sucessos transatos, doía-te a alma ignorares os acontecimentos idos que te diziam respeito...

Desejavas qualquer referência, que te desse maior força e coragem para a luta, de modo a situares vidas pregressas, graças à justiça das reencarnações...

Ante as dores da soledade, renteando com os que pareciam contemplados, almejavas identificar amigos, amores antigos...

A Lei Divina, na sua sabedoria, quando concede o esquecimento temporário das vidas que se perderam na

Encarnação nos diferentes mundos

172. Nossas diversas existências corporais efetuam-se todas na Terra?
“Nem todas, mas em diversos mundos: a deste mundo não é a primeira, nem a última e é uma das mais materiais e das mais distantes da perfeição.”

173. A alma, a cada nova existência corporal, passa de um mundo a outro, ou pode efetuar várias delas no mesmo globo?
“Ela pode tornar a viver várias vezes no mesmo globo, se não se adiantou bastante para passar para um mundo superior.”

a) Assim, podemos reaparecer várias vezes na Terra?
“Certamente.”

b) Podemos retornar a este, depois de ter vivido em outros mundos?
“Sem-dúvida; já pudestes viver algures e na Terra.”

174. Será uma necessidade tornar a viver na Terra?
“Não; mas, se não progredirdes, podereis ir para um outro mundo que não valha mais do que este e que pode ser pior.”

Perturbação espiritual

163. A alma, ao deixar o corpo, tem imediatamente consciência de si mesma?
“Consciência imediata não é bem o termo; ela fica durante algum tempo em perturbação.”

164. Todos os espíritos experimentam, no mesmo grau e com a mesma duração, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?
“Não, isto depende da elevação deles. Aquele que já está purificado, se reconhece quase imediatamente, porque já se desligou da matéria durante a vida do corpo, enquanto que o homem carnal, aquele cuja consciência não está pura, conserva por muito mais tempo a impressão dessa matéria.”

165. O conhecimento do Espiritismo exerce uma influência sobre a duração, mais ou menos longa, da perturbação?
“Uma influência muito grande, visto que o espírito compreendia, antecipadamente, a sua situação; porém, a prática do bem e a consciência pura são o que tem maior influência.”

Aflitos Bem-Aventurados

Aflitos Bem-Aventurados
Aflitos Bem-Aventurados
Problema intrincado.

Muitos companheiros disseram isso, no impedimento que te aborrece.

No entanto, o sublime orientador te situou, à frente dele, para que lhe descubras a solução.

Serviço impraticável.

Outros proclamaram semelhante afirmativa, referindo-se ao encargo que te pesa nos ombros.

O Senhor, porém, te chamou a executá-lo, ciente da tua capacidade e da tua força.

Tentação invencível.

Vozes diferentes formularam a mesma observação, na crise interior que escalda o pensamento.

Todavia, o eterno amigo te permite experimentá-la para que lhe extingas o magnetismo calamitoso.

Separação da alma e do corpo

154. A separação da alma e do corpo é dolorosa?
“Não; frequentemente, o corpo sofre mais durante a vida, do que no momento da morte: a alma disso não participa. Os sofrimentos que, algumas vezes, se experimentam no momento da morte, são um gozo para o espírito, que vê chegar o término do seu exílio.”

Na morte natural, a que sobrevém pelo esgotamento dos órgãos, em consequência da idade, o homem deixa a vida sem disto se aperceber: é um lampião que se apaga, por falta de combustível.

155. Como se opera a separação da alma e do corpo?
“Sendo rompidos os elos que a retinham, ela se desprende.”

a) A separação se opera instantaneamente e por uma brusca transição? Há uma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?
“Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa, como um pássaro cativo, restituído, subitamente, à liberdade. Esses dois estados se tocam e se confundem; assim, o espírito se desprende, pouco a pouco, de seus laços: eles se desatam, não se quebram.”

Aflições

Aflições
Aflições
Os aflitos classificam-se em variadas expressões.

Temos aqueles que choram por se sentirem inibidos para a extensão do mal...

Há quem se torture por não conseguir vingar-se.

Existem os que se declaram infelizes com a prosperidade do próximo e se enfurecem com a impossibilidade de lhes ultrapassar o progresso econômico ou espiritual.

Aparecem aqueles que se afirmam desditosos por não poderem competir com o luxo de quem se confia à extravagância e à loucura.

Surgem muitos em lágrimas de inveja e despeito, à frente dos vizinhos, interessados na educação e na melhoria da vida.

A alma após a morte

149. O que se torna a alma no instante da morte?
“Volta a ser espírito, isto é, volta ao mundo dos espíritos que, momentaneamente, ela havia deixado.”

150. A alma, após a morte, conserva sua individualidade?
“Sim, jamais a perde. Que seria ela, se não a conservasse?”

a) Como a alma constata sua individualidade, visto que não tem mais o seu corpo material?
“Ela ainda possui um fluido que lhe é próprio, que haure na atmosfera de seu planeta e que representa a aparência de sua última encarnação: seu perispírito.”

b) A alma nada leva consigo deste mundo?
“Nada além da lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor. Esta lembrança é cheia de doçura ou de amargor, conforme o uso que ela tenha feito da vida; quanto mais pura, mais ela compreende a futilidade do que deixa na Terra.”

151. O que pensar da opinião de que, após a morte, a alma retorna ao todo universal?
“O conjunto dos espíritos não forma um todo? Não constitui um mundo? Quando estás numa assembleia, és parte integrante desta assembleia e, todavia, conservas sempre a tua individualidade.”

152. Que prova podemos ter da individualidade da alma, após a morte?
“Não tendes esta prova através das comunicações que recebeis? Se não fôsseis cegos, veríeis; se não fôsseis surdos, ouviríeis; pois, com muita frequência, uma voz vos fala e vos revela a existência de um ser que está fora de vós.”

A sociedade do futuro

A sociedade do futuro
A sociedade do futuro
“(...) Deus fez o homem para viver em sociedade. Deus não deu ao homem, inutilmente, a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.” (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, questão 766.)


Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem! 

Todos os homens sentem necessidade, às vezes imediatas, de conviver com outras pessoas, iluminando o próprio pensamento e construindo núcleos sociais que os tornem capazes de ser felizes, pacificados, voltados para o equilíbrio. É um sinal de progresso.

A Humanidade, que avança cada vez mais no intercâmbio entre as várias coletividades, torna-se assim uma sociedade conhecida, e todos os homens que vivem esse grande processo de progresso sentem-se conhecedores uns dos outros, iluminados pela cultura, pelo saber, pelo conhecimento, enfim, que traz a todos o equilíbrio, a noção do belo, o engrandecimento do ser. Outros, porém, existem que reclamam dessa
convivência; são aqueles que pensam em pátria, são aqueles que ainda não são capazes de ver o homem como membro do Universo. Estão limitados às suas nações, às suas culturas. Não que isso não seja

O Materialismo

147. Por que os anatomistas, os fisiologistas e, em geral, os que se aprofundam nas ciências da Natureza, são, com tanta frequência, levados ao materialismo?
“O fisiologista refere tudo ao que ele vê. Orgulho dos homens que creem tudo saber e que não admitem que coisa alguma possa ultrapassar o seu entendimento. Sua própria ciência dá-lhes a presunção; pensam que a Natureza nada lhes pode ocultar.”

148. Não é lamentável que o materialismo seja uma consequência de estudos que deveriam, ao contrário, mostrar ao homem a superioridade da inteligência que governa o mundo? Deve-se daí concluir que são perigosos?
“Não é verdade que o materialismo seja uma consequência desses estudos; é o homem que deles tira uma falsa conclusão, pois de tudo ele pode abusar, mesmo das melhores coisas. O nada, aliás, os amedronta mais do que gostariam que parecesse, e os espíritos fortes são, frequentemente, mais fanfarrões do que bravos. A maioria só é materialista, porque nada possui para preencher esse vazio; diante desse abismo que se abre diante deles, mostrai-lhes uma tábua de salvação e a ela se agarrarão solicitamente.”

A alma vem de Deus

A alma vem de Deus
A alma vem de Deus
A alma vem de Deus e retorna a Deus, percorrendo o ciclo imenso de seus destinos. Por mais baixo que ela tenha descido, cedo ou tarde, ergue-se ao Infinito pela atração divina. O que procura ela ali? Um conhecimento cada vez mais perfeito do Universo, uma assimilação cada vez mais completa de seus atributos: Beleza, Verdade, Amor! E, ao mesmo tempo, uma libertação gradual das escravidões materiais, uma colaboração crescente com a obra eterna.

Cada espírito, no Espaço, tem sua vocação e a persegue, com facilidades desconhecidas sobre a Terra; cada qual encontra seu lugar nesse soberbo campo de ação, nesse vasto laboratório universal. Por toda a parte, tanto na amplidão, como nos mundos, temas de estudo e de trabalho, meios de elevação, de participação na obra divina, oferecem-se à alma laboriosa.

Não mais se trata do céu frio e vazio dos materialistas, tampouco do céu contemplativo e beato de alguns crentes. É um universo vivo, animado, luminoso, pleno de seres inteligentes em processo constante de evolução.

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