Outras considerações

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“(...) todo médium e todo grupo que se creem privilegiados por comunicações que só eles podem receber, e que, de outra parte, estão submetidos a práticas que tocam a superstição, estão, indubitavelmente, sob a influência de uma das obsessões mais bem caracterizadas, sobretudo quando o espírito dominador se enfeita de um nome que todos, espíritos e encarnados, devemos honrar e respeitar, e não deixar comprometer a cada passo”. (O Livro dos Médiuns – Cap. XXXI, Segunda Parte, item XXVII.)


Em mediunidade, não existe qualquer tipo de privilégio a este ou àquele médium, a este ou àquele grupo.

O médium ou o grupo mediúnico que imaginar estar sendo privilegiado pela Espiritualidade está, na palavra de Kardec, “sob a influência de uma das obsessões mais bem caracterizadas (...)”

O objetivo da mediunidade deve ser o de conduzir as pessoas ao conhecimento da Doutrina Espírita.

Por mais eficiente, mediunidade alguma é superior ou deve ser colocada num plano superior ao conhecimento dos postulados espíritas. Dizemos assim, porque há grupos que existem e sobrevivem em função da mediunidade desse ou daquele companheiro.


Os próprios médiuns necessitam reconhecer a sua condição de intermediários, para que as pessoas tomem contato com o Espiritismo como filosofia e não apenas como possibilidade de intercâmbio com os desencarnados.

Numa casa espírita bem orientada, a reunião mediúnica não deve ter prioridade sobre a reunião de estudos, e o médium não deve receber qualquer tratamento diferenciado dos demais cooperadores da instituição (...)

O grupo espírita necessita de muita prudência e discernimento, para não fugir à simplicidade. Às vezes, através da ideia de oferecer maior conforto material aos frequentadores do grupo é que a “coisa” começa...

Vejamos como o assunto é complexo e a vigilância se faz imprescindível.

Não nos esqueçamos de que o médium é um homem e que, pela sua própria condição humana, é cheio de mazelas como qualquer outro.

O grupo mediúnico que trabalha com a ideia de sobressair entre os demais, está, por somente este seu pensamento, solapando pela base os seus alicerces.

Todos os grupos espíritas necessitam funcionar em harmonia, como peças igualmente importantes de uma engrenagem mais importante, que é a Doutrina.

Que cada médium, portanto, busque trabalhar e produzir no grupo em que se desenvolveu, assim como a árvore que produz no solo em que nasceu.

Se um grupo espírita tem problemas, isto não é motivo para que o médium o abandone, desprezando os companheiros que, então, revelam-se mais necessitados de auxílio.

Quem identifica uma dificuldade é o primeiro a ser chamado a fim de saná-la.

Atentemos, ainda, para o fato de, quase sempre, o médium que se queixa do grupo ser, ele próprio, o ponto nevrálgico no bom relacionamento entre os seus componentes.

Conforme dissemos alhures, o médium precisa cumprir seu dever em clima de silêncio, procurando, o máximo possível, não envolver-se em conversas inúteis. Se chamado a opinar, a sua palavra deve ser conciliadora, sem tomar o partido de quem quer que seja, porque, depois de deixar enredar-se na “fofoca”, o médium não conseguirá safar-se dela, sem muitos “arranhões” em seu “espelho mental”, que haverão de interferir negativamente em suas atividades.



Autor: Odilon Fernandes
Do Livro: Somos Todos Médiuns

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