Especialidade Mediúnica

Especialidade Mediúnica
Especialidade Mediúnica
“Restringindo-se em sua especialidade, o médium pode distinguir- se e obter grandes e belas coisas; ocupando-se de tudo, não obterá nada de bom.” (O Livro dos Médiuns — Segunda Parte — cap. XVI)


Um exímio violinista, talvez não seja um bom pianista, e vice-versa.

Um excelente escultor, é possível que não seja um pintor de destaque.

Um respeitável escritor pode não ser um tribuno de méritos.

Quem tenha condições de ser um respeitável médium passista, mas deseja ser, por exemplo, um médium psicógrafo, talvez acabe não sendo nem uma coisa nem outra.

No próprio médium portador de diversos dons medianímicos, existe um tipo de mediunidade que desponta
entre as demais e é justamente sobre esta que ele deve concentrar os seus esforços e atenções.

Não há uma mediunidade mais importante do que a outra.

Todas, quando exercidas com dedicação, cumprem uma tarefa significativa.

Não é a mediunidade que destaca o médium; é o médium que valoriza a mediunidade que possui.

Existem médiuns que, por vaidade, na falsa suposição de que isto lhe confere atestado de evolução espiritual, estimam dizer que possuem n tipos de mediunidade... Não se contentando em escrever, querem também pintar e materializar os espíritos... Dizem ser portadores da vidência, da faculdade de cura, da incorporação e de conversar com os espíritos quando lhes aprouver...

Não vai aqui nenhuma crítica ou censura aos médiuns que, abnegadamente, renunciando a si mesmos, trabalham, com a discrição possível, nesse ou naquele setor da mediunidade.

Entretanto, é Allan Kardec que nos ensina que o médium, “ocupando-se de tudo, não obterá nada de bom”.

No mínimo, precisamos pensar na fraterna advertência do Codificador. (...)

Que o médium de psicofonia esmere-se no trabalho da incorporação e logrará ele resultados que não esperava alcançar...

Que o médium psicógrafo persevere nos seus exercícios de escrita e acabará por se transformar num intérprete valioso para os espíritos que desejam expressar-se por seu intermédio...

Que o médium passista prossiga, sem desânimo, em seu ministério, e as suas mãos devotadas ao bem operarão maravilhas...

Que o médium da palavra se concentre no serviço da oratória e empolgará multidões, que certamente haverão de reunir-se para ouvi-lo...

O obreiro de valor é aquele que cresce ao lado de sua própria obra!

Não existe colheita sem semeadura.

E não basta semear... É preciso que se zele pela qualidade da semeadura, pois dela dependerá a qualidade da colheita.

A “especialização mediúnica” revela a maturidade do médium e o seu sincero desejo de servir à Doutrina.

Não estamos querendo dizer com isto que o médium portador de uma mediunidade deva desprezar as demais.

Mediunidades diversas podem coexistir pacificamente, desde que o médium tenha condições morais de gerenciar os seus diferentes dons. Muitos médiuns acabam se perdendo entre os múltiplos dons que possuem, como alguém que, formado em várias universidades, não consegue se fixar, com o aproveitamento
desejável, em nenhum setor de atividade profissional, dispersando as suas forças e perdendo o seu tempo.



Autor: Odilon Fernandes
Do Livro: Mediunidade e Caminho

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