Mediunidade

Mediunidade
Mediunidade
Em cada ser humano existem rudimentos de mediunidade, faculdades em gérmen que podem se desenvolver pelo exercício. Para o maior número, um longo e perseverante trabalho é necessário. Em alguns, essas faculdades aparecem desde a infância, e atingem sem esforços, com os anos, um elevado grau de perfeição. Nesse caso, elas são o resultado das aquisições anteriores; o fruto dos trabalhos efetuados sobre a Terra ou no Espaço, fruto que trazemos ao renascer.

Entre os sensitivos, muitos têm a intuição de um mundo superior, extraterrestre, onde existem, como de reserva, poderes que lhes são possíveis adquirir através de uma comunhão íntima, através das aspirações elevadas, para manifestá-los, em seguida, sob formas diversas, apropriadas à sua natureza: adivinhação, ensinamentos, ação curativa, etc.

É tomada nesse sentido que a mediunidade se torna uma faculdade preciosa, pela qual grandes auxílios podem ser espalhados, grandes obras realizadas.

Seria para a Humanidade um poderoso meio de renovação se todos compreendessem que há, acima de nós, uma fonte inesgotável de força, de vida espiritual que se  pode atingir através de um
treinamento gradual, através de uma orientação constante do pensamento e da vontade, para assimilar-lhes as ondas, as radiações e, com o auxílio deles, desenvolver as faculdades latentes em nós.

A aquisição dessas forças nos arma contra o mal; eleva-nos acima dos conflitos materiais e nos torna mais firmes no dever. Entre os bens terrestres, nenhum é comparável à posse desses dons. Conduzidos ao seu mais elevado grau, eles fazem os grandes missionários, os renovadores, os grandes inspirados.

Como podemos adquirir essas potências, essas faculdades superiores? Abrindo nossa alma, através da vontade e da prece, às influências do Alto. Tudo depende de nós e do nosso estado de espírito. Assim como abrimos as entradas de nossa morada para ali fazer penetrar os raios de sol, assim também, através de nossos impulsos e nossas aspirações, podemos abrir nosso ser interior para os eflúvios celestes.

É aqui que se revela a ação benévola da prece. Através da prece, curta, humilde, fervorosa, a alma se dilata e se abre para radiações do foco divino. A prece, para ser eficaz, não deve ser uma recitação banal, uma fórmula aprendida, porém muito mais um apelo do coração, um ato da vontade que atrai para si o fluido universal, as vibrações do dinamismo divino. Ou ainda, é preciso projetar sua alma, exteriorizar-se através de um impulso poderoso, e, conforme a impulsão dada, entrar em comunicação com os mundos etéreos.

Assim, a prece traça um caminho fluídico pelo qual as almas humanas sobem e as almas superiores se abaixam, de tal modo que uma comunhão se estabelece entre umas e outras para que o espírito do homem seja iluminado e fecundado pelos raios e as forças vindas das esferas celestes.



Autor: Léon Denis
Do livro: No Invisível

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