Jesus, o Mestre da Paciência

Jesus, o Mestre da Paciência
Jesus, o Mestre da Paciência
“Quem é, com efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por Jesus Cristo.” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, perg. 1009.)

E Jesus, aproximando-se da multidão, começou a falar. E o que falou, na ocasião, o Mestre, cujo verbo eloquente e brando, consolando toda aquela multidão, prossegue até os dias de hoje a consolar e a sustentar
toda a Humanidade que ainda sofre, mercê da própria vida terrena?

“Bem-aventurados os brandos, os pacíficos, os puros de coração.” Como conjugar essa mensagem tão pura, tão bela, eloquente e consoladora de Jesus com um conceito tão retrógrado quanto o das penalidades eternas, sem remissão?

Perguntamos a nós mesmos: Como fomos capazes de, através dos séculos, deixar que fenecesse um
sentimento tão profundo quanto o do amor e, ao contrário, crescesse um sentimento tão ruim quanto ignorante como este, o das penalidades sem remissão?

Provavelmente, porque todos nós, moradores do planeta, fôssemos exatamente assim: inexperientes, inexpertos e, portanto, sem convicções amorosas, generosas, de bondade; provavelmente, por nós mesmos sentirmos que, para punir, precisaríamos de uma mensagem dolorosa, dura, ao ponto de nos sentirmos feridos em nossos sentimentos, porque não fomos capazes ou não seríamos capazes de ver o belo, o bom, o superior, o puro.

Jesus, antes de ser o Mestre dos nossos corações, é o Mestre da paciência. Já na sua época, ele nos disse que nos enviaria aquele que, afinal de contas, nos consolaria efetivamente. Ele percebeu que a sua mensagem seria como uma semeadura; que os espíritos da época não perceberiam a extensão de tudo aquilo que pregava e, portanto, precisariam de tempo para assimilar aquelas ideias, aqueles conceitos de bondade, e adaptar-se ao clima amoroso que haveria de crescer, pouco a pouco, no seio da humanidade terrena, para que um dia ela possa dizer que é uma sociedade cristã.

Jesus, pacientemente, esperou, e espera, pelo nosso crescimento. Se os conceitos de amor que ele nos disse à época não conseguiram fertilizar o nosso coração, hoje nós mesmos, cansados de sofrer, dizemos, do íntimo do ser, algo assim: “Senhor, ajuda a minha incredulidade. Não mais desejo, Senhor, viver um clima de paz, senão aquela paz que tu nos dás; não mais a paz fruto das guerras! Não mais desejo, Senhor, viver um clima de amor, senão o amor que tu nos ensinas, não o amor que eu sempre julguei ser o melhor; não mais desejo, Senhor, senão viver pacificamente!

Ah!, meus irmãos, Jesus, o Mestre da paciência, esperou-nos o amadurecimento para que, de posse dele, pudéssemos, então, dizer que cremos, que desejamos que os sentimentos bondosos felicitem a nossa alma. Estamos, pouco a pouco, implantando esse reinado de calma, de equilíbrio, de felicidade dentro de nós mesmos. Criando primeiramente em nós o sentimento do amor, já estendemos esse sentimento para os nossos familiares; aos poucos estamos sendo mais humanos; e também aos poucos, estamos criando em volta de nós um clima de efetiva alegria espiritual. Em que pesem os nossos fracassos, em que pesem as nossas dificuldades, em que pesem os nossos problemas interiores, caminhamos! Lentamente, mas caminhamos”!

Jesus continua sendo aquele Mestre da paciência, que diz para nós:

“Bem-aventurados os mansos; bem-aventurados vós que amais o próximo”!

Já não são mais outras palavras que nos agradam o espírito senão estas: as do sentimento fraternal e as do sentimento do amor de Jesus. Lentamente, vamos subindo os degraus que nos elevam o espírito. A Doutrina Espírita é aquela doutrina que clareia definitivamente a mensagem cristã e os que aqui estamos, estudando, aprimorando conhecimentos, vencendo barreiras internas, superando dificuldades, caminhando em paz, somos da hora última ao tempo de Jesus, mas agora dos primeiros que dizem:

“Salve, Consolador bendito! Salve, Doutrina belíssima que nos sustenta o coração! Salve, codificador abençoado, Allan Kardec! Salve todos aqueles que lutaram pela implantação da Doutrina Espírita! Todos aqueles que lutaram pela implantação de O Evangelho Segundo o Espiritismo nos corações! Salve todos aqueles que amam, que creem, que lutam; que se esforçam por abençoar ao seu irmão! Salve todos aqueles que, ao ver os espetáculos tristes da dor, já não mais aplaudem, antes choram! Salve todos aqueles homens que, saindo do chão, levantam suas mãos para o Céu, e dizem assim: Senhor, Senhor ajuda-me! Salve o grande Mestre Jesus de Nazaré”!

Que Deus a todos nós ajude e abençoe, e que possamos prosseguir estudando esta Doutrina tão amada, tão abençoada, que sustenta os corações, nesta Casa, que traz o nome de um desses espíritos luminosos que se orgulham, se podemos assim nos expressar, de cultivar o ensino doutrinário, trazendo o facho de luz resplandecente, para a Humanidade que ainda carece de orientações e de caminhos.

Que Deus a todos nós ajude, abençoe e proteja, agora e sempre!

Vosso irmão,



Autor: Antônio de Aquino
Do livro: Inspirações do Amor Único de Deus, vol. 1.

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