Exteriorização do Ser Humano

Exteriorização do Ser Humano
Exteriorização do Ser Humano
Desse conjunto de fatos, uma certeza se destaca. É que a alma humana não é, como o creem os materialistas, uma resultante do organismo, passageira como ele, uma função do cérebro, dissipando-
se com sua morte; porém um ser em si, independente dos órgãos.

Sua ação pode se exercer fora dos limites do corpo, transmitir a outros seres seus pensamentos, suas sensações e até desdobrar-se e aparecer em sua forma fluídica. Independente das leis do espaço e do tempo, ela vê a distância e se transporta ao longe; lê no passado e pode penetrar o futuro.

A existência da alma se revela, portanto, através dos fatos. O corpo não é uma condição indispensável
de sua vida e se ela está ligada a ele durante sua passagem terrestre, esse elo é apenas temporário. Após sua separação do organismo físico, ela continua a manifestar-se através dos fenômenos de ordem espírita, cujo estudo será objeto dos capítulos que vão se seguir.

O estudo da alma exteriorizada, durante a vida, nos conduz, assim, ao estudo de suas manifestações após a morte. As leis que regem esses fenômenos são idênticas.

A exteriorização é, apenas, um encaminhamento do espírito para o estado de liberdade, para essa
outra forma da existência em que ele se encontra liberto dos entraves da matéria.

Este não será um dos menores títulos de glória desse Espiritismo, longo tempo desprezado, o de ter ensinado à alma humana a estudar a si mesma, nas suas profundezas, a entreabrir o véu espesso que escondia o segredo de sua natureza e de sua grandeza.



Autor: Léon Denis
Do livro: No Invisível

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