Reencarnação: Divino projeto de luz

Reencarnação: Divino projeto de luz
Reencarnação: Divino projeto de luz
As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra? “Não; vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, perg. 172.)

Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem!

Voltar à Terra, para muitas criaturas, é um exercício de dor, sofrimento e até mesmo de angústia; para outras, é apenas a volta ao convívio com as forças das quais realmente jamais se desligou.

Seja qual for o ângulo de que se analise a questão, vejamos no retorno à vida corporal uma das maiores bênçãos que Deus oferece ao espírito humano.

Cada vez que a mente, ou espírito, se encaminha numa determinada direção, o faz com objetivo próprio, determinado, querendo alcançar alguma coisa que lhe faculte o progresso.

Como espírito, o homem não poderá viver certas experiências que somente a vida na matéria favorece, tais como determinadas paixões. Algumas das paixões humanas apenas através da matéria se podem experimentar, como certas realidades morais. Tomemos, por exemplo, a posse do ouro, o domínio de nações; somente na matéria podem-se alcançar tais objetivos. Por isso Deus, em sua
infinita sabedoria, e promovendo o progresso de todos nós, espíritos a caminho da perfeição, nos faz voltar à carne.

Com esta explicação, podemos melhor compreender o porquê da reencarnação. A internação na carne é uma providência de Deus para que, como espíritos, passemos determinados níveis de provações.

Um espírito que traga em si a necessidade de passar por um certo gênero de desencarnação, como a morte violenta, por exemplo, não poderia experimentar tal situação no mundo dos espíritos.

Até porque não existe morte no plano espiritual; menos ainda, com violência.

Muitos poderão, ainda assim, perguntar o porquê do sofrimento.

Ah, meus irmãos, observem que Deus nada faz para os homens que não seja com vistas ao seu progresso. Reencarnado, o espírito alcança mais depressa as suas metas de progresso, à medida que vai adquirindo experiências de vida.

A reencarnação, pode-se dizer, é para o espírito um curso rápido de trabalho, de luta, de aprendizado. É como, na Terra, um curso intensivo na escola, para aqueles que desejam vencer mais rapidamente as etapas curriculares, dedicando-se mais, para fazer em pouco tempo o que normalmente fariam em muitos anos.

Quando se reencarna, adianta-se o progresso espiritual; mas, ai de nós! muitas vezes, diante da necessidade de acelerarmos o nosso progresso, tumultuamo-nos e enveredamos por outros caminhos, engendrando novas formas de dor, complicando as nossas existências. Aquilo que deveria ser um curso rápido acaba, então, se transformando em obstáculos ao próprio progresso, tão somente por não sabermos agir com equilíbrio, com decoro, diante da Lei de Deus. Ainda assim, não consideremos que a reencarnação se torne um castigo, não! A Providência Divina se encarrega de fazer com que o espírito avance com a experiência, dela saindo mais fortalecido, para que ande mais rapidamente, na sua trajetória evolutiva.

Para o pai generoso que vê o seu filho morrer, é sempre motivo de dor a desencarnação; para a esposa que perde o esposo; para o filho que se sente órfão; para o irmão que perde o irmão, será sempre doloroso ver aquele a quem ama partir antes da própria partida. Há a natural sensação de perda; há o choro; há a lágrima; há a dor do ser que se sente diminuído, por ter perdido o elo fraterno com a alegria de seu viver: aquele que desencarnou. Para esses, entretanto, queremos dizer assim:

Esqueçam-se temporariamente das suas necessidades e lembrem-se da necessidade daquele que se foi. Cumpriu ele a sua etapa de progresso; venceu as suas lutas; está liberto das suas provas; precisa caminhar. Nós outros, os que sentimos a dor, devemos guardar no coração a mensagem de esperança,
de certeza, melhor dizendo, recordando que todo aquele que ama terá sempre ao seu lado o amor das criaturas que lhe correspondem ao amor.

Assim, meus irmãos, tenham no coração um pouco de alegria, guardem a paz. Para aqueles que se foram, transmitam um pensamento de saudade, porém um pensamento de força. Digam assim:

Sigam, amados meus! Sigam! Prossigam em seus projetos de luz, de progresso, de amor. Cá ficamos, em sofrimento, em dores; mas tenham a certeza de que em nós jamais morrerá o amor!

É assim, meus irmãos, que todos devemos entender a encarnação e a desencarnação: como provas; como possibilidades que o espírito tem de caminhar bem mais depressa, em busca de sua trajetória de luz.

Que Deus a todos nós ajude, abençoe, conduza, agora e sempre!

Vosso irmão, Antonio de Aquino.

Muita paz!



Autor: Antônio de Aquino
Do livro: Inspirações do Amor Único de Deus, vol. 1.

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