Fraternidade e Renovação

Fraternidade e Renovação
Fraternidade e Renovação
Graças a Deus.

 Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem.

Irmãos meus — A história do mundo, a sua cultura, diz aos homens da geração presente que o mundo e sua humanidade caminham há séculos, há milênios, e que de tempos em tempos tudo se transforma. Transforma-se o homem, transforma-se a vida, transforma-se o próprio planeta.

Os dias atuais marcam uma época de transformação, e não podemos compará-la com as outras que já aconteceram porque os fatos se perdem nos milênios que já se foram, e tudo na vida é relativo. Não podemos aferir por que o homem ainda não tem parâmetros para realizar, ainda que de forma imperfeita, qualquer comparação.


Uma coisa, entretanto, é realidade. Na Terra, começam as provas, começam os fenômenos que varrem regiões do planeta, ceifando vidas, destruindo cidades, tal como ocorreu há milênios, quando vidas foram destruídas e cidades soterradas.

Aí estão as provações, as convulsões da vida, o sofrimento, a dor, o resgate enfim, para a regeneração da espécie humana.

Ao mesmo tempo, vos apresentamos outra realidade: nunca no mundo talvez se tenha falado tanto em fraternidade!

Todas as religiões pregam a fraternidade e os homens descrentes também em discursos inflamados a apregoam.

Será que dessa forma se conquista essa virtude? Será que a fraternidade é um curso que as criaturas frequentam e após um aprendizado mais ou menos precipitado, recebem o diploma de criaturas fraternas? Parece-nos que assim não é.

A fraternidade é uma das filhas privilegiadas do amor. Então, concluiremos, de forma imediata, que ela brota no interior das almas e para que isso aconteça, é necessário que a criatura extirpe do seu íntimo o orgulho e o egoísmo. Ninguém resolve ser fraterno porque assim o deseja. A criatura irradia fraternidade quando este sentimento, que é amor, transparece do íntimo de sua alma.

O homem de hoje busca se livrar do orgulho e do egoísmo. Mas parece-me que, se assim acontece, é apenas de forma relativa. A Ciência cresceu de forma espetacular e o homem orgulha-se de seus feitos. Orgulha-se de seus bens materiais, orgulha-se de feitos insignificantes que, na sua concepção rasteira da vida, parecem eventos importantes. Isso acontece com o indivíduo e seu grupo, com a sociedade, com os povos e nações.

De mãos dadas com o orgulho, caminha o egoísmo para ter mais, não no sentido espiritual, mas de bens materiais. O egoísmo permite à criatura amparar os mais carentes apenas com aquilo que não deseja mais possuir, aquilo que não lhe faz falta. Esse egoísmo existe no indivíduo e também na família, na sociedade, nos povos e nas nações. Aí está a contradição.

O mundo se debate em provas e prega a fraternidade, mas uma fraternidade que não existe. Para que isso aconteça, é preciso que, individualmente, a criatura extirpe de sua alma o orgulho e o egoísmo. Aí, então, existirá o amor, e existindo o amor, a humanidade se aproxima do mandamento maior que o Mestre de Nazaré deixou a todos os homens.

A fraternidade não se exterioriza, não é mercadoria que se adquira nos templos de qualquer religião. A fraternidade é virtude que nasce na alma da criatura, no caminho infinito de sua renovação, dentro das Leis Divinas.

Sabemos todos que não é conquistada da noite para o dia, mas através dos séculos, através dos milênios. O espírito humano, peregrino das estradas do Infinito, vem de encarnação em encarnação, e numa amplitude maior, de morada em morada, aprimorando-se, caminhando para a perfeição. Sede fraternos, dizem nossos irmãos maiores, mas cada um deve entender que, para que assim seja, é preciso varrer da alma os sentimentos inferiores que não permitem que a criatura irradie amor, irradie luz, irradie fraternidade.

Vamos então, guardar a imagem do mundo em que vivemos, onde a transformação se acelera, onde as provas se agigantam e o homem prega a fraternidade, mas esquece de se renovar, esquece o amor, alimenta o egoísmo e o orgulho.

Fraternidade é o objetivo de toda a humanidade, mas um objetivo que não se adquire de um momento para outro, objetivo que vem com a luz, quando o espírito se renova, quando busca se encontrar com o Supremo Criador. A fraternidade deve ser o lema de toda a humanidade, mas é preciso que, aos poucos, cada criatura aprenda que, para que assim aconteça, é preciso varrer da alma os sentimentos inferiores que não levam à luz nem à perfeição.

Deus vos abençoe; Jesus fique convosco e que as vibrações que nos envolvem nesse instante, façam despertar, em todos vós, e na humanidade, a força para a luta decisiva a fim de eliminar da alma o orgulho e o egoísmo.

Quando isso acontecer, sereis fraternos com a graça de Deus!

Autor: Antônio de Aquino
Do livro: Raios de Luz, vol. 3.

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