A Piedade Filial

A Piedade Filial
A Piedade Filial
“É verdade que certos pais esquecem dos seus deveres (...); no entanto, é a Deus que compete puni-los e não a seus fi lhos; porquanto eles mesmos talvez tenham merecido que seus pais fossem assim.” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XIV, item 3. CELD.)

Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

Ouvimos os comentários de hoje acerca da piedade filial. Isto quer dizer que todo filho deverá ter por seus pais o sentimento de amor, amparo e proteção, nas circunstâncias que se fizerem necessárias e durante o tempo que for possível.

Não raro, encontramos criaturas que heroicamente sustentam as lutas de um lar, não contando com o apoio de pai ou de mãe, os quais se tornam, algumas vezes, em verdadeiras expressões de desarmonia no lar.

Para esses pais deveremos ter a mesma posição de que nos fala o Evangelho, quando eles próprios não nos devolvem o carinho e às vezes até mesmo nos amaldiçoam?

Sim, principalmente para esses deveremos desenvolver o sentimento da pacificação, porque, quando eles agem assim, demonstram que são espíritos inferiores, sofredores e às vezes até maliciosos, mas eles nos deram a vida, a possibilidade de reencarnar.


Pela gratidão, pelo sentimento de gratidão, deveremos fazer tudo o que nos for possível, em forma de pagamento, se assim nos podemos expressar, desta bênção que nos deram.

Ao demais, nós mesmos, com tais pessoas, começamos a tarefa do aprendizado da convivência com os difíceis; começamos a tarefa do perdão; aprendemos já, com pais difíceis, a viver em meio à sociedade hostil.

É bem verdade que, quase sempre, quando entendemos isso, já tenhamos sofrido muito, já tenhamos reclamado muito, já tenhamos dito coisas de que, muitas vezes, até mesmo nos arrependemos.

Não faz mal. A Lei de Deus é tão generosa, que até tapa os ouvidos às nossas palavras infantis ou de reclamação. A Lei, pura e simplesmente, nos faz passar pelas necessidades que temos que passar, porque é assim que nós iremos evoluir.

A Lei de Deus não se precipita afastando-nos de pais difíceis nem afastando-os daqueles que lhes sofrem a companhia. Ela apenas vai oferecendo oportunidades de convivermos com eles, até que, um dia, dominados pelo amor, eles se transformem, ou nós mesmos, determinados a superar as deficiências e dificuldades que arrastamos, nos proponhamos a fazer todo o possível para a convivência de equilíbrio e de paz.

Certamente que alguns alegarão ser tudo isso extremamente difícil, e o é algumas vezes; mas a grande verdade é que é assim que funciona a Lei de Deus e a necessidade de desenvolvermos a gratidão.

Pais difíceis, filhos-problema são grandes dificuldades que só o Espiritismo explica de maneira convincente. Erros do passado, familiares que abandonamos, amores que excluímos, todos eles retornam para vivermos uns com os outros, desenvolvendo o sentimento do amor. Afinal de contas, essa é a Lei e nós, espíritas, estaremos dispostos a superar todas as nossas dificuldades, para trazermos ao coração a mensagem do amor que Jesus nos trouxe.

Façamos todo o esforço possível, com toda essa gama de problemas em casa. Repetindo, serão esses problemas que nos ensinarão as primeiras lições do convívio com o mundo exterior.

Muita paz, meus irmãos!

Balthazar, pela graça infinita de Deus.



Autor: Balthazar
Do livro: Pela Graça Infinita de Deus, vol. 3

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