A Caridade

A Caridade
A Caridade
Em oposição às religiões exclusivas que tomaram como preceito: “Fora da Igreja não há salvação”, como se seu ponto de vista puramente humano pudesse decidir a sorte dos seres na vida futura, Allan Kardec coloca essas palavras no frontispício de suas obras: Fora da Caridade não há salvação. Os espíritos nos ensinam, com efeito, que a caridade é a virtude por excelência; só ela dá a chave dos planos elevados.

“É preciso amar os homens”, repetem após o Cristo, que resumira nessas palavras todos os mandamentos da lei moral.

Mas, objetam, os homens não são muito amáveis. Muita maldade incuba-se neles e a caridade é muito difícil de se praticar com relação a eles.

Se os julgamos dessa forma, não será porque nos agrada considerar unicamente o lado mau dos seus caracteres, seus defeitos, suas paixões, suas fraquezas, esquecendo, com muita frequência, de que nós mesmos não estamos isentos e que, se eles têm necessidade de caridade, teremos menos necessidade de indulgência?

Todavia, o mal não reina sozinho nesse mundo. Há no homem, também, o bem, qualidades, virtudes. Há, sobretudo, sofrimentos. Se queremos ser caridosos e devemos sê-lo, em nosso próprio interesse como no interesse da ordem social, não nos prendamos, nos nossos julgamentos sobre nossos semelhantes, naquilo que pode nos levar à maledicência, à difamação, mas vejamos sobretudo no homem um companheiro de provas, um irmão de armas na luta da vida. Vejamos os males que ele suporta em todas as classes da sociedade. Quem é que não esconde uma chaga no fundo da sua alma? Quem não suporta o peso de desgostos, de amarguras? Se nos colocássemos nesse ponto de vista para considerar o próximo, nossa maledicência transformar-se-ia rapidamente em simpatia.

Servir sem Esmorecimentos

Servir sem Esmorecimentos
Servir sem Esmorecimentos
“O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e de caridade (...). Ele sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita sem se lamentar.” (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 2. ed. Celd, 2003. Cap. 17, item 3.)


Prezados companheiros, que Jesus Cristo traga a sua bênção de paz a todos os que aqui se encontram!

Estimulados pela fé, amparados pelo serviço que já realizam, prossigam, sem temores, pela vida afora. São essas palavras conhecidas, bem o sabemos, mas igualmente estimulantes para todos os que se dedicam a espalhar, por todos os cantos, a semente da Doutrina Espírita e da caridade, também.

As almas dedicadas a tal mister precisam do estímulo para dar continuidade às suas atividades. Nós outros, os espíritos de Deus, estamos aqui, nesta noite, para lhes dizer que todos os da Espiritualidade
se reúnem no Centro, com vocês, para festejar a continuidade do trabalho no bem.

Trabalho e Riqueza

Trabalho e Riqueza
Trabalho e Riqueza
O corpo terrestre é valioso instrumento de formação da verdadeira riqueza.

Mobiliza-o em teu próprio favor, no fecundo campo da vida.

Tens o primoroso equipamento do cérebro.

Aprende a produzir com ele pensamentos que te enobreçam a estrada, conquistando o apreço e a estima dos semelhantes, em teu próprio benefício.

Possuis tesouro dos olhos.

Movimenta-o no serviço e no estudo, provendo o próprio espírito de mais amplos valores, no setor do conhecimento que te aprimore.

Dispões da felicidade dos ouvidos.

Emprega-os na aquisição de ensinamentos edificantes que te possam clarear o futuro.

Contas com a bênção da língua.

Mediunidade Espírita

Mediunidade Espírita
Mediunidade Espírita
A mediunidade espírita é a que se alicerça em Jesus e Allan Kardec. A mediunidade é uma faculdade psíquica que independe de rótulo religioso – encontraremos a sua presença na origem de quase todas as crenças. Os grandes iniciados de todas as religiões eram intérpretes dos espíritos que os inspiravam. Os profetas eram missionários da mediunidade sobre a Terra. Os apóstolos, na festa de Pentecostes, ficaram mediunizados... Os santos reverenciados pela Igreja Católica possuíam o dom de
curar, a clarividência, efeitos físicos: caíam em transe com frequência.

Todavia com Allan Kardec é que a mediunidade se tornou um intercâmbio consciente entre os dois mundos. Estudando os mais diversos dons medianímicos, criando terminologia própria, o codificador devassou o Invisível, tornando natural o diálogo dos vivos com os chamados mortos.

Portanto, não existe mediunidade legitimamente exercida, fora dos padrões da Doutrina Espírita. O médium espírita é o que se submete à orientação doutrinária, colocando-se a serviço da Causa e não de si mesmo. O médium personalista é um médium rebelado contra os princípios que se consubstanciam no “dai de graça o que de graça recebestes”.

Ante a Vida Mental

Ante a Vida Mental
Ante a Vida Mental
Quando a criatura passa a interrogar o porquê do destino e da dor e encontra a luz dos princípios espiritistas a clarear-lhe os vastos corredores do santuário interno, deve consagrar-se à apreciação do pensamento, quanto lhe seja possível, a fim de iniciar-se na decifração dos segredos que, para nós todos, ainda velam o fulcro mental.

Se as incógnitas do corpo fazem no mundo a paixão da ciência, que designa exércitos numerosos de hábeis servidores para a solução dos problemas de saúde e genética, reconforto e eugenia, além-túmulo a grandeza na mente desafia-nos todos os potenciais de inteligência, no trato metódico dos assuntos que lhe dizem respeito.

A psicologia e a psiquiatria, entre os homens da atualidade, conhecem tanto do espírito, quanto um botânico, restrito ao movimento em acanhado círculo de observação do solo, que tentasse julgar um continente vasto e inexplorado, por alguns talos de erva, crescidos ao alcance de suas mãos.

Libertos do veículo de carne, quando temos a felicidade de sobre pairar além das atrações de natureza inferior, que, por vezes, no imantam à crosta da Terra, indefinidamente, compreendemos que o poder mental reside na base de todos os fenômenos e circunstâncias de nossas experiências isoladas ou coletivas.

Orgulho, Riqueza e Pobreza

Orgulho, Riqueza e Pobreza
Orgulho, Riqueza e Pobreza
Se Jesus prometeu a entrada dos reinos celestes aos humildes e aos pequenos, é que a riqueza e o poder engendram muito frequentemente o orgulho, enquanto que uma vida laboriosa e obscura é o elemento mais seguro do progresso moral. No cumprimento de sua tarefa cotidiana, as tentações, os desejos, os apetites malsãos assediam menos o trabalhador; ele pode abandonar-se à meditação, desenvolver sua consciência; o homem mundano, ao contrário, é absorvido pelas ocupações frívolas, pela especulação ou pelo prazer.

A riqueza nos liga à Terra através de vínculos tão numerosos e tão íntimos, que a morte consegue raramente rompê-los, libertando-nos.

Daí, as angústias do rico na vida futura. É, entretanto, fácil compreender que, na realidade, nada é nosso, nesse mundo. Esses bens, aos quais atribuímos tanto valor, pertencem-nos apenas na aparência. Centenas de outros depois de nós embalar-se-ão nas mesmas ilusões, e todos abandoná-los-ão cedo ou tarde. Nosso próprio corpo é um empréstimo da Natureza, e ela sabe bem no-lo retomar, quando lhe convém. Nossas únicas aquisições duráveis são de ordem intelectual e moral.

Da paixão pelos bens materiais nascem, muitas vezes, a inveja e o ciúme. Quem traz em si esses vícios pode dizer adeus a qualquer repouso, a qualquer paz. Sua vida torna-se um tormento perpétuo.

Serve e encontrarás

Serve e encontrarás
Serve e encontrarás
Examina a natureza que te cerca no mundo.

Tudo é riqueza e esforço laborioso por assegurá-la.

O solo ferido pelo arado é berço prodigioso da produção.

A árvore, mil vezes dilacerada, orgulha-se de sofrer e ajudar mais.

A fonte, superando os montões de seixos, pouco a pouco, alcança o grande rio, a caminho do mar.

Algumas sementes formam a base preciosa da floresta.

Pedras agressivas se convertem em obras-primas da estatuária, quando não vertem do solo, a faiscante beleza do material de ourivesaria.

Animais humildes, padecendo e ajudando, garantem o conforto das criaturas contra a intempérie ou alimentando-lhes o corpo, sustentando-lhes a existência.

A pobreza é simples apanágio do homem – do homem enquanto se refugia, desassisado, na furna da ignorância.

Aptidão e Experiência

Aptidão e Experiência
Aptidão e Experiência
Queres ouvir os desencarnados, de maneira correta.

Aspiras a enxergar nos reinos do espírito, sem nenhuma ilusão.

Pretendes cultivar o intercâmbio medianímico, sem leve tisna de engano.

Estendes os braços e esperas por sublimes demonstrações.

Contudo, entre aptidão e experiência há sempre distância igual àquela que existe entre projeto e realidade.

Aptidão é planejamento.

Experiência é dedicação.

A aptidão aponta o professor.

A experiência faz o ensino.

A aptidão indica o tarefeiro.

A experiência cria a obra.

A aptidão sugere.

A experiência edifica.

Libertação Espiritual

Libertação Espiritual
Libertação Espiritual
A solução ao problema da libertação espiritual, considerado originariamente, é questão de foro íntimo, qual acontece ao homem na vida comum.

Uma criatura poderá ter nascido em lastimáveis condições de penúria e acordar para as responsabilidades de reencarnação em ambiente vicioso, seja na família consanguínea ou na esfera de relações sociais em que foi levada a conviver, atravessando, por isso, largo trecho da existência em perigoso arrastamento ao mal; entretanto, se determina a si mesma o dever de elevar-se, acendendo no raciocínio a lâmpada do estudo e abraçando a trilha correta do trabalho, a breve tempo começa a receber o amparo daqueles a quem se faz útil, conquistando mais alto nível, do qual consegue estender braços fraternos, em socorro dos irmãos que ficaram na retaguarda.

Ocorre o mesmo nos domínios do espírito.

Determinada pessoa pode encontrar-se, às súbitas, debaixo da influência de entidades perturbadoras, seja pelas haver atraído com pensamentos infelizes ou porque sejam elas aqueles companheiros que lhe constituem a equipe de sócios das existências passadas; consequentemente, é capaz de sofrer induções à delinquência, em atormentados processos obsessivos, mas, se delibera emancipar-se, procurando a luz do conhecimento e situando o caminho no serviço aos semelhantes, passa a recolher, de imediato, o concurso daquele a quem auxilia, alcançando mais alto nível, do qual pode enviar apoio amigo àqueles mesmos Espíritos que se lhe erigiam à condição de perseguidores.

Justiça, solidariedade, responsabilidade

Justiça, solidariedade, responsabilidade
Justiça, solidariedade, responsabilidade
Tudo se encadeia e se liga no Universo, tanto no moral como no físico, dizem-nos os espíritos. Na ordem dos fatos, do mais simples ao mais complexo, tudo é regulado por uma lei; cada efeito se refere a uma causa, e cada causa engendra um efeito idêntico a ela própria. Daí, no domínio moral, o princípio de justiça, a sanção do bem e do mal, a lei distributiva que dá a cada um segundo suas obras. Como as nuvens formadas pela vaporização solar recaem fatalmente como chuva sobre o solo, assim também, as consequências dos atos efetuados recaem sobre seus autores. Cada um desses atos, cada uma das volições do nosso pensamento, segundo a força de impulsão que lhe foi impressa, efetua sua evolução para retornar com seus efeitos, bons ou maus, em direção à fonte que os produziu.

Assim, as penas e recompensas se repartem sobre os indivíduos pelo jogo natural das coisas. O mal como o bem, tudo volta ao seu ponto de partida. Há faltas que produzem seus efeitos no próprio curso da existência terrena. Há outras, mais graves, cujas consequências se fazem sentir somente na vida espiritual e, às vezes, mesmo nas encarnações ulteriores.

A pena de talião nada tem de absoluta. Não é menos verdade que as paixões e as más ações do homem trazem resultados sempre idênticos, aos quais não se poderia subtrair. O orgulhoso prepara para si um futuro de humilhação; o egoísta cria em torno de si o vazio e a indiferença e duras privações aguardam os sensuais. Aí está a punição inevitável, o remédio eficaz que curará o mal na sua causa, sem que nenhum ser tenha que se constituir em carrasco de seus semelhantes.

Priorizemos os valores do espírito imortal

Priorizemos os valores do espírito imortal
Priorizemos os valores do espírito imortal
“O apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação.” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XVI, item 7. CELD.)


Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

As reflexões da noite nos fazem concluir acerca da necessidade de priorizarmos atividades, atitudes, pensamentos e não nos deixarmos envolver por aquelas coisas que realmente em nada nos ajudarão o progresso.

Cada vez que trabalharmos no bem, lembremo-nos de que estamos sendo convocados pela Lei de Deus, que nos aponta o caminho do progresso, mas também estamos sendo convocados pela própria necessidade de progredir.

Lutaremos contra forças do mundo para buscarmos as forças de Deus, na medida em que fizermos das forças do mundo objeto da nossa preocupação e atenção.

Quando formos entendendo que somos espíritos imortais e que nossa caminhada para Deus é inexorável, priorizaremos as atitudes do espírito imortal e deixaremos para segundo plano, embora não as esqueçamos, as atitudes e atividades propriamente ditas terrenas, materiais.

Os Fluidos e o Magnetismo

Os Fluidos e o Magnetismo
Os Fluidos e o Magnetismo
A ciência do magnetismo coloca o homem na posse de maravilhosos recursos. A ação dos fluidos sobre o corpo humano é imensa; suas propriedades são múltiplas, variadas. Numerosos fatos têm provado que, com sua ajuda, pode-se aliviar os sofrimentos mais cruéis. Os grandes missionários não curavam pela imposição das mãos? Aí está todo o segredo dos seus pretensos milagres. Os fluidos, obedecendo a uma vontade poderosa, a um desejo ardente de fazer o bem, penetram em todos os organismos débeis e restituem, gradualmente, o vigor nos fracos, a saúde nos enfermos.

Pode-se objetar que uma legião de charlatães abusa, para explorá-lo, da credulidade e da ignorância do público, gabando-se de um poder magnético imaginário. Esses fatos entristecedores são a consequência inevitável do estado de inferioridade moral da Humanidade. Uma coisa nos consola: a certeza de que não há homem animado de uma simpatia profunda pelos deserdados, de um verdadeiro amor por aqueles que sofrem, que não possa aliviar seus semelhantes através de uma prática sincera e esclarecida do magnetismo.



Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte

Ante as Inquietações

Ante as Inquuietações
Ante as Inquuietações
Os espíritos imperfeitos são os instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância dos homens no bem. (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, questão 466.)

A vontade, a confiança, o otimismo são forças preservativas, proteções que, em nós, se opõem a toda causa de distúrbio, de perturbação, interior e exterior. (Léon Denis. O Problema do Ser e do Destino, cap. 20.)


Nos encontros espíritas, os médiuns, de um modo geral, são assediados por forças as mais contraditórias que se possam imaginar.

Existem médiuns que, por força da mediunidade de incorporação, registram presenças importunas; outros, sem terem mediunidade de incorporação, mas tendo extrema sensibilidade, registram as inquietações próprias decorrentes da convivência com o trabalho, e ainda em função do acúmulo de pensamentos em torno do assunto. Existem outros médiuns que percebem como que um estado de ansiedade capaz de provocar um clima de aparente insatisfação.

Todas essas forças são, em realidade, acionadas pelo trabalho em si. Não estão dirigidas contra ninguém particularmente. Quase sempre, apenas refletem o estado geral das criaturas, e elas, com isso, fazem um enorme projeto de ansiedade futura, prevendo situações difíceis, prevendo inquietações, prevendo problemas, enfim.

As vidas sucessivas. Reencarnação

As vidas sucessivas. Reencarnação
As vidas sucessivas. Reencarnação
(...) Algumas existências extinguem-se em poucos anos, em poucos dias; outras duram quase um século. E, ainda, de onde vêm os jovens prodígios: músicos, pintores, poetas, todos aqueles que, desde tenra idade, mostram disposições extraordinárias para as artes ou para as ciências, enquanto que tantos outros permanecem medíocres a vida inteira, apesar de um ardoroso trabalho? Da mesma forma, os instintos precoces, os sentimentos inatos de dignidade ou de baixeza, contrastando, às vezes, tão estranhamente, com o meio em que se manifestam?

Se a vida individual começa apenas com o nascimento terrestre, se nada existe anteriormente para cada um de nós, em vão procuraremos explicar estas diversidades dolorosas, estas anomalias assustadoras e, mais ainda, conciliá-las com a existência de um Poder sábio, previdente, equitativo. Todas as religiões, todos os sistemas filosóficos contemporâneos vieram defrontar-se com este problema. Nenhum deles pôde resolvê-lo. Considerado sob o ponto de vista deles, que é o da unidade da existência para cada ser humano, o destino fica incompreensível, o plano do Universo se obscurece, a evolução estanca, o sofrimento se torna inexplicável. O homem, levado a crer na ação de forças cegas e fatais, na ausência de qualquer justiça distributiva, escorrega, insensivelmente, para o ateísmo e o pessimismo.

Ante o Reino dos Céus

Ante o Reino dos Céus
Ante o Reino dos Céus
Indubitavelmente, a palavra do Mestre, no comentário sobre a dificuldade dos ricos ante o Reino dos Céus, exprime incontestável realidade, porquanto a posse exagerada de bens terrestres é quase sempre a crucificação da alma em pesados madeiros de ouro.

Enquanto a pobreza de recursos materiais vive independente para a amizade e para a fé, para a confiança e para a compreensão, os detentores da fortuna amoedada vivem quase sempre prisioneiros da suspeita e da desilusão, nos tormentos da defensiva...

Mas, existem outros ricos do mundo com infinitos obstáculos no acesso ao paraíso da alegria e da paz.

Vejamos, por exemplo:

os ricos de exigências;

os ricos da cólera a se desvairarem nos conflitos das trevas;

os ricos de melindres pessoais que nunca conseguem elementos de tolerância, necessários à superação das próprias fraquezas;

Essas outras mediunidades

Essas outras mediunidades
Essas outras mediunidades
Na expansão dos recursos medianímicos que te enriquecem a experiência, sob as diretrizes dos Benfeitores desencarnados, não te despreocupes das faculdades edificantes, suscetíveis de te vincularem à elevação e à melhoria dos companheiros na Terra.

Pronuncias a palavra preciosa que os Emissários da Cultura e da Inteligência te levam à boca, impressionando auditórios atentos. Mas não negues o verbo da tolerância aos que te reclamam indulgência e carinho dentro de casa.

Doutrinas eficientemente os espíritos transviados nas sombras da viciação e do crime, transmitindo conselhos e avisos da Esfera Superior.

Não recuses, porém, a conversação amorosa e paciente aos familiares ainda confinados à ignorância e à perturbação. Escreves a frase escorreita, para entendimento do público, sob a influência de Instrutores domiciliados no Plano Maior. 

Grava, entretanto, no próprio caminho, a sinalização do bom exemplo, induzindo os semelhantes a que nobilitem a própria existência.

Contemplas quadros prodigiosos, através da clarividência, caindo em êxtase ante as alegrias sublimes que observas, por antecipação, na Glória Espiritual. Não olvides, contudo, fitar as chagas dos que padecem, estendendo até eles migalha do teu conforto, por Mensagem de Auxílio.

Sintonia

Sintonia
Sintonia
As bases de todos os serviços de intercâmbio, entre os desencarnados e encarnados, repousam na mente, não obstantes as possibilidades de fenômenos naturais, no campo da matéria densa, levados a efeito por entidades menos evoluídas ou extremamente consagradas à caridade sacrificial.

De qualquer modo, porém, é no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão de espírito a espírito.

Daí procede a necessidade de renovação idealística, de estudo, de bondade operante e de fé ativa, se pretendemos conservar o contato com os Espíritos da Grande Luz.

Simbolizemos nossa mente como sendo uma pedra inicialmente burilada. Tanto quanto a do animal, pode demorar-se, por muitos séculos, na ociosidade ou na sombra, sob a crosta dificilmente permeável de hábitos nocivos ou de impulsos degradantes, mas se a expomos ao sol da experiência, aceitando os atritos, as lições, os dilaceramentos e as dificuldades do caminho por golpes abençoados do buril da vida, esforçando-nos por aperfeiçoar o conhecimento e melhorar o coração, tanto quanto a pedra burilada reflete a luz, certamente nos habilitamos a receber a influência dos grandes gênios da sabedoria e do amor, gloriosos expoentes da imortalidade vitoriosa, convertendo-nos em valiosos instrumentos da obra assistencial do Céu, em favor do reerguimento de nossos irmãos menos favorecidos e para a elevação de nós mesmos às regiões mais altas.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...