Morte e atavios |
(...) A morte é a libertadora do Espírito, após este haver concluído a etapa a que se entregou, com o objetivo de crescer e iluminar-se.
Deve ser divulgada como bênção, já que o fardo carnal constitui experiência evolutiva, que um dia cessa.
Abordada com naturalidade, da mesma forma como são esperados os que irão nascer, o júbilo deve substituir o pesar, a esperança deve superar a angústia da saudade, porque o desencarnado prosseguirá vivendo, reencontrará os que o anteciparam na grande viagem de volta e trabalharão em favor dos que permanecerão estagiando no mundo.
Informado de que os fenômenos biológicos são necessários transitoriamente, o indivíduo se equipa de recursos eternos que sempre conduz no coração e na mente, como alguém que se preparasse, tendo em vista uma larga existência, tomando cuidados com a saúde e com os investimentos, a fim de encontrar-se feliz, quando chegar a velhice, o cansaço...
Toda a existência física tem por meta preparar o Espírito para a despedida dos despojos, o que acontecerá irrecusavelmente, quando menos se espere.
A essa tranquilidade se somará a esperança de que a tarefa ora interrompida poderá ser continuada mais tarde, quando do futuro retorno ao proscênio terrestre, mediante a dádiva da reencarnação.