Compreendamos

Compreendamos
Compreendamos
“Sacrifícios e ofertas, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram.” – Paulo. (Hebreus, 10:8).


O mundo antigo não compreendia as relações com o Altíssimo, senão através de suntuosas oferendas e pesados holocaustos.

Certos povos primitivos atingiram requintada extravagância religiosa, conduzindo sangue humano aos altares.

Tais manifestações infelizes vão-se atenuando no cadinho dos séculos, no entanto, ainda hoje se verificam lastimáveis pruridos de excentricidade, nos votos dessa natureza.

O Cristianismo operou completa renovação no entendimento das verdades divinas; contudo, ainda em suas fileiras costumam surgir absurdas promessas, que apenas favorecem a intromissão da ignorância e do vício.

Eles Sabem

Eles Sabem
Eles Sabem
Quando à frente do companheiro que sofre, determinando a verdadeira superioridade moral, te imagines no lugar dele, a fim de que a tua palavra lhe sirva de refrigério e lição.

Excetuando as criaturas deliberadamente enfurnadas na ignorância ou bestializadas no crime, que reclamam a compaixão da Providência Divina, ninguém se aprisiona em armadilhas do erro, agindo de própria vontade.

Aqui alguém abraçou a delinquência, admitindo que afeto seja capricho.

Ali, há quem padeça escárnio na praça pública, por haver acreditado cegamente naqueles que lhe zombaram da confiança.

*

Perante os que lutam e choram nas consequências das próprias quedas, sejam encarnados ou desencarnados, arma-te de humildade e entendimento, se aspiras a auxiliar.

Convence-te, sobretudo, de que o necessitado é o primeiro a conhecer-te.

A Doutrina Secreta. As Religiões

A Doutrina Secreta. As Religiões
A Doutrina Secreta. As Religiões
A religião é necessária e indestrutível, pois ela haure sua razão de ser na própria natureza do ser humano, da qual resume e exprime as aspirações elevadas. Ela é, também, a expressão das leis eternas, e, nesse ponto de vista, deve se confundir com a Filosofia, que faz passar do domínio da teoria ao da execução, e torna-se viva e operante.

Mas, para exercer uma influência salutar, para voltar a ser um móvel de elevação e de progresso, a religião deve despojar-se dos disfarces de que se revestiu através dos séculos. O que deve desaparecer, não é o seu princípio, são, com os mitos obscuros, as formas exteriores e materiais. É preciso ter o cuidado de não confundir coisas tão dissemelhantes.

A verdadeira religião não é uma manifestação exterior, é um sentimento, e é no coração humano que está o verdadeiro templo do Eterno. A verdadeira religião não poderia ser limitada a regras, nem ritos acanhados. Não tem necessidade nem de fórmulas nem de imagens; ela pouco se importa com os simulacros e formas de adoração, e só julga os dogmas pela sua influência sobre o aperfeiçoamento das sociedades. A verdadeira religião abrange todos os cultos, todos os sacerdócios, eleva-se acima deles e lhes diz: A verdade é mais alta!

A Árvore Útil

A Árvore Útil
A Árvore Útil
Vão e voltam viajores. Sucedem-se os dias ininterruptos.

A árvore útil permanece, à margem do caminho, atendendo, generosamente, aos que passam.

Mergulhando as raízes na terra, protege a fonte próxima, alentando os seres inferiores, que se arrastam no solo. Recolhendo o orvalho celeste, na fronde alta, atende aos pássaros felizes que cortam os céus.

Costuma descansar em seus braços a serpente venenosa.

Na folhagem, as aves pacíficas tecem o ninho. A andorinha errante e exausta ganha força nova em seus galhos, enquanto o filhote mirrado ensaia o primeiro voo.

O viandante repousa à sua sombra.

O botânico submete-a a estudos demorados e experiências laboriosas.

A agricultura apossa-se-lhe das sementes.

Pede o doente a substância medicamentosa. O faminto exige- lhe frutos.

Os jovens arrebatam-lhe as flores.

O podador reclama-lhe o fogo de inverno.

Leis da Comunicação Espírita

Leis da Comunicação
Leis da Comunicação
Nas comunicações espíritas, a dificuldade consiste, portanto, em harmonizar vibrações e pensamentos diferentes.

É na combinação das forças psíquicas e dos pensamentos entre o médium e os experimentadores, de um lado; entre estes e os espíritos, de outro, que está toda a lei das manifestações.

As condições são favoráveis quando o médium e os assistentes constituem um grupo harmônico, isto é, quando pensam e vibram em uníssono. Quando os pensamentos emitidos, quando as forças irradiadas divergem, ao contrário, elas se entravam, se anulam reciprocamente.

O médium, no meio dessas correntes contrárias, experimenta um constrangimento, um mal-estar indefinível; às vezes, até, ele é, como que paralisado, anulado. Será necessária uma poderosa intervenção oculta para produzir o menor fenômeno.

Prece e Sentimento

Prece e Sentimento
Prece e Sentimento
“Tende a certeza de que um só desses pensamentos, saído do coração, é mais ouvido pelo vosso Pai Celestial que as longas preces ditas por hábito(...)” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XXVII, item 22. CELD.)

Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

Falando da prece, do apelo que dirigimos a Deus, recordemos que esse apelo será tanto mais forte quanto a nossa intenção, e alcançará resultados tanto mais forem justas as solicitações que fizermos.

Conversando com Deus pela prece, normalmente, solicitamos algumas coisas que podem parecer infantis a uns,

desarmônicas a outros, sem razão de ser para outros ainda. Entretanto, só o coração de quem ora é capaz de avaliar o sentimento da sua oração.

Há criaturas que aparentemente solicitam coisas simples, materializadas mesmo, mas que trazem um coração puro, um valor intrínseco em suas palavras e em seu sentimento, e também, quantas vezes, trazem nas suas preces um apelo para que suas necessidades sejam supridas.

Utilidade dos Estudos Psicológicos

Utilidade dos Estudos Psicológicos
Utilidade dos Estudos Psicológicos
O papel do Espiritismo é grande e suas consequências morais são incalculáveis. Ele data apenas de ontem; e, entretanto, quantos tesouros de consolação e de esperança já não espalhou no mundo! Quantos corações entristecidos, frios, não aqueceu, reconfortou! Quantos desesperados detidos à beira do suicídio! Seu ensino, bem compreendido, pode acalmar as aflições mais vivas, dar a todos a força da alma, a coragem na adversidade!

O Espiritismo é, pois, ao mesmo tempo que uma síntese potente das leis físicas e morais do Universo,
um meio de regeneração e de adiantamento; infelizmente, pouquíssimos homens interessam-se ainda
pelo seu estudo. A vida da maioria é uma carreira frenética para os bens ilusórios. Apressemo-nos, tememos perder nosso tempo com coisas que consideramos supérfluas; e perdêmo-lo, realmente, prendendo-nos ao que é efêmero. Na sua cegueira, o homem desdenha o que o faria tão feliz quanto se pode ser nesse mundo, quer dizer, fazer o bem e criar em torno de si uma atmosfera de paz, de calma e de serenidade moral.



Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte

O Valor da Fé

O Valor da Fé
O Valor da Fé
“Entre algumas pessoas a fé, de alguma forma, parece inata; uma centelha é suficiente para desenvolvê-la. Essa facilidade... é um sinal evidente de progresso anterior (...)” (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 2. ed. Celd, 2003. Cap. 19, item 7.)


O homem precisa acionar os mecanismos da fé que existentem em seu coração, para enfrentar as vicissitudes, os problemas de trabalho que o envolvem constantemente. Dia após dia, com dificuldades crescentes, vê-se ele a braços com problemas aparentemente insolúveis, que somente com uma poderosa fé conseguirá vencer, ultrapassando-os.

Falar de fé é comum a todos; mas mostrar o seu valor diante das lutas diárias é algo que deve ser feito cuidadosamente, para que as criaturas não se sintam ou diminuídas, nas suas dores, ou comparativamente superiores àqueles que falam. Isso porque a fé é o resultado de um crescimento interior, e aquele que fala deverá estar intimamente convencido de que está experimentado e tem vivência, muita vivência em torno do assunto.

É por isso que o homem deve procurar, sempre e sempre, movimentar seus melhores e maiores recursos, para que consiga superar as lutas, com a certeza de que Deus o ampara, o fortalece e o sustenta.

Examina teu desejo

Examina teu desejo
Examina teu desejo
Mediunidade é instrumento vibrátil, e cada criatura consciente pode sintonizá-la com o objetivo que
procura.

Médium, por essa razão, não será somente aquele que se desgasta no intercâmbio entre os vivos da Terra e os vivos da Espiritualidade.

Cada pessoa é instrumento vivo dessa ou daquela realização, segundo o tipo de luta a que se subordina.

“Acharás o que buscas” – ensina o Evangelho, e podemos acrescentar – “farás o que desejas”.

Assim sendo, se te relegas à maledicência, em breve te constituirás em veículo dos gênios infelizes que se dedicam à injúria e à crueldade.

Se te deténs na caça ao prazer dos sentidos, cedo te converterás no intérprete das inteligências magnetizadas pelos vícios de variada expressão.

Se te confias à pretensa superioridade, sob a embriaguez dos valores intelectuais mal aplicados, em pouco tempo te farás canal de insensatez e loucura.

Entre Deus e o próximo

Entre Deus e o próximo
Entre Deus e o próximo
Para todos nós, que ensinamos para aprender e aprendemos para ensinar lições de conduta evangélica, nos grupos de oração, impõe-se um problema que precisamos facear corajosamente – o problema de viver na prática as teorias salvacionistas ou regeneradoras que abraçamos.

No círculo da prece, recolhemos a orientação, e fora dela somos intimados à tradução. Pensamentos elevados e feitos que lhes correspondam. Boas palavras e boas obras. Permanecer em casa nas mesmas diretrizes com que nos conduzimos no Templo da Fé.

Muitas vezes supomos seja isso muito difícil e acreditamos poder assumir duas atitudes distintas; aquela com que comparecemos corretamente perante Deus, através da oração, e aquela outra em que quase sempre pautamos os próprios atos pela invigilância, no trato com os irmãos da Humanidade. Urge, porém, reconhecer que Deus está em toda parte, e, em toda parte, é forçoso comportar-nos como quem se sabe na presença Divina.

Tanto se encontra o Criador com a criatura na oração quanto na ação.

Educação e papel dos médiuns

Educação e papel dos médiuns
Educação e papel dos médiuns
Em cada ser humano existem rudimentos de mediunidade, faculdades em gérmen que podem se desenvolver pelo exercício. Para o maior número, um longo e perseverante trabalho é necessário. Em alguns, essas faculdades aparecem desde a infância, e atingem sem esforços, com os anos, um elevado grau de perfeição. Nesse caso, elas são o resultado das aquisições anteriores; o fruto dos trabalhos efetuados sobre a Terra ou no Espaço, fruto que trazemos ao renascer.

Entre os sensitivos, muitos têm a intuição de um mundo superior, extraterrestre, onde existem, como de reserva, poderes que lhes são possíveis adquirir através de uma comunhão íntima, através das aspirações elevadas, para manifestá-los, em seguida, sob formas diversas, apropriadas à sua natureza:
adivinhação, ensinamentos, ação curativa, etc.

É tomada nesse sentido que a mediunidade se torna uma faculdade preciosa, pela qual grandes auxílios podem ser espalhados, grandes obras realizadas.

Mantenhamos a fé

Mantenhamos a fé
Mantenhamos a fé
“A fé segura proporciona a perseverança, a energia e os recursos que permitem vencer os obstáculos, tanto nas pequenas coisas como nas grandes.” (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 2.ed. CELD. Cap. XIX, item 2.)


Prezados irmãos, lembrando o teor da mensagem de hoje, dizemos ser necessário manter a fé, a certeza absoluta de que será pelo trabalho no bem que conseguiremos vencer as dificuldades que a vida apresenta para todos os homens ligados à Terra.

A fé permitirá que o homem trabalhe mais e melhor.

A fé permitirá que o homem enfrente as dificuldades da vida com segurança e equilíbrio.

A fé permitirá que a doença seja recebida como a companheira educadora e não como a manifestação do desagrado de Deus ou de decomposição orgânica.

A fé faz com que o homem seja capaz de enfrentar as lutas da vida com o mesmo ânimo e com a mesma disposição, sempre.

Nos lares cujo interior possua alguém com fé, ainda que haja lutas íntimas com filhos, com os pais, entre esposos, entre irmãos, haverá também a vitória do equilíbrio e da serenidade. Os lares balançados que abriguem em sua intimidade alguém com fé verão também ser vitoriosa a posição de pacificação que deve existir em alguém.

O Livro dos Médiuns

O Livro dos Médiuns
O Livro dos Médiuns
Um observador cuidadoso notará, sem dúvida, ao estudar a Codificação Espírita, o perfeito plano da obra, demonstrando, na sua estrutura didática, a excelente realização de Allan Kardec e a completa identificação das mentes espirituais que a planificaram com aquele que a executou.

Considerando-se a grandiosidade do empreendimento, após as elucidações introdutórias indispensáveis, em O Livro dos Espíritos, o mestre lionês iniciou o trabalho estudando Deus na condição de “Causa Primária”, com uma extensão de raciocínios supreendentes, que o levaram a apresentar questões de alta relevância em torno do Criador, da criação, dos elementos constitutivos do
Universo.

Posteriormente, ao elaborar O Livro dos Médiuns, que é um desdobramento de parte daquela obra, o codificador examinou a questão de máxima importância, no capítulo primeiro, interrogando se “há espíritos”, como natural consequência da existência de Deus...

Documentou, o preclaro instrumento das entidades superiores, as diferenças entre médiuns e mediunidades, demonstrando a necessidade da vivência moral para colherse resultados salutares, superiores, confirmando que, sendo os espíritos as “almas dos homens” apenas desvestidas da matéria, o rigor e a seriedade diante das comunicações mediúnicas devem presidir as investigações e os estudos a respeito de tão delicada quão importante questão.

Examinou os riscos da prática mediúnica, quando realizada sem os critérios e cuidados que se impõem, sem o requisito do conhecimento teórico antes do exercício e das pesquisas, bem como advertiu quanto aos problemas do animismo e das interferências perniciosas das entidades viciosas, perturbadoras ou simplesmente vulgares...

Em torno da virtude

Em torno da virtude
Em torno da virtude
Se uma criatura possui enorme fortuna, podendo desmandar-se na prodigalidade ou na avareza, e busca empregá-la no bem-estar e no progresso, na educação e no aprimoramento dos semelhantes...

Se dispõe de autoridade com recursos para manejar a própria influência em seu exclusivo proveito, e procura aplicá-la no auxílio aos outros...

Se sofre acusação indébita com elementos para justiçar-se do modo que considere mais justo, e prefere esquecer a ofensa recebida, reconhecendo-se igualmente passível de errar...

Se já efetuou, em favor de alguém, todos os serviços ao seu alcance, recolhendo invariavelmente a incompreensão por resposta, e prossegue amparando esse alguém, através dos meios que se lhe fazem possíveis, sem exigência e sem queixa...

Essa pessoa ter-se-á colocado, evidentemente, a cavaleiro das piores tentações que lhe assediavam a vida.

Aspectos importantes da vida de Léon Denis

Aspectos importantes da vida de Léon Denis
Aspectos importantes da vida de Léon Denis
Léon Denis era um autodidata. Alguns o censuraram quando deviam felicitá-lo. Sim, Léon Denis formou-se sozinho; é mais um título para nossa admiração.

Mesmo não tendo estudado retórica, seu estilo era muito valioso: de uma facilidade e de uma simplicidade clássicas.

É a vestimenta natural de um pensamento sempre em estado de equilíbrio.

Se seus primeiros livros apresentam uma forma oratória, é que, nessa época, Léon Denis era, principalmente, um conferencista que se entregou à tarefa de propagar a Doutrina pela escrita.

Ele se interessa, de forma imediata, pela participação de seus leitores em sua convicção.

Eis por que a eloquência lhe é tão natural. Ele escreve como fala. O tom, de ordinário familiar, fica impregnado de bom humor, cheio de naturalidade, se eleva, insensivelmente, aos píncaros da linguagem e certos finais de capítulo passariam muito bem como páginas de Bourdaloue.

Sementes

Sementes
Sementes
“Cultivai essa árvore da vida, cujos frutos dão a vida eterna.” (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 18, it. 16, 4o§, CELD.)

Perguntas, muitas vezes, alma irmã: como ajudar em meio a trevas, como ajudar em meio a sofrimentos, como ajudar em meio à dor, como ajudar em meio à tempestade?

Diríamos que o serviço no bem é assim como se fosse uma semente pequenina. Esta semente passa pela mão do lavrador; ele a coloca na terra e ela a trata, ele a faz crescer, ele a faz produzir, mas quando ela produz..., quando ela produz... ah! como as pessoas dela aproveitam!

Ninguém se lembrará, é certo, da pequenina semente, mas todos verão e aproveitarão dos frutos.

Os frutos, como são importantes esses frutos! Tiram a sede, tiram a fome, embelezam os olhos.

Assim o nosso trabalho no bem: ele tem que trazer a tranquilidade para as pessoas que o veem; tem que trazer a água que dessedenta e tem que alimentar, também...

Bons Espíritos

Bons Espíritos
Bons Espíritos
Quando em dificuldades, assinalas, contente, a mão que te oferta auxílio espontâneo.

Se sofres, adquires ânimo novo, perante alguém que te reanima.

Em erro, apresentas-te renovado, diante daquele que te apoia o reajuste, sem recorrer à condenação.

Solitário, encontras a presença do amor no companheiro que te dirige a boa palavra.

Sabes que te enganas muitas vezes, apesar do teu devotamento à verdade, e que, em muitas circunstâncias, pareces abraçar a ingratidão e a agressividade, não obstante o propósito de honrar a justiça, e, por esse motivo, dignificas todos aqueles que te estendam bondade e compreensão.

Respeitas quem te não dá prejuízo.

Admiras quem não te fere as convicções.

Estimas a quem te ajuda sem perguntar.

Abençoas a quem não te cria problemas.

Agradeces a quem te aprecia a nobre intenção.

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