A caridade

A caridade
A caridade
O homem caridoso faz o bem ocultamente; dissimula suas boas ações, enquanto que o vaidoso proclama o pouco que faz. “A mão esquerda deve ignorar o que dá a direita”, disse Jesus. “Aquele que faz o bem com ostentação já recebeu sua recompensa”.

Dar em segredo, ser indiferente aos elogios dos homens, é mostrar uma verdadeira elevação de caráter, é se colocar acima dos julgamentos de um mundo passageiro e procurar a justificação de seus atos na vida que não termina.

Nessas condições, a ingratidão, a injustiça não podem atingir o homem caridoso. Ele faz o bem porque é seu dever e sem esperar nenhuma vantagem, nenhuma recompensa; deixa à lei eterna o cuidado de fazer gotejar as consequências de seus atos, ou melhor, nem pensa nisso. É generoso. Para estimular os outros, sabe privar-se a si mesmo, ciente de que não há nenhum mérito em dar seu supérfluo. É por isso que o óbulo do pobre, a moeda da viúva, o pedaço de pão repartido com o companheiro de infortúnio, têm mais valor do que a generosidade do rico. O pobre, na sua penúria, pode ainda socorrer o mais pobre que ele.


Há mil maneiras de se tornar útil, de vir em socorro de seus irmãos. O ouro não tarifa todas as lágrimas e não pensa todas as feridas. Há males para os quais uma amizade sincera, uma ardente simpatia, uma efusão da alma farão mais do que as riquezas.



Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte

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