Perseverança em Servir

Perseverança em Servir
Perseverança em Servir
Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem!

Meus irmãos, gostaria de lembrar-lhes o dever que a solidariedade fraterna impõe a todos os trabalhadores da casa espírita cristã. Recordemos, de passagem, que o espírita é verdadeiro cristão. Um e outro representam os paradigmas da caridade, do amor ao próximo.

Qual seria a medida que a espiritualidade aplicaria a um médium de uma instituição: medida de trabalho, de dever? É justamente a noção do amor ao próximo. O amor ao próximo é a grande medida que aplicamos para descortinar a capacidade de serviço de alguém. Renteando com esta noção, acrescentaríamos o sentido de cumprimento do dever, pois que o homem pode amar, mas ser parco na distribuição do auxílio, do trabalho, do bem. O cumprimento do dever, então, é um segundo item, que deve ser levado em conta por todos vocês. Finalmente, acrescentaríamos o espírito de renúncia, no seu amplo sentido; particularmente, de renúncia aos seus interesses pessoais, de modo que no amor, no dever, houvesse também a renúncia.(...)


O grande feito do homem desta Casa e de todas as casas espíritas será no dia em que ele, por amor a Cristo, vencer suas barreiras internas e permanecer em serviço. Aí, irmãos, reside o resultado dessas três figuras morais. O homem, se for capaz de lutar para que este bem cresça, se instale em todos aqueles que com ele convivem, sendo mesmo capaz de se ferir, para que haja o bem-estar espiritual do semelhante, será vitorioso.

Terminada a tertúlia, despedimo-nos de todos com um até breve, lembrando que muitos terão a necessidade de se afastar, não somente de uma casa, ou desta Casa, mas, principalmente, do serviço. E este afastamento será conduzido pelo espírito da inferioridade que reside em torno de nós e se chama preconceito contra criaturas, contra ideias, contra realizações. Não são más as pessoas que agem dessa forma; apenas são preconceituosas contra fatos, contra evidências.

Igualmente, há um outro inimigo que vige no coração de muitos de nós e voeja em torno de muitos ou de todos: é a crítica ferina, destruidora das bases da homogeneidade do serviço, para que prevaleça a ideia própria, o trabalho pessoal. Muitos confundem tal atitude com inteligência ou finura de pensamento, ou dizem que são atilados, quando, na realidade, são apenas críticos, sem colocarem nada no lugar das imagens que destroem.

Finalmente, existe uma terceira força, realmente capaz de derrubar qualquer construção da fé: é a força da descrença. Esta, sim, pertinaz em suas atitudes e atuante, porque age de modo sub-reptício, pois que seus portadores são, não obstante a camada cultural, evangélica e doutrinária que possuem, intransigentes defensores da descrença em Deus, nos espíritos, no homem e no trabalho do homem também. Ah! irmãos, descrença é verme destruidor, realmente. Descrença nas possibilidades do próximo; descrença no amor que as criaturas já possuem; descrença na esperança que conduz corações à procura de um porto seguro; descrença em todos, em tudo.(...)

Amados irmãos, se o convite que nós deixamos para vocês esta noite é o de perseverar, deixamos também o convite para a vigilância e o convite para o sentido de atenção com suas realizações ou com a ausência de realizações. E encerrando nosso intercâmbio com todos, lhes diremos que, num próximo momento, aqui estaremos, convocando irmãos para a realidade de um trabalho que há de crescer, que há de se solidificar e há de produzir a sombra acolhedora para todos os que chegam aqui: o trabalho da autoevangelização, que lhes dará não a capa efêmera de uma cultura ou atitude evangélica, mas sim a segurança da construção da fé operante, da fé que há de ser a de paz também.(...)

Sim, o trabalho aí está, o campo está todo por ser cultivado e os homens, sendo chamados para este serviço, deverão responder segundo as suas possibilidades: tênues, formosas, seguras, suas possibilidades, enfim. Que vocês caminhem buscando a paz interior, a certeza do que estão fazendo, a
elevação de propósitos e a fé inabalável nos destinos de cada um! Esta fé nos destinos de luz que estão dados e fadados a todos precisa ser cultivada no recôndito de cada coração do servidor do Cristo na casa espírita.

Que Deus os abençoe e Jesus ilumine seus passos! Confiem em Deus, levantando o ânimo, a cabeça, a disposição, mantendo o espírito de realização em Cristo Jesus!(...)

Que ele, o Cordeiro, ao mesmo tempo que instrutor, fique em nossos corações!

Que o amor de Deus inspire as nossas almas, realmente, para o bem! O irmão,



Autor: Antonio de Aquino
Do livro: Inspirações do Amor Único de Deus, vol. 2.

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