Fenômenos

Fenômenos
Fenômenos
Ateus diversos pedem fenômenos que os constranjam a crer na evidência do Mundo Espiritual; no entanto, é forçoso convir que, se fenômenos ajudam convicções, não alteram disposições.

Nesse sentido, é justo assinalar que o Espírito encarnado sobre a Terra reside transitoriamente num corpo em cuja intimidade se processam transcendentes fenômenos anímicos, que ele, de modo geral, não procura auscultar ou compreender.

Para sustentar-se, tem o coração por bomba vigorosa e infatigável, pulsando cerca de setenta a oitenta vezes por minuto, mas levanta-se e age, à custa desse apoio, sem nada perguntar a si mesmo, quanto a isso.

Para respirar, usa os pulmões, semelhantes a filtros surpreendentes, com trabalho ininterrupto na oxigenação incessante do sangue; contudo, repara as próprias forças, a cada instante, sem ponderar nos prodígios da hematose.

Para pensar, conta com o cérebro, precioso maquinismo articulado por milhões de células, a se definirem por funções específicas; entretanto, efetua as mais complexas associações de ideias, sem qualquer preocupação pelos mecanismos da mente.

Questões Sociais

Questões Sociais
Questões Sociais
As questões sociais preocupam vivamente nossa época. Percebe-se que os progressos da civilização, o crescimento enorme do poder produtivo e da riqueza, o desenvolvimento da instrução não têm podido extinguir o pauperismo, nem curar os males do maior número. Entretanto, os sentimentos generosos e humanitários não foram extintos. No coração das multidões aninham-se instintivas aspirações para a justiça, como o sentimento vago de uma sociedade melhor. Compreende-se, geralmente, que uma repartição mais equitativa dos bens da vida é necessária. Daí, mil teorias, mil sistemas diversos, tendendo a melhorar a situação das classes pobres, a assegurar a cada um, pelo menos, o estritamente necessário.

Mas a aplicação desses sistemas exige da parte de uns, muita paciência e habilidade, da parte de outros um espírito de abnegação que faz, muitas vezes, falta. Ao invés dessa mútua benevolência que, aproximando os homens, lhes permitiria estudar em conjunto e resolver os mais graves problemas, é com violência e a ameaça na boca que o proletário reclama seu lugar no banquete social; é com amargor que o rico confina-se no seu egoísmo e recusa-se a abandonar aos famintos as menores migalhas da sua fortuna. Assim, um fosso se abre, e os mal-entendidos, as cobiças, os ódios acumulam-se dia a dia.



Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte.

Cura e Caridade

Cura e Caridade
Cura e Caridade
Cada vez que nos reportamos aos serviços da cura, é justo pensar nos enfermos, que transcendem o quadro da diagnose comum.

Enxameiam, aflitos, por toda parte, aguardando medicação.

Há os que cambaleiam de fome, a esmolarem doses de alimentação adequada.

Há os que tremem desnudos, requisitando a internação em roupa conveniente.

Há os que caem desalentados, a esperarem pela injeção de bom ânimo.

Há os que arrojaram nos tormentos da culpa, rogando tranquilizantes do esquecimento.

Há os que se conturbam nas trevas da obsessão a pedirem palavras de luz por drágeas de amor.

Há os que choram de saudade nos aposentos do coração, suplicando a bênção do reconforto.

Há os que foram mentalmente mutilados por desenganos terríveis, a suspirarem por recursos de apoio.

E há, ainda, aqueles outros que se envenenaram de egoísmo e frieza, desespero e ignorância, exigindo a terapêutica incessante da desculpa incondicional.

Oportunidade e Nós

Oportunidade e Nós
Oportunidade e Nós
“Procura apresentar-te a Deus aprovado como obreiro que não tem de que se envergonhar...” – PAULO. (II Timóteo, 2:15.)


Não admitas que o bem se processe a distância de esforço paciente que o concretize.

O criador estabelece árvore na semente.

A criatura pode protegê-la e aperfeiçoá-la.

Recebes da Divina Providência o tesouro das horas, o apoio do conhecimento, a possibilidade de agir, o benefício do relacionamento, mas a formação da oportunidade para que te realize nas próprias esperanças depende de ti.

Não há confiança profissional sem o devido certificado de competência.

Não disporás efetivamente da máquina sem conhecer-lhe a engrenagem com a respectiva função.

O Estudo

O Estudo
O Estudo
A maioria dos homens diz amar o estudo e objeta que lhe falta tempo para a isso se dedicar. Entretanto, muitos dentre eles, consagram noites inteiras ao jogo, às conversações ociosas. Replica-se, também, que os livros custam caro e, entretanto, despende-se em prazeres fúteis e de mau gosto mais dinheiro do que seria necessário para se compor uma rica coleção de obras. E, além disso, o estudo da Natureza, o mais eficaz, o mais reconfortante de todos, não custa nada.

A ciência humana é falível e variável. A Natureza, não. Ela não se desmente nunca. Nas horas de incerteza e de desencorajamento, voltemo-nos para ela. Como uma mãe, acolher-nos-á, sorrirá para nós, embalar-nos-á em seu seio. Ela nos falará numa linguagem simples e terna, da qual a verdade surgirá sem-disfarce, sem-afetações; mas essa linguagem pacífica, bem poucos sabem ouvi-la, compreendê-la. O homem traz consigo, no mais íntimo do seu ser, suas paixões, suas agitações internas, cujos ruídos abafam o ensino íntimo da Natureza. Para discernir a revelação imanente no seio das coisas, é preciso impor silêncio às quimeras do mundo, a essas opiniões turbulentas que perturbam nossas sociedades; é preciso recolher-se, fazer a paz em si e em torno de si. Então, todos os ecos da vida pública se calam; a alma volta para si mesma, retoma o sentimento da Natureza, das leis eternas, e comunica-se com a Razão suprema.

Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte.

Sacudir o Pó

Sacudir o Pó
Sacudir o Pó
“E se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó de vossos pés.” – Jesus. (Mateus, 10:14)


Os próprios discípulos materializaram o ensinamento de Jesus, sacudindo a poeira das sandálias, em se retirando desse ou daquele lugar de rebeldia ou impenitência. Todavia, se o símbolo que transparece da lição do Mestre estivesse destinado apenas a gesto mecânico, não teríamos nele senão um conjunto de palavras vazias.

O ensinamento, porém, é mais profundo. Recomenda a extinção do fermento doentio.

Sacudir o pó dos pés é não conservar qualquer mágoa ou qualquer detrito nas bases da vida em face da ignorância e da perversidade que se manifestam no caminho de nossas experiências comuns.

Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem, entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é razoável nos mantenhamos em longas observações e apontamentos, que, ao invés de conduzir-nos a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno de nós.

Caminhemos para Deus

Caminhemos para Deus
Caminhemos para Deus
Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem!

As pessoas, de um modo geral, não valorizam os fenômenos transcendentes que as envolvem todos os dias: a luz do Sol, a prece, a transformação do ser, a renovação das ideias, a possibilidade mediúnica...

Tantas coisas ocorrem junto ao homem, e ele não se dá conta da extensão da bondade de Deus, que cria os seres para que desenvolvamos valores sempre crescentes da sua espiritualização. Se a matéria pode permanecer inerte por milênios, o espírito, ao contrário, está em plena atuação, na direção do mais Alto, sempre.

Assim, não estranhem, os nossos irmãos, a gama de fenômenos interessantes que acontecem todos os dias, sob as formas e denominações as mais variadas: ao dormir, o homem queda-se em sono profundo, seu espírito retira-se do corpo e ele caminha na direção das fontes de luz, de Deus; ao orar, a criatura como que se transporta para o mais alto, buscando a figura de Jesus ou daquele ser a quem mais ama, e ali seu espírito como que se sente em uma outra dimensão, em outro estágio.

Quantas vezes as pessoas, após a prece, sentem-se numa profunda imersão em planos os mais elevados, os mais sublimes, entrando em verdadeiros êxtases diante das coisas que veem ou percebem! Por isso, podemos entender que os fenômenos ditos mediúnicos são a continuação dos fenômenos de espiritualização do homem.

A Lei dos Destinos

A Lei dos Destinos
A Lei dos Destinos
Homem, tu que caminhas neste mundo, confiante nas tuas forças e acreditando-te invulnerável a todo mal, a toda causa de perturbações e de dissabores, para e pensa: temos um destino a cumprir. Nossos pensamentos, palavras e atos têm a repercussão compatível com a força que emitimos ao agir. Caminharás na direção do que fazes e do que pensas.

Os pensamentos gerarão, em torno de ti, ideias, quadros que se materializarão, a pouco e pouco, até que fiques dominado por esses mesmos ideais.

Homens de bem elaboram seu futuro planejando ideias formosas e construtivas.

Homens voltados para o mal, ainda que temporariamente, fazem de seus atos mentais verdadeiras e horrendas paixões que os consomem.

Assim, cuida de tua vida mental:

• Não fales daquilo que ignoras;

• Não digas mal de ninguém;

• Evita confrontos desnecessários, por infantis;

Seguir o Cristo

Seguir o Cristo
Seguir o Cristo
“(...) Que suporte corajosamente as dificuldades que sua fé lhe acarretar...” (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 24, it. 19, CELD.)


Graças a Deus!

Meus irmãos, as tarefas da casa espírita se ampliam na medida em que o trabalhador se apronta para elas.

Servidores, todos vós, é preciso que vos recordeis da mensagem cristã que incentiva, que ilumina e sustenta.

O trabalhador de casa espírita não pode ter desânimo, desajuste, desconfiança. Criatura vinda de Deus precisa refletir a luz de Deus.

Como espíritas todos vós conservam na lembrança a mensagem do Evangelho; os bons espíritas multiplicam esforços para renovar suas ideias, condicionar seus corações à prática do bem, fazendo esforços para no dia a dia tornar-se melhor.

Como homens que seguem a doutrina dos espíritos, que apresenta Jesus como o exemplo máximo para ser seguido, todos precisam, portanto, seguir e conhecer melhor a este Mestre, a este Senhor.

Como seguir a Cristo em meio a tantas dificuldades, em meio a tempestades, em meio às ilusões? (...)

Como seguir a Cristo em meio a tantas solicitações do mundo? Uma única fórmula existe, dada pelo próprio Cristo, que cada um tome a sua cruz, negue a si mesmo e prossiga.

Cuidados

Cuidados
Cuidados
Os preguiçosos de todos os tempos nunca perderam o ensejo de interpretar falsamente as afirmativas evangélicas.

A recomendação de Jesus, referente à inquietude, é daquelas que mais se prestaram aos argumentos dos discutidores ociosos.

Depois de reportar-se o Cristo aos lírios do campo, não foram poucos os que reconheceram a si mesmos na condição de flores, quando não passam, ainda, de plantas espinhosas.

Decididamente, o lírio não fia, nem tece, consoante o ensinamento do Senhor, mas cumpre a vontade de Deus. Não solicita a admiração alheia, floresce no jardim ou na terra inculta, dá seu perfume ao vento que passa, enfeita a alegria ou conforta a tristeza, é útil à doença e à saúde, não se revolta quando fenece o brilho que lhe é próprio ou quando mãos egoístas o separam do berço em que nasceu.

Aceitaria o homem inerte o padrão do lírio, em relação à existência na comunidade?

No Princípio e Agora Também

No Princípio e Agora Também
No Princípio e Agora Também
Não apenas no princípio, mas igualmente nos tempos atuais, a falta de esclarecimento de seus seguidores tem sido o maior entrave à propagação da Doutrina.

Muitos confrades vêem no Espiritismo uma doutrina de “uso” pessoal e querem tocá-la ao seu modo. Consideram-se “donos” de centros espíritas, isolam-se dos demais grupos, criticam o movimento unificador, e se médiuns, não admitem qualquer tipo de “concorrência” em seu campo de trabalho.

Por incrível que pareça, existem muitos espíritas assim... Acreditam saber mais que os Benfeitores Espirituais, sem, não raro conhecer as obras da codificação. “Inventam” fórmulas especiais para transmitir passes, centralizando em si todas as atividades do grupo, e ai de quem ouse discordar de suas opiniões.

Com as nossas observações não desejamos criticar nenhum companheiro de ideal, que às próprias expensas, funda e mantém ativa uma instituição, prestando imensos benefícios à comunidade. Entretanto, em doutrina espírita carecemos sempre de uma visão mais ampla das coisas, a fim de que não nos equivoquemos quanto aos seus objetivos.

Não é porque somos servidores do bem que podemos nos permitir desmandos, para que não corramos o risco de ceifar com a mão o que plantamos com a outra...

Ante o Livre-Arbítrio

Ante o Livre-Arbítrio
Ante o Livre-Arbítrio
Surgem, aqui e ali, aqueles que negam o livre-arbítrio, alegando que a pessoa no mundo é tão independente, quanto o pássaro no alçapão.

E, justificando a assertiva, mencionam a junção compulsória do espírito ao veiculo carnal, os constrangimentos da parentela, as convenções sociais, as preocupações incessantes na preservação da energia corpórea, as imposições do trabalho e a obediência natural aos regulamentos constituídos para a garantia da ordem terrestre, esquecendo-se de que não há escola sem disciplina.

Certamente, todos os patrimônios da civilização foram erigidos pelas criaturas que usaram a própria liberdade na exaltação do bem, no entanto, para fixar as realidades do livre-arbítrio examinemos o reverso do quadro. Reflitamos, ainda que superficialmente, em nossos irmãos menos felizes, para recolher-lhes a dolorosa lição.

Pensemos no desencanto daqueles que amontoaram moedas, por longo tempo, acumulando o suor dos semelhantes, em louvor da própria avareza, e sentem a aproximação da morte, sem migalha de luz que lhes mitigue as aflições nas trevas...

A Lei dos Destinos

A Lei dos Destinos
A Lei dos Destinos
Nossos pensamentos e nossos atos traduzem-se em movimentos vibratórios, e seu foco de emissão, pela repetição frequente desses mesmos atos e pensamentos, transforma-se, pouco a pouco, em um potente gerador, para o bem ou para o mal. Assim, o ser classifica-se a si próprio, pela natureza das energias das quais é o centro irradiador. Mas, enquanto as forças do bem se multiplicam por si mesmas e crescem incessantemente, as forças do mal destroem-se por seus próprios efeitos, pois estes efeitos retornam à causa, ao centro de emissão, traduzindo-se sempre por consequências dolorosas. Assim como todos os seres, o mau está submetido ao impulso evolutivo, por isso, forçosamente, vê crescer sua sensibilidade. As vibrações de seus atos, de seus pensamentos maus, após terem efetuado sua trajetória, voltam, mais cedo ou mais tarde, em direção a ele, oprimindo-o, constrangendo-o à necessidade de se reformar.

Este fenômeno poderia ser explicado cientificamente pela correlação das forças, por esta espécie de sincronismo vibratório que reconduz sempre o efeito à sua causa. Temos uma demonstração disto, neste fato bem conhecido: em tempo de epidemia, de contágio, as pessoas atingidas são, principalmente, aquelas cujas forças vitais se harmonizam com as causas mórbidas em ação, enquanto os indivíduos dotados de vontade firme e isentos de temor, geralmente, ficam imunes.

A Justiça da Lei

A Justiça da Lei
A Justiça da Lei
As almas que um dia esqueceram o caminho do bem, que enveredaram pelo caminho do erro, todas alcançarão a Cristo e a Deus.

Não há, na história da humanidade, nenhum sentimento mais perverso, mais doloroso que o sentimento guerreiro, que destrói, que maltrata, que leva desânimo, que leva fim às sociedades, às cidades, aos homens. Os gênios espirituais que provocam esse sentimento um dia reencarnarão e sofrerão, eles próprios, nos núcleos que destruíram, o resultado de suas ações.

Os espíritos que, encarnados, provocaram morte e dissabor e se aproveitaram da insuficiência de algumas cidades, levando sofrimento e luto, também reencarnarão nessas mesmas cidades ou em outras que passarão por situações semelhantes.

Aqueles que aplaudiram, que disseram alegremente ser a destruição uma necessidade, passarão por situação que comprove a triste atitude que aplaudiram; mas todos os que sofreram e todos os que fizeram sofrer um dia se encontraram ou se encontrarão junto a Jesus, porque este os encaminhará adiante, na direção de Deus.

Perispírito

Perispírito
Perispírito
O perispírito ou corpo espiritual é criação de Deus como todas as outras criações e tem a função específica de servir de elemento intermediário entre dois níveis ou dois planos de evolução: o espírito e o corpo. Quando ele é criado, é criado exatamente para ser o elemento intermediário; não há outra função para ele. A inteligência, (ou espírito) por si mesma, tem uma tal potencialidade que a matéria não consegue perceber, sendo necessário esse elemento intermediário, principalmente a matéria dos mundos menos evoluídos ante a bruteza, a característica de ferocidade que a matéria dá. Essa bruteza, essa inferioridade é incompatível com o nível de um espírito, por mais grosseiro que ele ainda seja. Não esqueça que grosseiro não é o espírito, o espírito, quando inferior, é um ser ainda não lapidado, mas a sua essência é pura; entendam bem: a essência do espírito é pura. O espírito, quando não lapidado, é um ser que vocês podem chamar de grosseiro no sentido moral, mas, se pudéssemos usar um termo que não é adequado, poderíamos dizer que o espírito, como matéria, não é grosseiro, porque ele é uma essência, é um fato superior. O desenvolvimento moral vai dando ao espírito aspectos que o adornam: serenidade, compaixão, amor, tolerância; são adornos de uma inteligência, conquistas de uma inteligência; mas aquela inteligência, em si, ela é pura, é superior, mesmo em um estado sem esses adornos todos, ele é superior, o perispírito é superior a qualquer matéria.

Caridade do Entendimento

Caridade do Entendimento
Caridade do Entendimento
“Agora, pois, permanecem estas três, a fé, a esperança e a caridade; porém, a maior destas é a caridade”. - PAULO (I Coríntios, 13:13.)


Na sustentação do progresso espiritual precisamos tanto da caridade quanto do ar que nos assegura o equilíbrio orgânico.

Lembra-te de que a interdependência é o regime instituído por Deus para a estabilidade de todo o Universo e não olvides a compreensão que devemos as todas as criaturas.

Compreensão que se exprima, através de tolerância e bondade incessantes, na sadia convicção de que ajudando aos outros é que poderemos encontrar o auxílio indispensável à própria segurança.

À frente de qualquer problema complexo naqueles que te rodeiam, recorda que não seria justa a imposição de teus pontos de vista para que se orientem na estrada que lhes é própria.

O criador não dá cópias e cada coração obedece a sistema particular de impulsos evolutivos.

O Dever

O Dever
O Dever
O dever tem formas múltiplas. Há o dever para conosco, que consiste em respeitar-nos, em governarmo-nos com sabedoria, a querer, a realizar apenas o que é digno, útil e belo. Há o dever profissional, que exige que cumpramos, com consciência, as obrigações a nosso cargo. Há o dever social, que nos convida a amar os homens, a trabalhar por eles, a servir ao nosso país e à Humanidade. Há o dever para com Deus. O dever não tem limites. Pode-se sempre fazer melhor, e é na imolação de si mesmo que o ser encontra o meio mais seguro de se engrandecer e de se depurar.

A honestidade é a essência mesma do homem moral. Desde que daí se desvie, fica infeliz. O homem bom faz o bem pelo bem, sem procurar nem aprovação, nem recompensa. Ignorando o ódio, a vingança, esquece as ofensas e perdoa seus inimigos. É benevolente com todos, protetor dos humildes. Em cada homem vê um irmão, não importa qual seja seu país, qual seja sua fé. Cheio de tolerância, respeita as crenças sinceras, desculpa os defeitos dos outros, ressalta-lhes as qualidades e nunca maldiz. Usa com moderação os bens que a vida lhe concede, consagra-os ao melhoramento social, na pobreza, não inveja e não sente ciúmes de ninguém.

Revelação pela Dor

Revelação pela Dor
Revelação pela Dor
A dor não é somente o critério por excelência da vida, o juiz que pesa os caracteres, as consciências e mede a verdadeira grandeza do homem. Ela é, também, um processo infalível para reconhecer o valor das teorias filosóficas e das doutrinas religiosas. A melhor será, evidentemente, aquela que nos reconfortar, aquela que disser por que as lágrimas são o quinhão da Humanidade e fornecer os meios de estancá-las. Por meio da dor, descobrimos, com mais segurança, o foco de onde emana a mais bela, a mais suave luz da verdade, aquela que não se extingue.

Se o Universo é apenas um campo fechado entregue às forças caprichosas e cegas da Natureza, uma odiosa fatalidade que nos esmaga; se, nele, não há consciência, nem justiça, nem bondade, então, a dor não tem sentido nem utilidade; ela não comporta consolações. Só nos resta impor silêncio ao coração ferido, pois seria pueril e inútil importunar os homens e o céu com nossas lamentações!

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