Caminhemos para Deus

Caminhemos para Deus
Caminhemos para Deus
Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem!

As pessoas, de um modo geral, não valorizam os fenômenos transcendentes que as envolvem todos os dias: a luz do Sol, a prece, a transformação do ser, a renovação das ideias, a possibilidade mediúnica...

Tantas coisas ocorrem junto ao homem, e ele não se dá conta da extensão da bondade de Deus, que cria os seres para que desenvolvamos valores sempre crescentes da sua espiritualização. Se a matéria pode permanecer inerte por milênios, o espírito, ao contrário, está em plena atuação, na direção do mais Alto, sempre.

Assim, não estranhem, os nossos irmãos, a gama de fenômenos interessantes que acontecem todos os dias, sob as formas e denominações as mais variadas: ao dormir, o homem queda-se em sono profundo, seu espírito retira-se do corpo e ele caminha na direção das fontes de luz, de Deus; ao orar, a criatura como que se transporta para o mais alto, buscando a figura de Jesus ou daquele ser a quem mais ama, e ali seu espírito como que se sente em uma outra dimensão, em outro estágio.

Quantas vezes as pessoas, após a prece, sentem-se numa profunda imersão em planos os mais elevados, os mais sublimes, entrando em verdadeiros êxtases diante das coisas que veem ou percebem! Por isso, podemos entender que os fenômenos ditos mediúnicos são a continuação dos fenômenos de espiritualização do homem.

A mediunidade não veio senão mostrar à criatura, àquela que ainda não é capaz de perceber a ideia de Deus, que vivemos num mundo de forças psíquicas, integrando-nos cada vez mais com este reservatório imenso de forças energéticas e, a cada passo, nos aproximando mais da fonte de tudo, o Criador, o Pai — Deus.

Admirem-se, homens, todos os que aqui estão, admirem-se da ideia divina, profunda, que em todos os momentos demonstra que somos de Deus e que somos espíritos imortais! A matéria, o corpo físico, é algo de transitório na vida do espírito, e ele, espírito, diariamente cria dentro de si condições de percepção, mostrando-se tal como é: energia divina, pensante, criativa, elevada, itinerante do progresso; uma energia que pensa e crê.

Na medida em que o homem aprenda a compreender a sua própria elevação, a sua própria natureza íntima, irá valorizar os fenômenos que o cercam; entre muitos, os mediúnicos. Então, ele não verá os médiuns como seres excepcionais; ele os verá como criaturas que pensam como ele também um dia pensará. Ele verá nos médiuns, nos medianeiros das comunicações, o dom que um dia ele também alcançará.

Assim, todos os que estamos aqui, estudando sobre as leis que regem a vida imortal, recordemos: somos de Deus, viemos de Deus e para Deus nos encaminhamos!

Por pertencermos a este projeto divino, por esta percepção de que o homem se dá conta diariamente em si mesmo, façamos um projeto pessoal: descubramos em nós os sentimentos sublimes, superiores, de paz, de elevação; desenvolvamos a sensibilidade, a crença, a fé, a certeza do mundo espiritual; vejamos diariamente a beleza das matas, a singeleza da flor, a grandeza dos oceanos, a sublimidade do céu; vejamos no irmão, no filho, no companheiro que está ao nosso lado, alguém que progride, que tem beleza, que tem desejo de caminhar; vejamos na mente doentia alguém que está mais atrasado, no companheiro difícil alguém que precisa burilar-se. Aprendamos a sentir pelo coração, não apenas pela mente! E compreendendo a grandeza da própria existência do espírito, façamos em nós mesmos, seres que Deus criou, a transformação diária da nossa natureza...

Os fenômenos transformam o homem; o espírito transforma-se diariamente.

Ah, meus irmãos, no dia em que todos vocês compreenderem isso, irão ver que em verdade nossa alma é imortal. No dia em que todos se derem conta dessa realidade, perceberão que todos nós somos de Deus. E aí valorizaremos a pequenina flor, porque ela representa a espiritualidade; valorizaremos a flor bela, cultivada, sublimada pelas mãos da Genética, e nela também veremos Deus, talvez em forma mais aperfeiçoada; olharemos para a criança e diremos: ali está o futuro! E olharemos para o idoso, o que conquistou o tempo, e diremos: ali continua a vida!

Passaremos a olhar para tudo com os olhos da sublimação.

A cada fenômeno que virmos, diante de cada ser que traga em si a possibilidade de perceber qualquer fenômeno transcendental, diremos para nós mesmos: aí está alguém que pode ver de modo mais claro, como eu um dia também verei. Por hora, Deus determinou que alguns homens, apenas alguns, sejam capazes de perceber; mas a própria lei de Deus nos mostra, pelo progresso contínuo das criaturas e pela sensibilidade que se aprimora a cada dia, que esse dom será de todos; um dia, de nós também.

Que este Deus de justiça nos abençoe e conduza e nos traga sua paz!

Que todos aqueles que aqui estão lutando, trabalhando, compreendendo a necessidade do próprio progresso, a necessidade de estudar para progredir, que todos aqueles que aqui estão sejam por Deus abençoados, com a conquista do progresso!

Deus ajude e abençoe a todos!



Autor: Antonio de Aquino
Do livro: Inspirações do Amor Único de Deus.

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