O Dever

O Dever
O Dever
O dever tem formas múltiplas. Há o dever para conosco, que consiste em respeitar-nos, em governarmo-nos com sabedoria, a querer, a realizar apenas o que é digno, útil e belo. Há o dever profissional, que exige que cumpramos, com consciência, as obrigações a nosso cargo. Há o dever social, que nos convida a amar os homens, a trabalhar por eles, a servir ao nosso país e à Humanidade. Há o dever para com Deus. O dever não tem limites. Pode-se sempre fazer melhor, e é na imolação de si mesmo que o ser encontra o meio mais seguro de se engrandecer e de se depurar.

A honestidade é a essência mesma do homem moral. Desde que daí se desvie, fica infeliz. O homem bom faz o bem pelo bem, sem procurar nem aprovação, nem recompensa. Ignorando o ódio, a vingança, esquece as ofensas e perdoa seus inimigos. É benevolente com todos, protetor dos humildes. Em cada homem vê um irmão, não importa qual seja seu país, qual seja sua fé. Cheio de tolerância, respeita as crenças sinceras, desculpa os defeitos dos outros, ressalta-lhes as qualidades e nunca maldiz. Usa com moderação os bens que a vida lhe concede, consagra-os ao melhoramento social, na pobreza, não inveja e não sente ciúmes de ninguém.


A honestidade perante o mundo nem sempre é a honestidade segundo as leis divinas. A opinião pública tem seu preço; torna mais agradável a prática do bem, mas não se poderia considerá-la infalível. O sábio não a desdenha, sem dúvida; mas, quando é injusta ou insuficiente, vai além e pauta seu dever por uma regra mais segura. O mérito, a virtude são, às vezes, desconhecidos na Terra e os julgamentos da multidão são frequentemente influenciados pelas suas paixões e seus interesses materiais. O homem bom procura, antes de tudo, sua própria estima e o consentimento de sua consciência.



Autor: Léon Denis

Do livro: Depois da Morte.

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