Perante a Desencarnação

Perante a Desencarnação
Perante a Desencarnação
“Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.” — Jesus. (JOÃO, 8:51.)

Resignar-se ante a desencarnação inesperada do parente ou do amigo, vendo nisso a manifestação da Sábia Vontade que nos comanda os destinos.

Maior resignação, maior prova de confiança e entendimento.

Dispensar aparatos, pompas e encenações nos funerais de pessoas pelas quais se responsabilize, abolir o uso de velas e coroas, crepes e imagens, e conferir ao cadáver o tempo preciso de preparação para o enterramento ou a cremação.

Nem todo Espírito se desliga prontamente do corpo.

Emitir para os companheiros desencarnados, sem exceção, pensamentos de respeito, paz e carinho, seja qual for a sua condição.

Paciência e Bondade

Paciência e Bondade
Paciência e Bondade
Abstenhamo-nos, sobretudo, da cólera, que é o despertamento de todos os instintos selvagens, amortecidos em nós pelo progresso e a civilização, uma reminiscência de nossas vidas obscuras. Em cada homem, o animal subsiste ainda através de certos aspectos, o animal que devemos domar pela força, se não quisermos ser dominados, escravizados por ele. Na cólera, esses instintos adormecidos despertam e fazem do homem uma fera. Assim, dissipa-se toda dignidade, toda razão, todo respeito de si mesmo. A cólera cega-nos, faz-nos perder a consciência de nossos atos e, na sua fúria, pode conduzir ao crime.

É da natureza do sábio dominar-se sempre, e a cólera é o indício de um caráter atrasado. Aquele que para isso está inclinado deverá vigiar com cuidado suas impressões, abafar em si o sentimento da personalidade, nada fazer, nada dizer, enquanto se sentir sob o império dessa terrível paixão.

Esforcemo-nos para adquirir a bondade, qualidade inefável, auréola da velhice; a bondade, cuja posse vale para o seu possuidor esse culto dos sentimentos oferecido, pelos humildes e pequenos, aos seus guias e protetores.

Terapia pela Oração

Terapia pela Oração
Terapia pela Oração
Consideremos a oração como sendo o mais eficiente recurso terapêutico para a profilaxia das enfermidades que avassalam a criatura.

Diante dos irmãos colhidos pelas enfermidades espirituais, utilizemo-nos da oração como o enfermeiro diligente aplica o bálsamo refrigerador na ferida em chaga viva.

A oração irradia vibrações balsamizantes, que diminuem a ardência do sofrimento no ser desesperado, diminuindo-lhe a angústia.

Abre o canal do entendimento, a fim de que, em duas vias, o apelo da alma se dirija a Deus e a resposta divina chegue à criatura.

Enseja a inspiração de quem a formula e a tranquilidade em quem a recebe.

Casa Mal-Assombradas

A história do Espiritualismo Moderno começou por um caso de obsessão. As manifestações da casa mal-assombrada de Hydesville, em 1848, e as tribulações da família Fox, que a habitava, são conhecidas. Nós as recordaremos apenas através de um pequeno resumo. 

Todas as noites, uma inteligência invisível aí se revelava através dos ruídos violentos e contínuos, abrindo e fechando as portas, agitando os móveis, arrancando as cobertas das camas. Mãos frias e rudes agarravam as jovens senhoritas Fox, e o soalho oscilava sob uma ação desconhecida. 

Casa Mal-Assombradas
Casa Mal-Assombradas
Por meio de pancadas dadas nas paredes — cada letra do alfabeto sendo designada por um número correspondente de golpes — essa inteligência afi rmava ter vivido na Terra. Ela soletrava seu nome, Charles Rosna; indicava sua profissão de mascate e entrava em muitos detalhes sobre seu fim trágico, detalhes ignorados de todos, cuja exatidão foi reconhecida pela descoberta de ossadas humanas na adega, no lugar preciso designado pelo espírito como sendo aquele em que seu cadáver tinha sido enterrado após o assassinato. 

Essas ossadas estavam misturadas com restos de carvão e de cal, que demonstravam a intenção evidente de fazer desaparecer qualquer traço desse acontecimento misterioso. 

Os curiosos afluíram; a casa tornou-se insuficiente para conter a multidão vinda de todas as partes. Houve até quinhentas pessoas reunidas para ouvir os ruídos. 

Lições do Momento

Lições do Momento
Lições do Momento
Deus é amor invariável e o amor desafivela os grilhões do espírito.

Se há repouso na consciência, a evolução da alma ergue-se, desenvolta, dos alicerces insubstituíveis do sacrifício.

Quem não se bate pelo bem, desce imperceptivelmente para as fileiras do mal.

Junto à correção sempre existe o desacerto, exaltando o mérito do dever na conduta digna.

Identifique, na dificuldade, o favor da Providência Divina para dilatar-lhe a paz, sentindo, no imprevisto da experiência mais grave, o fulcro de incitamento à perseverança na boa intenção e vendo, na tibiez de quantos imergiram na invigilância, o exemplo indelével daquilo que não deve ser feito.

Quanto maior a sombra em torno, mais valiosa a fonte de luz.

Desse modo, a alegria pura viceja entre a dor e o obstáculo; a resignação santificante nasce em meio às provas difíceis; a renúncia intrépida irrompe no seio da injustiça das emulações acirradas, e a pureza construtiva surge, não raro, em ambiente de viciação mais ampla.

Resignação na Adversidade

Resignação na Adversidade
Resignação na Adversidade
A dor, sob suas formas múltiplas, é o remédio supremo para as imperfeições, para as enfermidades da alma. Sem ela, não há cura possível. Assim como as doenças orgânicas são, com frequência, o resultado dos nossos excessos, as provações morais que nos atingem são a resultante das nossas faltas passadas. Cedo ou tarde, essas faltas recaem sobre nós, com suas consequências lógicas. É a lei de justiça, do equilíbrio moral. Saibamos aceitar-lhes os efeitos, como aceitamos os remédios amargos, as operações dolorosas que devem restabelecer a saúde, a agilidade ao nosso corpo. Quando os desgostos, as humilhações e a ruína nos oprimem, suportemo-los com paciência. O lavrador rasga o seio da terra para dela fazer jorrar a colheita dourada. Assim, da nossa alma dilacerada surgirá uma abundante colheita moral.

Temas da Prece

Temas da Prece
Temas da Prece
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles...” –JESUS. (Mateus, 7:12.)


Roga a Deus te abençoe, mas concilia-te, cada manhã com todas as criaturas e com todas as coisas, agradecendo-lhes as dádivas ou lições que te ofertem.

Pede saúde, evitando brechas para a doença.

Solicita proteção, amparando os irmãos de experiência cotidiana, dentro dos recursos que se te façam possíveis.

Espera a felicidade, criando a alegria do próximo.

Procura as luzes do saber, distribuindo-as no auxílio aos que te rodeiam.

Busca melhorar o nível de conforto em tua existência material, apoiando os companheiros de Humanidade para que se elevem de condição.

Aguarda tolerância para as falhas possíveis que venhas a cometer; entretanto, esquece igualmente as ofensas de que te faças objeto ou as dificuldades que alguém te imponha.

Materialização

Materialização
Materialização
Na Transfiguração no Tabor, relatada no Evangelho e a que se reporta Emmanuel, Jesus apresenta-se diante de seus discípulos atônitos, “com as vestes resplandecentes e sobremodo brancas, como nenhum lavandeiro na Terra as poderia alvejar”.

Elias e Moisés, materializados, confabulam com o Senhor.

Eis uma das mais belas reuniões espíritas do Novo Testamento.

Ouçamos Emmanuel sobre o assunto:

“No Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germes lhe dormitam no coração”.

Os companheiros de Jesus participaram de legítima reunião de materialização.

Foram eles, Pedro, Tiago e João, testemunhas de autêntico fenômeno mediúnico. Elias e Moisés revestiram-se de corpos tangíveis, organizados com elementos fluídicos do ambiente e do laboratório da Vida Mais Alta.(...)

Priorizemos os valores do Espírito Imortal

Priorizemos os valores do Espírito Imortal
Priorizemos os valores do Espírito Imortal
“O apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação.” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XVI, item 7. CELD.)


Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

As reflexões da noite nos fazem concluir acerca da necessidade de priorizarmos atividades, atitudes, pensamentos e não nos deixarmos envolver por aquelas coisas que realmente em nada nos ajudarão o progresso.

Cada vez que trabalharmos no bem, lembremo-nos de que estamos sendo convocados pela Lei de Deus, que nos aponta o caminho do progresso, mas também estamos sendo convocados pela própria necessidade de progredir.

Lutaremos contra forças do mundo para buscarmos as forças de Deus, na medida em que fizermos das forças do mundo objeto da nossa preocupação e atenção.

Quando formos entendendo que somos espíritos imortais e que nossa caminhada para Deus é inexorável, priorizaremos as atitudes do espírito imortal e deixaremos para segundo plano, embora não as esqueçamos, as atitudes e atividades propriamente ditas terrenas, materiais.

A Educação

A Educação
A Educação
Uma boa educação moral, raramente, é obra de um mestre. Para despertar na criança as primeiras aspirações pelo bem, para corrigir um caráter difícil é preciso ter, ao mesmo tempo, perseverança, firmeza, uma ternura da qual só o coração de um pai ou de uma mãe é suscetível. Se os pais não conseguem corrigir seus filhos, como aquele que conduz muitas crianças poderia fazê-lo?

Essa tarefa não é tão difícil como se poderia imaginar. Ela não exige uma ciência profunda. Pequenos e grandes podem preenchê-la, se estiverem compenetrados do objetivo e das consequências da educação. É preciso lembrar sempre de uma coisa, é que esses espíritos vieram até nós para que os ajudemos a vencer seus defeitos e os preparemos para os deveres da vida. Aceitamos com o casamento a missão de dirigi-los; cumpramo-la com amor, mas um amor isento de fraqueza, pois a afeição desmedida está cheia de perigos. Estudemos, desde o berço, as tendências trazidas pela criança das existências anteriores, apliquemo-nos a desenvolver as boas, a sufocar as más. Não devemos dar-lhes muitas alegrias, para que, habituados desde cedo à desilusão, essas almas jovens compreendam que a vida terrestre é árdua, que não se deve contar senão consigo mesmo, com seu trabalho, única coisa que proporciona a independência e a dignidade. Não tentemos desviar deles a ação das leis eternas. Há pedras no caminho de cada um de nós; só a sabedoria nos ensina a evitá-las.



Autor: Léon Denis
Do livro: Depois da Morte

Paciência e Fé

Paciência e Fé
Paciência e Fé
Meus amigos da Terra, vocês se lamentam frequentemente, direi mais, vocês se lamentam sempre! Por quê? — Vou dizê-lo a vocês.

Vocês são enfermos obrigados a engolir o remédio amargo que se chama a existência terrestre, gritam bem forte que o remédio é ruim, apenas se esquecem de uma coisa, é que o remédio é necessário, é preciso tomá-lo, mas não é melhor tomá-lo alegremente?

Concordo com vocês com tudo o que querem; que seu mundo é triste, que aí faz frio, que aí é escuro; mas, digam-me, Deus não é infinitamente bom? Deus que lhes deu a uns o estudo sempre consolador, a outros a arte sempre encantadora, para todos, a natureza sempre bela?

Geralmente vocês cometem um grande erro, é de se afundarem na lama, quando lhes basta para dela sair, de uma prece a Deus, de um pensamento na direção do futuro!

Cérebro e Coração

Cérebro e Coração
Cérebro e Coração
O cérebro, em verdade, articulará leis que disciplinem os povos;

comandará arrojadas experimentações científicas;

plasmará ilações filosóficas e religiosas da mais elevada importância na marcha evolutiva da consciência:

medirá as distâncias em pleno céu;

comporá maravilhas com os méritos da palavra;

conquistará o domínio do espaço, erguendo o homem à condição de triunfador do mundo;

descerá, com segurança, aos mais obscuros labirintos do mar, arrancando-lhe os segredos;

abordará, com mestria, os enigmas da Natureza, para solucionálos em seu próprio favor;

tecerá os primores da arte;

estenderá os benefícios da indústria;

e supervisionará todas as iniciativas da criatura na subida ao plano superior.

Maternidade Divino Mister

Maternidade Divino Mister
Maternidade Divino Mister
A Terra adota datas convencionais, para dizer a todos os homens dos sentimentos com relação a alguém. Hoje, no vosso mundo, é adotada uma data para se falar das mães, e nós, daqui da espiritualidade, temos também a dizer algo referente a esse dia.

Entendemos que a maternidade é uma das tarefas importantes com que o espírito humano se depara, quando reencarna. Para a tarefa da maternidade, são escolhidos espíritos que já guardam no coração algum tipo de sentimento superior, aqueles que já sabem amar, doar-se, ou os que já são capazes de renunciar ou de envolver-se em vibrações de extremo apoio a um filho ou a alguém.

Todos esses espíritos, quando no mundo espiritual, ouvem, de um modo geral, preleções tendentes a estimular o sentimento materno. Retornando à Terra, alguns esquecem tais ensinamentos, outros se deixam envolver pelos conceitos de sobrevivência a qualquer modo, e outros, ainda, pura e simplesmente, esquecem tudo, sem maiores considerações.

A Prece

A Prece
Quando uma pedra toca na água, vê-se vibrar sua superfície em ondulações concêntricas. Dessa forma, o fluido universal coloca-se em vibração através das nossas preces e dos nossos pensamentos, com essa diferença de que as vibrações das águas são limitadas, enquanto que as do fluido universal propagam-se ao Infinito. Todos os seres, todos os mundos estão banhados nesse elemento, como nós próprios o estamos na atmosfera terrestre. Daí resulta que nosso pensamento movido por uma força de impulsão, por uma vontade satisfatória, vai impressionar as almas a distâncias incalculáveis. Uma corrente fluídica estabelece-se de umas para as outras e permite aos espíritos elevados responder aos nossos apelos e de influenciar-nos através do Espaço.

Pedi e obtereis

Pedi e obtereis
Pedi e obtereis
“Pedi, e dar-se-vos-á.” (Mateus, 7:7.)


Sabeis, porém, vós que vos queixais de não receberdes o que pedis, a razão para que tal suceda? Encontrareis a resposta em Tiago, 4:3: “Pedi, e não recebeis, porque pedis mal”.

Investigai o fundo de vossos corações, e vede se aquilo porque ansiais e rogais ao Pai não seria contrário aos vossos interesses espirituais e eternos, ainda que vos satisfizesse transitoriamente.

Rogai ao Pai que vos conceda bênçãos de paz, esclarecimento de vossas consciências, resignação ante as provações que sofreis para resgate de vosso passado delituoso. Pedi que vos sejam dadas forças para resistirdes ao assédio das tentações inferiores, aos impulsos menos dignos que partem de vossa própria natureza ainda não inteiramente evangelizada Suplicai que o Pai misericordioso faça de vossa fraqueza, força; de vossos temores, coragem; de vossa insipiência no caminho da redenção, adiantamento rápido e seguro.

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