A Consciência, o Sentido Íntimo

A Consciência, o Sentido Íntimo
Liga-se a alma, em suas profundezas, à grande Alma universal e eterna, da qual ela é uma espécie de vibração. Esta origem, esta participação na natureza divina explicam as necessidades irresistíveis do espírito evoluído: necessidade de infinito, de justiça, de luz, necessidade de sondar todos os mistérios, de saciar a sede nas fontes vivas e inesgotáveis cuja existência ele pressente, mas, não chega a descobrir, no plano de suas vidas terrestres.

Daí, provêm nossas mais altas aspirações, nosso desejo de saber, jamais satisfeito, nosso sentimento do Belo e do Bem; daí, os súbitos lampejos que iluminam, de vez em quando, as trevas da existência, e aqueles pressentimentos, aquela previsão do futuro, clarões fugidios no abismo do tempo, que, às vezes, se acendem para algumas inteligências.

Abaixo da superfície do eu, superfície agitada pelos desejos, pelas esperanças e pelos temores, fica o santuário onde reina a Consciência Integral, calma, pacífica, serena, o princípio da Sabedoria e da Razão, das quais a maioria dos homens só toma conhecimento através de surdas impulsões ou vagos reflexos entrevistos.
Todo o segredo da felicidade, da perfeição está na identificação, na fusão em nós desses dois planos ou focos psíquicos. A causa de todos os nossos males, de todas as nossas misérias morais está na sua oposição.



Autor: Léon Denis
Do livro: O Problema do Ser e do Destino.

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