Os Tempos São Chegados

Os Tempos São Chegados
Os Tempos São Chegados
Até o presente, a humanidade tem realizado progressos incontestáveis. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam sido alcançados, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material. Ainda lhes falta um imenso progresso a realizar: o de fazerem reinar entre eles a caridade, a fraternidade e a solidariedade, para assegurar o bem- estar moral. Não poderiam conseguilo nem com as suas crenças, nem com as suas instituições antiquadas, resquícios de um outro tempo, boas para uma certa época, suficientes para um estado transitório, mas que, havendo dado tudo o que podiam, seriam hoje um entrave, tal como uma criança estimulada por móbiles, que se tornam impotentes quando vem a idade madura. Não é só o desenvolvimento da inteligência que é necessário aos homens, é a elevação do sentimento e, para isso, é preciso destruir tudo o que pode estimular neles o egoísmo e o orgulho.

Esse é o período em que vão entrar doravante e que marcará uma das principais fases da humanidade. Essa fase, que se elabora neste momento, é o complemento indispensável do estado precedente, como a idade adulta é o complemento da juventude. Ela podia, então, ser prevista e predita de antemão, e é por isso que se diz que os tempos marcados por Deus são chegados.



Autor: Kardec
Do livro: A Gênese

Médium e Mediunidade

Médium e Mediunidade
Médium e Mediunidade
Pela sua simples condição de médium, o espírita não deve ser tratado com deferência alguma.

O endeusamento e a idolatria a médiuns têm prestado grande desserviço `Doutrina, criando uma espécei de casta sacerdotal, que é um arremedo do que sucede em outros credos religiosos.

Todo médium, por mais amplas lhe sejam as faculdades psíquicas, não passa de mero aprendiz da Verdade.

Mais importante que enxergar e ouvir os desencarnados será auscultar a necessidade dos encarnados e atendê-las em nome do amor que o Cristo nos ensinou.

Nenhuma reunião mediúnica é mais importante que a da evangelização das almas.

Curar corpos perecíveis é tarefa relevante, mas a sua iluminação para a eternidade é de ordem prioritária.

Nem Castigo, nem Perdão

Nem Castigo, nem Perdão
Nem Castigo, nem Perdão
O espírita encontra na própria fé — o Cristianismo Redivivo — estímulos novos para viver com alegria, pois, com ele, os conceitos fundamentais da existência recebem sopros poderosos de renovação.

A Terra não é prisão de sofrimento eterno.

É escola abençoada das almas.

A felicidade não é miragem do porvir.

É realidade de hoje.

A dor não é forjada por outrem.

É criação do próprio espírito.

A virtude não é contentamento futuro.

É júbilo que já existe.

A morte não é santificação automática.

É mudança de trabalho e de clima.

O futuro não é surpresa atordoante.

Evolução e Finalidade da Alma

Evolução e Finalidade da Alma
Evolução e Finalidade da Alma
Pouco a pouco, a alma se eleva e, à medida que sobe, acumula-se nela uma soma sempre crescente de saber e de virtude; sente-se mais estreitamente ligada a seus semelhantes; comunica-se mais intimamente som seu meio social e planetário.

Elevando-se cada vez mais, ela logo se une, por elos bem potentes, às sociedades do Espaço e, depois, ao Ser universal.

Assim, a vida do ser consciente é uma vida de solidariedade e de liberdade. Livre, no limite que lhe é assinalado pelas leis eternas, ele se torna o arquiteto de seu destino. Seu adiantamento é obra sua. Nenhuma fatalidade o oprime, a não ser a de seus próprios atos, cujas consequências sobre ele recaem. Mas ele só pode desenvolver-se e crescer na vida coletiva, com a ajuda de cada um e em proveito de todos. Quanto mais se eleva, mais se sente viver e sofrer em todos e por todos.

Em sua necessidade de elevação pessoal, chama a si todos os seres humanos que povoam os mundos onde viveu, para fazê-los atingir o estado espiritual. Quer fazer por eles o que seus irmãos mais velhos, os grandes espíritos que o guiaram em sua marcha, fizeram por ele.

Mundos Internos

Mundos Internos
Mundos Internos
Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

Muitas vezes, falamos em mundos habitados como se fossem eles em posição distante, bem distante de onde estamos. Parece que a humanidade, de um modo geral, quando fala nos mundos habitados, fala somente pensando no mundo físico, na matéria apenas. Entretanto, o homem precisa compreender o mundo interior das criaturas, das sociedades, dos homens em geral.

Há corações tão enrijecidos, que parece que neles não habita o amor. Há outros tão tristes, que neles a alegria jamais passeou... e há outros mundos internos igualmente poderosos em sua expressão, como os mundos internos de felicidade, de paz e de conquista do bem pelo esforço permanente do homem para alcançar a serenidade.

Os mundos refletem a mente do homem. A Terra, considerada por alguns como planeta de sombras, é, entretanto, um local de alegrias para outros que se contentam com o que ela oferece. Dentre todos esses mundos habitados, exílios dos homens terrenos, existem alguns que já alcançaram não a plenitude, mas um pouco mais de elevação.

Perante a Mediunidade

Perante a Mediunidade
Perante a Mediunidade
Reprimir qualquer iniciativa tendente a assinalar a mediunidade, o médium ou os fatos mediúnicos como extraordinários ou místicos.

O intercâmbio mediúnico é acontecimento natural e o médium é um ser humano como qualquer outro.

Certificar-se de que o exercício natural da mediunidade não exime o médium da obrigação de viver profissão honesta na sociedade a que pertence.

Não pode haver assistência digna onde não há dever dignamente cumprido.

Precaver-se contra as petições inadequadas junto à mediunidade.

Os médiuns são companheiros comuns que devem viver normalmente as experiências e as provas que lhes cabem.

Por nenhuma razão elogiar o medianeiro pelos resultados obtidos através dele, lembrando-se que é sempre possível agradecer sem lisonjear.

Para nós, todo o bem puro e nobre procede de Jesus-Cristo, nosso Mestre e Senhor.

Nas Leis do Destino

Nas Leis do Destino
Nas Leis do Destino
Não digas que Deus sentencia alguém a torturas eternas.

Tanto quanto podemos perceber o Pensamento Divino, imanente em todos os seres e em todas as coisas, o Criador se manifesta a nós outros – criaturas conscientes, mas imperfeitas – através de leis que lhe expressam os objetivos no rumo do Bem Supremo.

Essas leis, na feição primitiva, podem ser abordadas nos processos rudimentares do campo físico.

O fogo é agente precioso da evolução, nos limites em que deve ser conservado; entretanto, se colas a mão no braseiro, é natural incorras, de imediato, nas consequências.

A máquina é apêndice do progresso; contudo, se não lhe atendes as necessidades, sofrerás, para logo, os resultados desastrosos da negligência ou da indisciplina.

Ocorre o mesmo, nos planos da consciência. 

Na matemática do Universo, o destino dar-nos-á sempre daquilo que lhe dermos.

É inútil que dignitários desse ou daquele princípio religioso te pintem o Todo-Perfeito por soberano purpurado, suscetível de encolerizar-se por falta de vassalagem ou envaidecer-se à vista de adulações.

A Meméria

A Meméria
A Meméria
Os mínimos detalhes de nossa vida gravam-se em nós e nos deixam marcas indeléveis. Pensamentos, desejos, paixões, atos bons ou maus, tudo se fixa, tudo fica gravado. Durante o curso da vida normal, as lembranças se acumulam em camadas sucessivas e as mais recentes acabam, aparentemente, apagando as mais antigas.

Parece que esquecemos aqueles mil detalhes de nossa existência finda. Entretanto, nas experiências hipnóticas, basta evocar o tempo passado e recolocar o “sujet”, pela vontade, em uma etapa anterior de sua vida, em sua juventude, ou até mesmo na infância, para que aquelas lembranças reapareçam em massa. O “sujet” revive seu passado, não apenas com o estado de alma e a associação de ideias que lhe eram peculiares à época — ideias às vezes bem diferentes das que ele professa atualmente — com seus gostos, seus hábitos, sua linguagem, mas também reconstituindo automaticamente todo o conjunto dos fenômenos físicos contemporâneos daquela época.

Isto nos leva a reconhecer que há uma correlação estreita entre a individualidade psíquica e o estado orgânico.

Cada estado mental está associado a um estado fisiológico; a evocação de um, na memória dos “sujets”, logo provoca o aparecimento do outro.

Como ocorrem as flutuações constantes e a renovação integral do organismo físico em alguns anos, este fenômeno seria incompreensível sem o papel do perispírito, que guarda em si, gravadas em sua substância, todas as impressões de outrora. É ele quem fornece à alma o total de seus atos conscientes, mesmo após a destruição da memória cerebral.

Lugares do Mundo Espiritual

Lugares do Mundo Espiritual
Lugares do Mundo Espiritual
Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

Lugares no mundo espiritual...

Na Terra, existe no homem a preocupação com a localização exata de núcleos de serviços espirituais. Entende-se, mesmo, que estas localizações sejam fixas, no sentido de uma estabilidade quase que física das organizações espirituais no Além.

Ouviremos dizer, com certeza, que as cidades espirituais ou os núcleos de socorro são construídos de acordo com as necessidades do homem desencarnado e, geralmente, conduzidos por espíritos que ultrapassaram as barreiras do temor, sem terem sido, por isso mesmo, fortes o bastante para enfrentar as dificuldades inerentes à construção de um núcleo de luz em meio a trevas.

Inúmeros trabalhadores de tais cidades, em atividade constante, vêm à Terra recolher os prisioneiros da dor, da ignorância, da descrença e do mal, levando-os para o abrigo seguro da instituição respeitável. É nesses abrigos, oásis de luz em meio à inquietação e à dor, que se promovem os movimentos de pacificação da mente, os passes, as doutrinações, o convite à paz, enfim.

Aqueles que são recolhidos sentem-se confortavelmente abrigados.

É comum alguns deles dizerem que estão em núcleos perfeitamente estáveis. Entretanto, os núcleos da espiritualidade movimentam-se de acordo com as necessidades dos homens terrenos.

Precisamente

Precisamente
Diante das soluções aguardadas para amanhã, é imperioso atender aos problemas de hoje.

Declaras-te sob manchas morais e foges de servir, quando precisamente a vida nos descerra o ensejo de auxiliar, para que o suor, na prática do bem, nos dissipe as nódoas do coração.

Confessas-te em débitos lamentáveis e desertas das boas obras, quando precisamente dispomos da oportunidade de agir, em benefício dos semelhantes, a fim de que venhamos a alcançar o resgate preciso.

Asseveras-te em falta grave e acolhes-te na intolerância, quando precisamente no exercício da bondade para com os outros é que obteremos desculpa em favor de nós mesmos.

Afirmas-te frágil, quando precisamente por isso é que as tribulações nos sitiam a estrada, a fim de que saibamos conquistar o apoio da fortaleza.

A Personalidade Integral

A Personalidade Integral
A Personalidade Integral
Uma busca mais profunda, mais ousada, na própria direção que os psicólogos (materialistas) preconizam, mostra que eles se enganaram, ao afirmar que a análise não provava a existência de qualquer faculdade, além daquelas que a vida terrena, tal como eles a concebem, é capaz de produzir e o meio terrestre, de utilizar. Pois, na realidade, a análise revela os traços de uma faculdade, que a vida material ou planetária jamais teria podido produzir, cujas manifestações implicam, e fazem necessariamente supor, a existência de um mundo espiritual.

Por outro lado, e em favor dos partidários da unidade do eu, pode-se dizer que os dados novos prestam-se a fornecer a suas pretensões uma base muito mais sólida e uma prova presumível, que ultrapassa, em força, todas as que jamais pudessem imaginar; a prova notória de que o eu pode sobreviver, e sobrevive realmente, não só às desintegrações secundárias que o afetam, no curso de sua vida terrestre, mas também à desintegração última, que resulta da morte corporal. O “eu consciente” de cada um de nós está longe de compreender a totalidade de nossa consciência e de nossas faculdades. Há uma consciência mais vasta, faculdades mais profundas, a maioria das quais conserva-se virtual, no que concerne à vida terrestre; a consciência e as faculdades da vida terrestre só separam delas consequentemente a uma escolha e elas se manifestam, de novo, em toda sua plenitude, depois da morte.

Cheguei a esta conclusão, que assumiu, para mim, sua forma atual, há quatorze anos aproximadamente, devagar, como consequência de uma longa série de reflexões baseadas em provas, cujo número crescia progressivamente.

Humildade Sempre

Humildade Sempre
Humildade Sempre
A aprendizagem deve ser constante em todos aqueles que, de algum modo, administram as sociedades, o conhecimento ou o lar terrestre.

Cada vez que o homem se deparar com a própria natureza, observará que em si existem sementes de autoritarismo, que precisarão

ser combatidas com o mesmo esforço com que se combatem outros defeitos que se possua.

O sentimento do poder, o sentimento do comando, faz com que as criaturas criem uma atmosfera extremamente difícil em torno de si, impedindo o seu progresso espontâneo. E como é que se dá o progresso espontâneo nos seres?

Se todos observarem, verão que o ser humano passa por três fases distintas: a fase primeira, em que ele aprende; a fase segunda, em que convive com outras forças, e a fase terceira, onde exercita todo o seu poder, sua potência de espírito. Essas seriam, pois, as fases da vida que corresponderiam, respectivamente, à infância, à maturidade, à velhice.

Pensamento

Pensamento
Pensamento
“O pensamento é idioma universal e, compreendendo-se que o cérebro ativo é um centro de ondas em movimento constante, estamos sempre em correspondência com o objeto que nos prende a atenção.”
Emmanuel


A influência do pensamento na vida humana é indiscutível, criando reflexos negativos ou positivos, segundo o rumo que lhe dermos.

Pensamentos negativos conduzem à doença, ao desânimo.

Estabelecem sintonia com entidades menos felizes — sintonia que pode gerar obsessões angustiosas, caracterizando a “mediunidade torturada”.

Pensamentos elevados proporcionam saúde e bem-estar, curam enfermidades, mesmo graves, propiciam entusiasmo e alegria.Favorecem a ligação com entidades superiores, ligação que pode ser o prelúdio de sublimes realizações mediúnicas.

Não cremos existam pessoas neutras, que jamais pensem no bem ou no mal.

Ideias e reflexos exigem a participação do pensamento.

Não há ninguém suficientemente bom que esteja isento de ideias infelizes.

Não há ninguém tão mau que não tenha impulsos de bondade.

O pensamento, a nosso ver, não pára.

Jamais é estático.

Deus e a Razão de Viver

Deus e a Razão de Viver
Deus e a Razão de Viver
Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

Conversarmos sobre Deus é o mesmo que meditarmos com bastante profundidade acerca da razão de viver.(...) Não pensemos, assim, num Deus arbitrário, injusto ou mesmo infeliz ao ponto de provocar sofrimento aos outros. Ao contrário, pensemos sempre num Deus que nos dá aquilo de que precisamos para corrigir ou mesmo para transformar o que existe em nós. Dores, sofrimentos, angústias, lutas, enfim, todo esse enorme contingente de energias que visitam a sociedade

terrena, de forma individual ou coletiva, só é possível em função do sentimento que Deus permite acontecer.

Não haverá, portanto, dores maiores do que aquelas que as criaturas possam suportar, porque Deus sabe que elas falhariam se tivessem que passar por essas dores. Não há dores maiores ou menores para ninguém, porque Deus dá a cada um segundo as suas necessidades.(...) Isso tudo nos transporta naturalmente para um outro estágio: o estágio

A Ideia de Deus

A Ideia de Deus
A Ideia de Deus
Sem dúvida, não se pode demonstrar a existência de Deus através de provas diretas e sensíveis. Deus não é percebido pelos sentidos. A Divindade ocultou-se sob um véu misterioso, talvez, para

nos forçar a procurá-la, o que é bem o exercício mais nobre e o mais fecundo da nossa faculdade de pensar e, também, para nos deixar o mérito de descobri-la. Mas, há em nós uma força, um instinto seguro, que nos leva até ela e nos afirma sua existência com mais autoridade do que todas as demonstrações e todas as análises.

Em todos os tempos, sob todos os climas —, e é a razão de ser

de todas as religiões —, o espírito humano sentiu a necessidade de se elevar acima de todas as coisas móveis, perecíveis, que

constituem a vida material e que não podem lhe dar uma completa satisfação; quis prender-se ao que é fixo, permanente, imutável

no Universo; compreendeu que a existência de um Ser absoluto e perfeito, no qual identifi ca todas as potências intelectuais e

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