Kardec, o renovador de ideias

Kardec, o renovador de ideias
Kardec, o renovador de ideias
Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

Há homens na Terra que têm um condão de multiplicar ideias, de renovar concepções e de fermentar os sentimentos das criaturas. Entre muitos que desceram à Terra, está o nosso homenageado de hoje, Allan Kardec, alma de escol, mas, acima de tudo, espírito com as qualidades, já citadas, de fazer multiplicar ideias, valorizar sentimentos e tornar compreensíveis atos e sentimentos dos homens.

Deve-se olhar para a figura de Kardec também sob este aspecto: somente um homem com conhecimento, com estrutura emocional e com profunda fé em Deus seria capaz de perceber uma ideia de renovação no campo da espiritualidade, das religiões de um modo geral, do próprio homem, que tanto necessita de transformar-se, no dia a dia.

A doutrina dos espíritos, que ele tão bem soube traduzir para os homens da Terra, teve nele um elemento que impulsionou, certamente, a ideia que trazia. Não fosse ele um ser dedicado, mesmo obstinado, na implantação de uma ideia, talvez a Doutrina demorasse para ser compreendida por muitos homens. Sua obstinação fez com que a ideia varasse as dificuldades daquela época, superasse a inércia natural da coletividade, se chocasse com a doutrina dominante e trouxesse, enfim, a possibilidade de penetrar nos corações dos simples, dos humildes e também daqueles que desejavam libertar-se de ideias ultrapassadas, no campo da religiosidade.

O que esperais?

O que esperais?
O que esperais?
Quando o homem se propõe a servir e a trabalhar compara-se a alguém que dispõe de algumas sementes na mão, encontrando aqui e acolá a oportunidade de semear.

Quando, no entanto, suas intenções se solidificam, e como servo fiel se firma no dever, as sementes se multiplicam; multiplicando-se, igualmente, as ocasiões para o plantio.

Urge que o semeador dinamize o ato de semear, sem se perder à procura da melhor hora, pois ele tem condições de ampliar seu serviço, quando se ampliarem as necessidades.

O tempo, na Terra, convoca os trabalhadores ao exercício ativo, constante.

A semeadura não espera, já que as sementes aí já estão, em vossas mãos, prontas para germinar!

Neste momento, o trabalho é responsabilidade daquele que recebeu a tarefa, cabendo-lhe, portanto, não desanimar, intensificar as forças, não desprezar oportunidades.

Esquecimento do Passado

Esquecimento do Passado
Esquecimento do Passado
Inutilmente se faz objeção ao esquecimento do passado como um obstáculo para que se possa aproveitar a experiência de existências anteriores. Se Deus considerou conveniente lançar um véu sobre o passado, é porque isso deve ser útil. Realmente, essa lembrança teria inconvenientes muito graves; ela poderia, em certos casos, humilhar muito, ou, então, estimular o nosso orgulho e, dessa forma, obstruir o nosso livre-arbítrio. De qualquer forma, causaria perturbações inevitáveis nas relações sociais.

É comum o espírito renascer no mesmo meio em que já viveu e se encontrar em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes fez. Se reconhecesse nessas pessoas aquelas a quem havia odiado, talvez seu ódio reaparecesse; e, de qualquer forma, ficaria humilhado diante das pessoas que tivesse ofendido.

Para nos melhorarmos, Deus nos deu exatamente o que necessitamos e o que nos basta: a voz da consciência e as tendências intuitivas, tirando-nos o que poderia nos prejudicar.

Eles todos te ouvem

Eles todos te ouvem
Eles todos te ouvem
O item 21 do capítulo V deO Evangelho Segundo o Espiritismo é uma mensagem mediúnica do Sr. Sanson, dada em Paris em 1863, e tem por título “Perda de pessoas amadas e mortes prematuras”. Como vemos nas reuniões com Chico Xavier as lições desse livro, que é sempre aberto ao acaso por um dos presentes, caem num tema referente à maior preocupação dos participantes. Sanson, ex-materialista que se converteu ao Espiritismo lendo O Livro dos Espíritos, foi companheiro constante de Kardec na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

Na sua mensagem, como nesta de Emmanuel, Sanson adverte que os nossos mortos amados necessitam de nossos bons pensamentos, de nossas preces, mas não do nosso desespero que só serve para fazê-los sofrer, e acentua: “Mães, sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós”. Emmanuel exclama: “Eles todos te ouvem o coração na Vida Superior”.

Livre-arbítrio e providência

Livre-arbítrio e providência
Livre-arbítrio e providência
A liberdade é a condição indispensável à alma humana, que, sem ela, não poderia edificar seu destino. Foi em vão que os filósofos e os teólogos argumentaram longamente sobre esta questão. Rivalizando-se com suas teorias, com seus sofismas, obscureceram-na, condenando a Humanidade à servidão, em vez de conduzi-la à luz libertadora. A noção é simples e clara. Os druidas haviam-na formulado, desde os primeiros tempos de nossa História. Ela está expressa nestes termos, nas Tríades: “Há três unidades primitivas: Deus, a luz e a liberdade”.

De relance, à primeira vista, a liberdade do homem parece bem restrita, em meio ao círculo de fatalidades que o cerca: necessidades físicas, condições sociais, interesses ou instintos. Mas, considerando mais cuidadosamente a questão, vê-se que tal liberdade é sempre suficiente para permitir que a alma quebre este círculo e escape às forças opressivas.

A liberdade e a responsabilidade do ser são interdependentes e aumentam com sua elevação. É a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e sua moralidade; sem ela, ele seria apenas uma máquina cega, um joguete das forças ambientes. A noção de moralidade é inseparável da de liberdade.

Cilício e Vida

Cilício e Vida
Cilício e Vida
Cilícios para ganhar os Céus!

A Infi nita Bondade abençoe a quem os pratique de boa fé, no entanto, convém recordar que o Apelo Divino solicita “misericórdia e não sacrifício”.

Nessa legenda, a lógica espírita aconselha disciplinas edificantes e não rigores inúteis; austeridades que rendam educação e progresso; regimes que frutifiquem compreensão e beneficência; cooperação por escola e trabalho exprimindo aprendizado espontâneo.

Quando tenhas uma hora disponível, acima do repouso que te restaure, canaliza atenção e força para que se atenuem os sofrimentos da retaguarda.

Um minuto de carinho para com os alienados mentais ensina a preservar o próprio juízo.

Alguns momentos de serviço, junto ao leito dos paralíticos, articulam preciosa aula de paciência.

Simples visita ao hospital diminui ilusões.

Cozinhar prato humilde, em benefício dos que não conseguem assegurar a subsistência, impele a corrigir os excessos da mesa.

Engano ante os Espíritos

Engano ante os Espíritos
Engano ante os Espíritos
Julgar que todos os espíritos benevolentes que se comunicam na Terra são instrumentos imaculados. Desencarnação é vida em outra face.

Considerar que eles veiculam princípios de virtude, como se fossem anjos flanando nos céus, dando conselhos que nada lhes custa. O professor reconhece-se impelido a disciplinas mais austeras que as dos alunos para ser digno da missão de ensinar.

Chamá-los, a propósito de bagatelas. Criaturas relativamente educadas sabem respeitar os horários alheios.

Solicitar-lhes concurso em problemas estritamente materiais. Nenhum de nós, conquanto satisfeitos de ser úteis, furtará obrigações dos outros, das quais eles necessitam para a segurança da própria felicidade.

Censurá-los por não estarem à nossa inteira disposição. Amigos sinceros e conscientes não escravizam amigos.

Complicar as consultas que lhes queiramos fazer, com a desculpa de lhes testar a existência. Só os corações irresponsáveis intentariam transformar os entes amados em ledores de buena-dicha.

As asas da Libertação

As asas da Libertação
As asas da Libertação
Se pretendes mergulhar nos fluidos superiores da Vida, desvendando os complexos mecanismo da existência, ora e medita.

A prece levar-te-à ao norte seguro e a meditação fixar-te-á no centro das aspirações superiores, harmonizando-te.

Se desejas permanecer em paz integral, consolidando as conquistas espirituais, renuncia e esquece todo o mal.

A renúncia ensinar-te-á a libertação das coisas e das conjunturas afligentes, e o esquecimento de qualquer mal ser-te-à o piloti para a libertação plena.

Se planejas integração no bem, ampliando a visão do amor, trabalha e serve ao próximo.

O trabalho enriquecer-te-à de valores inquestionáveis, e o serviço da caridade ao próximo proporcionar-te-á oportunidade de iluminação pessoal com doação de felicidade aos outros.

Se queres a consciência tranquila no teu processo de busca e de redenção, persevera e acompanha os que sofrem, não os deixando a sós.

Fé, Esperança e Consolações

Fé, Esperança e Consolaçõe
Fé, Esperança e Consolaçõe
Compenetrados da ideia de que essa vida não é senão um instante no conjunto da nossa existência imortal, aceitamos com paciência os males inevitáveis que ela engendra. A perspectiva dos tempos que se nos abrem, dar-nos-á o poder de dominar as misérias presentes e de nos colocar acima das flutuações da fortuna. Sentir-nos-emos mais livres, mais bem armados para a luta. Conhecendo a causa dos seus males, o espírita compreende a necessidade deles. Sabe que o sofrimento é legítimo e aceita-o sem murmurar. Para ele, a morte nada destrói, os laços afetivos persistem na vida de além-túmulo, e todos aqueles que aqui se amaram, reencontram-se, libertos das misérias terrestres, longe dessa dura morada; só há separação para os maus. Dessas convicções resultam consolações desconhecidas dos indiferentes e dos céticos. Se, de uma extremidade à outra do globo, todas as almas se comunicassem nessa fé poderosa, assistir-se-ia à maior transformação moral que a História jamais registrou.

Estados da Alma

Estados da Alma
Estados da Alma
Essa melancolia profunda que chega, sorrateira, e se enraíza no coração, é saudade de regiões mais felizes, onde a dor não mais tem razão de ser, e o Espírito aspira por ali viver. Imanado ao corpo, como se estivesse encarcerado em cela estreita, as forças lhe diminuem, fazendo-o cair em abatimento.

Essa tristeza inexplicável, que derrama sombras nas paisagens íntimas, resulta, algumas vezes, de recordações de fatos ditosos, ora distantes, que parecem não mais se repetirão. O Espírito, sentindo-se impedido de fugir das algemas carnais, entorpece-se e tomba em desânimo.

Esse desencanto insistente, que tira a coragem de lutar e leva à depressão, provém da consciência do degredo que o Espírito experimenta, na Terra, longe dos afetos e da paz que não consegue reencontrar.

Sabendo-se em situação penosa, de provação necessária, receia não conquistar a liberdade para voar...

Tais acontecimentos podem tornar a existência mais amarga, extenuando o ser em luta, que lentamente se entrega e exaure.

Faixas

Faixas
Faixas
Comunicação espiritual não é privilégio da organização mediúnica.

O pensamento é idioma universal e, compreendendo-se que o cérebro ativo é um centro de ondas em movimento constante, estamos sempre em correspondência com o objeto que nos prende à atenção.

Todo Espírito, na condição evolutiva em que nos encontramos, é governado essencialmente por três fatores específicos, ou, mais propriamente, a experiência, o estímulo e a inspiração.

A experiência é o conjunto de nossos próprios pensamentos.

O estímulo é a circunstância que nos impele a pensar.

A Inspiração é a equipe dos pensamentos alheios que aceitamos ou procuramos.

Tanto quanto te vês compelido, diariamente, a entrar na faixa das necessidades do corpo físico, pensando, por exemplo, na alimentação e na higiene, és convidado incessantemente a entrar na faixa das requisições espirituais que te cercam.

Migrações de Espíritos

Migrações de Espíritos
Migrações de Espíritos
Pela graça infinita de Deus, paz!

Balthazar, pela graça de Deus.

Quando tratamos de ida de espíritos de um lugar para outro, normalmente fazemos a comparação com as atividades terrestres. Pensa-se no planejamento do transporte e na acomodação das pessoas num determinado lugar. A própria criatura que almeja sair de um lugar para outro igualmente pensa em torno dos objetivos a alcançar nesse novo local e do trabalho que terá por fazer.

O mesmo ocorre com os espíritos, quando migram de um lugar para outro, mas em condições bastante diferenciadas. A diferença que existe não é só na bagagem material. Normalmente, quando um espírito se desloca de um lugar para outro, pensa nas regiões em que vai estar, de um ponto de vista vibracional. Os espíritos buscam determinados lugares de acordo com a própria sensibilidade, com os seus sentimentos e com as possibilidades de dar certo o seu processo de saída de um lugar para outro.

O Amor

O Amor
O Amor
É o chamamento de ser a ser, é o amor que provocará, no fundo das almas embrionárias, os primeiros alvores do altruísmo, da piedade, da bondade. Mais alto, na escala evolutiva, iniciará o ser humano nas primeiras alegrias, nas únicas sensações de felicidade perfeita que lhe é dado experimentar sobre a Terra, sensações mais fortes e mais doces que todos os prazeres físicos, conhecidas apenas pelas almas que sabem amar de verdade.

Assim, por etapas, sob a influência e sob a luz do amor, a alma se desenvolverá, crescerá, verá ampliar-se o círculo de suas sensações. Lentamente, o que nela era só paixão, desejo carnal, depurar-se-á, transformar-se-á em um sentimento nobre e desinteressado. A afeição por um só ou por alguns tornar-se-á afeição por todos: pela família, pela pátria, pela Humanidade. E a alma adquirirá a plenitude de seu desenvolvimento, quando estiver apta a compreender a vida celeste, que é toda amor, e a participar dela.

Os Iludidos

Os Iludidos
Os Iludidos
Todos eles passarão ao teu lado: os que se assentaram nos tronos dourados e julgaram poder reinar sobre os povos pelo infinito dos tempos; os que portando a beleza física pensaram que a idade não lhes deixaria marcas; os que erguendo a voz na autoridade que lhes foi confiada acreditaram que teriam sob seu comando as almas subalternas, sem que a vida as desviasse para outros caminhos; os que assumiram responsabilidades, nas leiras religiosas, e julgaram que o rótulo lhes garantiria as posições espirituais mais elevadas, erguendo-se como almas santificadas no conceito do mundo; os que buscaram na fuga premeditada da vida a solução de seus problemas existenciais, acreditando que o túmulo encerraria definitivamente suas dores e lutas.

Todos eles — os que se iludiram — passaram e continuarão a passar ao teu lado, exibindo, muitas vezes, a máscara da felicidade pelo uso do poder transitório do mundo. Reconhecê-los-ás pelas palavras eivadas de orgulho, pelas atitudes formais, pela voz impositiva.

Manifestações Inconvenientes

Manifestações Inconvenientes
Manifestações Inconvenientes
Por manifestações inconvenientes, referimo-nos àquelas manifestações que ocorrem em locais e momentos inadequados.

Os Espíritos esclarecidos sabem aguardar o instante e o local apropriados para se manifestarem, respeitando a intimidade dos lares e a disciplina existente nos centros espíritas; os Espíritos ignorantes, não raro propositadamente, manifestam-se a qualquer hora e em qualquer lugar, valendo-se da invigilância dos médiuns de que se utilizam.

Consideramos inconvenientes as manifestações que acontecem durante a transmissão de passes, nas reuniões de caráter público nos templos espíritas, durante a realização de cultos do Evangelho no lar, nos ambientes de trabalho profissional, nas ruas, nos encontros de jovens, nas aulas de evangelização infantil, nas visitas aos doentes nos hospitais...

Quando ocorrer uma manifestação mediúnica imprevista ou inconveniente, é de bom alvitre que um doutrinador presente, agindo com a presteza e com a discrição possíveis, convide o Espírito para se retirar, esperando o momento aconselhável para expressarse como necessita.

Introspecção e Reencarnação

Introspecção e Reencarnação
Introspecção e Reencarnação
O estudo da reencarnação não interessa unicamente ao exame do passado, às demonstrações do renascimento da alma na ascensão evolutiva; fala, mais profundamente, ao reequilíbrio de nós mesmos.

Não precisamos exumar personalidades que já desapareceram na ronda inflexível do tempo, a fim de nos certificarmos quanto à realidade dos princípios reencarnacionistas.

Recorramos à introspecção.

Pausemos na atividade cotidiana de quando em quando para observar-nos, no âmago do ser, e constataremos a expressão multiface de nosso espírito.

Aí, na solidão do plano íntimo, em análise correta e desapaixonada, surpreendemo-nos tais quais somos e, confrontando os impulsos que nos caracterizam a índole com os conhecimentos superiores que vamos adquirindo, esbarramos, de chofre, com as individualidades que temos vivido em muitas existências.

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