Doutrina Consoladora

Doutrina Consoladora
Doutrina Consoladora
Assim, o Espiritismo proporciona o que Jesus disse sobre o consolador prometido: conhecimento dos fatos(...) retorno aos verdadeiros princípios da Lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança. (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 4, último parágrafo.)

O homem é um ser progressista(…) Progredir é sua missão na Terra, é seu maior dever. (Léon Denis. O Progresso, cap. I.)

Conforta-nos saber que esta Instituição mantém o trabalho evocativo dos mortos. Eles estão presentes, sempre, nunca ausentes de todos os que lhes buscam a mensagem de apoio e paz.

Já Allan Kardec ensinava que a vida continua, na conceituação firme do fato e na clara evidência da comunicação.

Na Doutrina Espírita há dois conceitos elucidativos: o da sobrevivência da alma e o da comunicação dos espíritos.

A Crise Moral

A Crise Moral
Uma sociedade sem esperança, sem fé no futuro, é como um homem perdido no deserto, como uma folha morta que rola ao sabor dos ventos. É bom combater a ignorância e a superstição, mas é preciso substituí-las pelas crenças racionais. Para caminhar com passo firme na vida, para se preservar das falhas e das quedas, é necessária uma convicção robusta, uma fé que nos eleve acima do mundo material; é preciso ver o obje tivo e atingi-lo, retamente. A arma mais segura no combate terrestre é uma consciência reta e esclarecida.

Mas se a ideia do nada nos domina, se cremos que a vida não tem amanhã e que com a morte tudo termina, então, para ser lógicos, o cuidado da existência material e o interesse pessoal deverão se sobrepor a qualquer outro sentimento. Pouco nos importará um futuro que não deveremos conhecer! A que título nos falarão de progresso, de reformas, de sacrifícios? Se apenas há para nós uma existência efêmera, só nos resta aproveitar o momento presente, tomar as alegrias e abandonar os sofrimentos e os deveres! Tais são os raciocínios aos quais chegam, forçosamente, as teorias materialistas; raciocínios que ouvimos formular e que vemos aplicar todo dia em torno de nós.

Convite a resignação

Convite a resignação
Convite a resignação
Enquanto debandam das lides enobrecedoras trabalhadores que te pareciam exemplo de estoicismo, sentes o coração dilacerar-se e tens a impressão de que não suportarás os rudes embates que se sucedem,
contínuos...

À medida que o entusiasmo diminui e a realidade das tarefas apresenta as legítimas dimensões do empreendimento espiritual, consignas a presença do desânimo...

Afinal, refletes, estão escassos os líderes autênticos, aos teus olhos, enquanto a confusão aumenta e a face do ceticismo gargalha vitoriosa...

Tudo te parece sombrio com perspectivas ainda mais tristes.

Não descoroçoes, porém.

Não tomes como modelo para meditação os exemplos dos maus exemplos.

Malgrado as dificuldades aparentes, a vitória do bem e do amor é óbvia, não dando margem à controvérsia.

Contradição Mediúnica

Contradição Mediúnica
Contradição Mediúnica
Meditemos com atenção na resposta que os Espíritos deram a Allan Kardec sobre o tema ora em estudo.

Os Espíritos Superiores jamais se contradizem. Os médiuns, entretanto, podem adulterar, consciente ou inconscientemente, o pensamento dos Espíritos.

Os próprios Espíritos, quando se servem de intermediários entre si e os homens, podem ter as suas ideias deturpadas.

Explicamo-nos melhor.

Dependendo da formação doutrinária do médium, ele pode intervir na opinião do Espírito sobre determinada questão. É aqui que fica mais caracterizada a participação do médium no intercâmbio espiritual.

Essa “interferência” pode ser positiva ou negativa.

Se o médium não concorda com o que o Espírito escreve ou fala por seu intermédio, ele irá oferecer-lhe certa resistência.

De outras vezes, é o Espírito que, emitindo a distância o seu pensamento ao médium, carece servir-se de intermediários espirituais que estejam mais próximos ao medianeiro, consequentemente se sentindo prejudicado no assunto sobre o qual foi questionado ou, espontaneamente, deseja abordar.

Pontos perigosos para os Pais

Pontos perigosos para os Pais
Pontos perigosos para os Pais
Desconsiderar a importância do exemplo na escola do lar. Ignorar que os filhos chegam à reencarnação através deles, sem serem deles.

Transformar as crianças em bibelôs da família, fugindo de ajudá-las na formação do caráter desde cedo.

Ajudar os filhos inconsideradamente tanto quanto sobrecarregá-los de obrigações incompatíveis com a saúde ou a disposição que apresentem.

Distanciar-se da assistência necessária aos pequeninos sob o pretexto de poderem remunerar empregados dignos, mas incapazes de substituílos nas responsabilidades que receberam.

Desconhecer que os filhos são Espíritos diferentes, portadores da herança moral que guardam em si mesmos, por remanescentes felizes ou infelizes de existências anteriores.

Desejar que os filhos lhes sejam satélites, olvidando que eles caminham na trajetória que lhes é peculiar, com pensamentos e atitudes pessoais.

Desinteressar-se dos estudos que lhes dizem respeito.

Resignação na Adversidade

Resignação na Adversidade
Resignação na Adversidade
Eis a obra do sofrimento! Não é a maior de todas as que se realizam na Humanidade? Ela prossegue em silêncio, secretamente, mas os resultados são incalculáveis. Desligando a alma de tudo o que é baixo, transitório, ela eleva, desvia-a para o futuro, para os mundos superiores. Fala-lhe de Deus e das leis eternas. Certamente, é belo ter um fim glorioso, morrer jovem, combatendo pelo seu país. A História registra o nome dos heróis, e as gerações rendem um justo tributo de admiração à sua memória. Porém, uma longa vida de dores, de males pacientemente suportados, é ainda mais fecunda para o adiantamento do espírito. A História nada dirá, sem dúvida. Todas essas vidas obscuras e mudas, vidas de luta silenciosa e de recolhimento, caem no esquecimento, mas aqueles que as viveram encontram na luz espiritual sua recompensa. Só a dor abranda nosso coração, aviva os ardores da nossa alma. É a tesoura que lhe dá suas proporções harmônicas, afina seus contornos, fá-la resplandecer com sua mais perfeita beleza. Uma obra de sacrifício, lenta, contínua, produz maiores efeitos do que um ato sublime, mas isolado.

Suicidas

Suicidas
Suicidas

Ninguém lhes viu talvez a luta insana. E não sabes até que ponto sorveram o veneno da angústia na taça de fel!

Faze silêncio, diante dos que caíram no paroxismo da desesperação e da dor.

Na batalha do mundo, quantos despem o manto da carne, roídos no âmago da alma pelas chagas de aflitivas desilusões!... Quantos procuram fugir ao nevoeiro do vale, arrojando-se às trevas do despenhadeiro cruel!...

E, pedindo a paz do Senhor para os que descem à sombra da rendição antes do triunfo, ora também pelos que armam as garras da treva contra si próprios no pelourinho da maldade e da calúnia:

Pelos que perturbam o caminho alheio, aniquilando a própria existência;

Pelos que rendem culto à perversidade, consumindo-se na ilusão de que destroem o próximo.

Tesouros ocultos

Tesouros ocultos
Tesouros ocultos
Ainda existe quem se dirija aos companheiros desencarnados perguntando por tesouros ocultos.

Tais consulentes, guardando imaginação doentia, mentalizam recipientes encravados no subsolo ou no corpo de lodosas paredes, a vazarem moedas e preciosidades que lhes atendam aos pruridos de usura.

E martelam a mediunidade inexperiente e pedem sonhos reveladores...

Mas os amigos espirituais, realmente esclarecidos, tudo fazem para que os irmãos da escola física não encontrem semelhantes bombas douradas que, provavelmente, lhes explodiriam nas mãos, em forma de crime.

Entretanto, cada criatura humana surge do berço para descobrir os talentos que traz, independentemente da fortuna terrestre, a fim de ajudar aos outros, valorizando a si mesma.

A mulher e o homem aproveitam o amor que dimana gratuitamente de Deus e erguem o santuário do lar, em que se escondem imperecíveis tesouros da alma.

Desvinculação

Desvinculação
Desvinculação
A desvinculação entre os que se amam com a necessidade de sanar os enganos e erros do amor assume habitualmente o aspecto de dolorosa cirurgia psíquica.

Por semelhante razão, a Divina Sabedoria concede às criaturas tempo e condições renovadas na preparação gradual do acontecimento.

Essa desvinculação, via de regra, se verifica numa constante digna de nota – a posição de pais e filhos, incluindo-se nela os pais e filhos adotivos –, de vez que, no enternecimento do lar, todos os jogos da ternura são colocados na mesa do cotidiano, revestidos de encantamento construtivo. No fundo, porém, da personalidade paterna ou do maternal coração, descansam os remanescentes de grandes afeições, às vezes desequilibradas e menos felizes, trazidos de outras estâncias, nos domínios da reencarnação.(... )

Óbvio que nem todos os filhos aparecem no lar categorizados à conta da desvinculação afetiva, porquanto milhões de Espíritos no corpo da Humanidade tomam a estrutura física, no desempenho de encargos simples ou complexos, valendo-se da colaboração dos pais, à maneira de amigos que se entreajudam, nas faixas da confiança e da afinidade recíprocas.

A Eduacação

A Eduacação
A Eduacação
Não confiem seus filhos a outros, a não ser que sejam a isso obrigados. A educação não deve ser mercenária. Que importa a uma babá que uma criança fale ou ande antes de outra? Ela não tem nem o orgulho, nem o amor maternos. Mas que alegria para a mãe nos primeiros passos do seu querubim! Nenhuma fadiga, nenhuma dor a detém. Ela ama! Façam pela alma dos seus filhos o mesmo. Tenham mais solicitude ainda pela sua alma do que pelo seu corpo. Este consumir-se-á, em breve, e será lançado a uma sepultura, enquanto que a alma imortal, resplandecendo pelos cuidados com que foi cercada, pelos méritos adquiridos, pelos progressos realizados, viverá através dos tempos para abençoálos e amá-los.

Deus é o Supremo

Deus é o Supremo
Deus é o Supremo 
O homem sempre se julgou o senhor da própria vida e, por um delírio, julga-se senhor da vida do próximo também.

Bastaria que ele refletisse melhor sobre isso, para entender que é um direito falso o de dispor da vida do seu próximo ou mesmo pôr termo às suas lutas.

Ao espiritista, este assunto é de profundo interesse, pois muitas vezes, embora não se declare formalmente que o próximo deva desencarnar, encontramos criaturas, mesmo no meio espírita, que julgam ser o momento adequado para que este ou aquele companheiro pare de sofrer.

A Lei de Deus, entretanto, ignora tais apelos e faz prosseguir sua justiça junto àqueles que sofrem, e sofrem porque procuraram resgatar suas dívidas de outras vidas.

Concebamos, na nossa existência, que cada um de nós passa adequadamente pelas lutas e pelos sofrimentos de que precisa. Busquemos aliviar, busquemos cooperar, busquemos ensinar, busquemos ajudar e estimular, mas sempre guardemos no coração a certeza absoluta de que Deus é o supremo juiz para decidir sobre a continuidade ou não das lutas de cada um.

Que, de nossa parte, saibamos respeitar a Lei de Deus, para que amanhã não venhamos a chorar por tê-la desrespeitado.

Que Deus a todos nos ajude, abençoe e conduza, hoje e sempre!

Muita paz!



Autor: Hermann
Do livro: Palavra do Coração, vol. 2.

Espíritos Familiares

Espíritos Familiares
Espíritos Familiares
No intercâmbio entre encarnados e desencarnados, é justo lembrar que a morte nem sempre é sublimação espiritual, que a mediunidade, em sua expressão fenomênica, não é atestado de progresso moral definitivo da criatura terrestre e que os problemas do mundo prosseguem na alma que se transferiu de plano, quando a mente não conseguiu desvencilhar-se das ilusões da existência física.

Muitos companheiros atravessam o túmulo conduzindo consigo paixões e frustrações que lhes constituem doloroso purgatório na vida espiritual, e muitos médiuns, não obstante respeitáveis pelas boas intenções em que se inspiram, permanecem jungidos ao passado inquietante, trazendo faculdades cativas às provas e angústias pelas quais se redimem.

Desse modo, é necessário compreender que a palavra dos familiares desencarnados, muito embora doce e amiga pelo carinho que traduz, pode conter o envenenado vinho da lisonja, que sorvido por nossa leviandade nos prejudica o soerguimento e a recuperação.

Homosexualidade

Homosexualidade
Homosexualidade
A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação.

Observada a ocorrência, mais com os preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais.

A Prece

A Prece
A Prece
Quando uma pedra toca na água, vê-se vibrar sua superfície em ondulações concêntricas. Dessa forma, o fluido universal coloca-se em vibração através das nossas preces e dos nossos pensamentos, com essa diferença de que as vibrações das águas são limitadas, enquanto que as do fluido universal propagam-se ao Infinito. Todos os seres, todos os mundos estão banhados nesse elemento, como nós próprios o estamos na atmosfera terrestre. Daí resulta que nosso pensamento movido por uma força de impulsão, por uma vontade satisfatória, vai impressionar as almas a distâncias incalculáveis. Uma corrente fluídica estabelece-se de umas para as outras e permite aos espíritos elevados responder aos nossos apelos e de influenciar-nos através do Espaço.

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