Disciplina do Pensamento e Reforma do Caráter |
Enfim, é preciso saber suportar todas as coisas com paciência e serenidade. Quaisquer que sejam os procedimentos de nossos semelhantes, com relação a nós, não devemos nutrir, contra eles, animosidade alguma, ressentimento algum, mas, ao contrário, fazer com que todas as causas de aborrecimento ou de aflição sirvam à nossa própria educação moral. Nada poderia nos atingir, se, em nossas vidas anteriores e culposas, não tivéssemos dado margem à adversidade. Eis o que precisamos nos dizer continuamente. Assim, conseguiremos aceitar, sem amargura, todas as provas, considerando-as como uma reparação do passado ou como um meio de aperfeiçoamento.
De degrau em degrau, atingiremos, assim, esta paz de espírito, este domínio de nós mesmos, esta confiança absoluta no porvir, que dão a força, a quietude, a satisfação íntima e permitem que nos mantenhamos firmes, em meio às mais duras vicissitudes.