Sem nos reportarmos às múltiplas experiências do passado, em que por vezes incontáveis recolhemos o socorro da compaixão divina, recordemos quão magnânimo tem sido o Senhor para conosco e aprendamos a desculpar infinitamente...
Limitando as tuas lembranças ao acanhado círculo da existência que passa, rememora o pretérito e pergunta a ti mesmo, no silêncio do coração!...
Quantas vezes nos perdoou o Senhor através do carinho materno nas hesitações e necessidades da infância?... Quantas vezes ter-nos-á estendido generosas mãos, por intermédio de instrutores benevolentes, na teimosia caprichosa da mocidade?
Inventariemos nossas quedas de cada dia, nossas defecções íntimas, nossas ocultas deserções do dever a cumprir...
Analisemos as falhas e os prejuízos que provocamos consciente ou inconscientemente na tarefa que fomos chamados a atender e verificaremos a piedade infinita do divino Mestre, socorrendo-nos pela palavra, pelo sorriso, pela tolerância e pelas mãos de numerosos amigos que, em seu nome, nos reajustam para a obra de elevação que nos compete realizar...
Em muitas ocasiões, quando mais aflitivo se nos revela o sentimento de culpa na intimidade da alma, quando nossa inaptidão para o bem nos arroja às garras do mal, eis que a infinita bondade nos estende um raio de esperança, encorajando-nos à humildade e à diligência para a justa reparação...
Pensa nessa abençoada rede assistencial de amor que nos cerca em todos os passos evolutivos e não te detenhas na acusação...
Repara na fragilidade do companheiro, tanto quanto o terno amigo nos observa as fragilidades, e guarda o respeitoso silêncio da fraternidade bem vivida, onde não possas abrir o coração ao estímulo sincero.
Muitas vezes, a crítica impensada ou o apontamento amargoso nos marcarão o espírito com reminiscências cruéis, mas nunca nos arrependeremos de haver perdoado em todo lugar onde a ignorância e a leviandade nos arroja
a ofensa ao rosto.
Ouve, cala-te e espera...
Mas espera, desculpando o mal e fazendo o bem que possas, porque, acima de nós, reina a justiça indefectível e soberana que, a nosso respeito e a respeito de nossos irmãos, se expressará insuperável e certa, no momento
oportuno.
Autor: Emmanuel
Do livro: Abençoa sempre
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