“E passando, viu Levi, filho de Alfeu, e disse-lhe: — Segue-me. E, levantando-se, o seguiu”. (Marcos, 2:14)
É interessante notar que, por todos os recantos onde Jesus deixou o sinal de sua passagem, houve sempre grande movimentação no que se refere ao ato de levantar e seguir.
André e Tiago deixam as redes para acompanhar o Salvador. Mateus levanta-se para segui-lo. Os paralíticos que retomam a saúde se erguem e andam. Lázaro atende-lhe ao chamamento e levanta-se do sepulcro. Em dolorosas peregrinações e profundos esforços da vontade, Paulo de Tarso procura seguir o Mestre Divino, entre açoites e sofrimentos, depois de se haver levantado, às portas de Damasco. Numerosos discípulos do Evangelho, nos tempos apostólicos, acordaram de sua noite de ilusões terrestres, ergueram-se para o serviço da redenção e demandaram os testemunhos santificados no trabalho e no sacrifício.
Isso constitui um acervo de lições muito claras ao espírita religioso dos últimos tempos.
A maioria dos cristãos vai adotando, em quase todos os seus trabalhos, a lei do menor esforço. Muitos esperam pela visita pessoal de Jesus, no conforto das poltronas acolhedoras; outros fazem preces por intermédio dos discos. Há os que desejam comprar a tranquilidade celeste com as espórtulas generosas, como também os que, sem nenhum trabalho em si próprios, aguardam intervenções sobrenaturais dos mensageiros do Cristo pelo bem-estar de sua vida.
Pergunta a ti mesmo se estás seguindo a Jesus ou apenas as normas do culto externo do teu modo de filiação
ao Evangelho. Isso é muito importante, porque levantar e renovar-se ainda é o nosso lema.
Autor: Emmanuel
Do livro: Segue-me!
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