A vontade


A vontade
É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos para um objetivo preciso. Na maioria dos homens, os pensamentos  flutuam incessantemente. Sua mudança constante, sua variedade infinita deixam pouco espaço às 
influências superiores. É preciso saber concentrar-se, pôr seu eu em consonância com o pensamento divino. Então, produz-se a fecundação da alma humana pelo Espírito divino, que a envolve, a penetra, que a torna apta a realizar nobres tarefas, que a prepara para a vida do Espaço, cujos esplendores, neste mundo, ela imprecisamente entrevê. Os espíritos elevados se veem e se compreendem pelo pensamento. Seus pensamentos são harmonias penetrantes, ao passo que, muitas vezes, os nossos são apenas discordância e confusão. Aprendamos, pois, a servir-nos de nossa vontade e, através dela, a unir nossos pensamentos a tudo 
o que é grandioso, à harmonia universal, cujas vibrações enchem o Espaço e embalam os mundos.

A vontade é o maior de todos os poderes. Em sua ação, ela é comparável a um ímã. A vontade de viver, de desenvolver em si a vida, atrai para nós novos recursos vitais. Aí reside o segredo da lei de evolução. A vontade pode agir com intensidade sobre o corpo fluídico, ativar suas vibrações e, assim, apropriá-lo a um gênero cada vez  mais elevado de sensações, prepará-lo para um degrau mais alto da existência. 

O princípio de evolução não está na matéria; está na vontade, cuja ação se estende à ordem invisível das coisas, como à ordem visível e material. Esta é apenas uma consequência daquela. O princípio superior, o motor da existência é a vontade. A vontade divina é o grande motor da vida universal.



Autor: Léon Denis
Do livro: O Problema do Ser e do Destino

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