“Que o vosso coração não se perturbe. Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai (...).” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. III, item 1.)
O texto inicial nos lembra Deus e sua presença imanente em toda a Terra, em todos os seres.
Quando, nos dias de hoje, a sociedade terrena busca o equilíbrio e a solução para os seus problemas, muitos olham em derredor e nos seus falsos líderes não encontram a solução nem a resposta para as suas inquietações, restando-lhes buscar, então, humilhados, cansados, a Deus, o grande Pai. Isso, que deveriam fazer desde o início das suas lutas, só o fazem depois de algum sofrimento.
Por outro lado, aqueles que oram, os que pensam em Deus, os que acreditam na fi gura paternal que a todos nós mantém, os que sabem que Deus existe, e têm disso certeza, olham para a paternidade divina e nela encontram solução para todas as suas dificuldades. Que o digam os que sofrem a dor da orfandade, os que passam pelo sofrimento que a viuvez provoca! Que o digam os que perderam seus entes queridos, mas que não perderam a confiança na misericórdia divina!
Todos os que guardam a marca da dor no coração lembram-se de Deus. Entretanto, necessariamente, o homem não precisa sofrer para encontrar a Deus. Na felicidade, também buscamos a força maior; na alegria, também buscamos a força que tudo constrói; na pacificação, buscamos, também, a Deus.
Todos os que estamos ligados à ideia de uma paternidade maior devemos buscar Deus. Com a confi ança plenifi cada, com o sentimento perfeitamente cheio da convicção da existência de Deus, saibamos caminhar e, quais os antigos cristãos, saibamos proclamar, para quem quiser ouvir, que acreditamos em Deus, que somos de Deus e que estudaremos, aprenderemos e vivenciaremos tudo o que se refere a Deus. Em todos os momentos da vida proclamaremos a existência de Deus, o Pai.
Léon Denis assim o fez, como líder religioso dos espíritas: em sua época, jamais deixou de falar de Deus. Que nós outros saibamos também honrar a determinação desse espírito que homenageamos sempre. Saibamos com ele dizer: Deus existe! Eu o sinto e compreendo!
Autor: Balthazar
Do Livro: Pela Graça Infi nita de Deus, vol. 1. CELD.
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