A grande mole sofredora transita na erraticidade inferior, vitimada pela hipnose da ilusão.
Atravessando o portal da morte na incidência das ideias equivocadas, prossegue arrastando o fadário das suas aflições, ou sob os tóxicos que a ignorância engendra e entorpece.
Inumeráveis espíritos, desse modo, permanecem na psicosfera do planeta, cultivando as sensações rotescas que não abandonaram com a perda do veículo carnal.
Semi-humanizados, asselvajados ou vitimados pelas construções psíquicas mais graves, ergastulam-se em sofrimentos incomparáveis, resistindo a todo aceno da Divina Misericórdia que luz, convocando-os à realidade.
A terapia que se lhes faz indispensável na ação do socorro espiritual deve conduzi-los ao despertamento da consciência, pois que, sem a lucidez da realidade da sobrevivência, reencarnam com o mesmo anestésico e numa roda incessante de conflitos, mal dando-se conta do estágio no corpo ou fora dele...
O abençoado ministério socorrista — o espiritual pela mediunidade — enseja a contribuição da criatura humana aos propósitos altamente relevantes da paz, aos desencarnados em perturbação.
Sejam, pois, os terapeutas do espírito, os mensageiros do discernimento, capacitados a entender a ignorância e a esbatê-la com a lição imortalista, recordando-lhes Jesus, três dias depois do túmulo, vivo e real, acenando com essa mesma perspectiva a todos.
Autor: João Cléofas
Do livro: Suave luz nas sombras
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