A Criação Universal


A Criação Universal
Após haver recuado, tanto quanto nos permite a nossa fraqueza, em direção à fonte oculta de onde provêm os mundos, como as gotas de água que se originam de um rio, consideremos a marcha das criações sucessivas e de seus desenvolvimentos seriais. 

A matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que estendem suas magnificências diante da eternidade. Ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira avó 
e, além disso, a eterna geratriz. Essa substância, que dá origem às esferas siderais, absolutamente, não desapareceu. Essa potência não está morta, uma vez que ainda dá luz, incessantemente, a novas criações e recebe, incessantemente, os princípios reconstituídos dos mundos que se apagam do livro eterno. 


A matéria etérea, mais ou menos rarefeita, que se difunde entre os espaços interplanetários; esse fl uido cósmico que enche o mundo, mais ou menos rarefeito nas regiões imensas, ricas em aglomerações de estrelas; mais ou menos condensado lá onde o céu astral ainda não brilha; mais ou menos modificado por diversas combinações, de acordo com as localidades do espaço, nada mais é que a substância primitiva em que residem as forças universais e de onde a Natureza tem tirado todas as coisas. 

Esse  fl uido penetra todos os corpos como um imenso oceano. É nele que reside o princípio vital que dá origem à vida dos seres, perpetuando-a em cada mundo conforme a sua condição, princípio em estado latente que dorme lá onde a voz de um ser não o chama. Cada criatura mineral, vegetal, animal ou qualquer outra — uma vez que existem muitos outros reinos naturais, de cuja existência sequer suspeitamos — sabe, em virtude desse princípio vital universal, adequar as condições de sua existência e de sua duração.


Autor: Allan Kardec
Do Livro: A Gênese

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