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Em torno da morte |
Consideram, os homens, a morte como fantasma apavorante, capaz de aprisionar pela eternidade o espírito humano.
Capitulamos em sofrimentos inauditos diante do corpo querido, emudecido e pálido, distanciando-nos da realidade sob o véu do pranto e da dor inominável. Vertemos para o imo d’alma o veneno do materialismo, concebendo os entes queridos ocultos pela morte, no sorvedouro do nada.
Grande é a missão do Cristianismo arrebatando do túmulo os corações estremecidos e dando-lhes a posição de seres imortais. Imenso o poder do Consolador, o Cristianismo redivivo, que liberta dos grilhões da ignorância a mente humana, apresentando- lhe a visão da grandeza universal, iluminada pelo amor de um Pai de infinita bondade.
Hoje, na fonte luminosa do conhecimento maior, consideramos a morte, o espírito divino da libertação para os caminhos da evolução.
É o fenômeno da morte o renascimento do espírito no plano espiritual.
É a morte o aconchego da família humana no ninhos luminescentes das estrelas, doando-lhe novos planos de reabilitação ou sublimes programas de ascensão.
Segue o espírito caminhos tão grandiosos que somente àqueles que compreendem a Doutrina salvadora é dado sentir, ainda na
Terra, os planos de Deus, para a ventura sem par de suas criaturas.
Quão grande é o amor de nosso Pai, concedendo-nos na fonte da reencarnação os meios de libertação de erros seculares e a correção de nossa insustentável rebeldia.
Compreendendo o amor de nosso Mestre que nos abraça com seu carinho e desvelo incessante, ergamo-nos sob as luzes do Evangelho redentor.
Entendendo o verdadeiro sentido de nossa libertação através da morte, agradeçamos ao Senhor que nos renova as possibilidades para ascendermos, sempre mais, para a vida do Infinito.
Compreendamos pois, o sentido do fenômeno que nos restringe a vida no plano carnal, para nos espiritualizar e crescer para a vida real, buscando as flores da paz para o coração oprimido.
Espalhemos a Boa Nova em sua grandiosa verdade, apresentando aos homens a generosidade dos céus, quando nos liberta da carne densa e doentia, dos sofrimentos atrozes, das cadeias e compromissos, quase sempre frustrados, para realizarmos em novas etapas o crescimento e a aprovação da consciência para Deus.
Autor: Bezerra de Menezes
Do Livro: Garimpeiros do Além
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