Enganos ante os espíritos

Enganos ante os espíritos
Enganos ante os espíritos
Julgar que todos os espíritos benevolentes que se comunicam na Terra são instrumentos imaculados. Desencarnação é vida em outra face.

Considerar que eles veiculam princípios de virtude, como se fossem anjos flanando nos céus, dando conselhos que nada lhes custa. O professor reconhece-se impelido a disciplinas mais austeras que as dos alunos para ser digno da missão de ensinar.

Chamá-los, a propósito de bagatelas. Criaturas relativamente educadas sabem respeitar os horários alheios.

Solicitar-lhes concurso em problemas estritamente materiais. Nenhum de nós, conquanto satisfeitos de ser
úteis, furtará obrigações dos outros, das quais eles necessitam para a segurança da própria felicidade.

Censurá-los por não estarem à nossa inteira disposição. Amigos sinceros e conscientes não escravizam amigos.

Complicar as consultas que lhes queiramos fazer, com a desculpa de lhes testar a existência. Só os corações irresponsáveis intentariam transformar os entes amados em ledores de buena-dicha.

Exigir-lhes a verdade total. Todos nós cultivamos o tato psicológico no trato recíproco e não ignoramos que
certas revelações funcionam nos mecanismos da alma, assim como determinados medicamentos que somente beneficiam os mecanismos do corpo em dose adequada.


Criticar-lhes sem ponderação e respeito as falhas quando apareçam. A pessoa de bom senso compreende claramente o desacerto do benfeitor de que já recebeu noventa e nove favores perfeitos, através de recursos imperfeitos, como sejam os canais mediúnicos terrestres, e doente algum pode queixar-se quando ele mesmo procura obscurecer, por todos os modos, os raciocínios e manifestações do médico.

Não desconhecemos que entre a encarnação, a desencarnação e a reencarnação, todos somos espíritos em trabalho evolutivo.

A Doutrina Espírita é o fi el da balança de nossas relações uns com os outros, nos planos a que se acolhem desencarnados e encarnados, representando orientação e luz, ensinamento e pedra de toque. Diante dela os espíritos têm responsabilidade e os homens também.



Autor: Emmanuel
Do Livro: Opinião Espírita.

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