Espontaneidade Mediúnica

Espontaneidade Mediúnica
Espontaneidade Mediúnica
“(...) a espontaneidade do pensamento manifestado fora de toda a expectativa, de toda pergunta proposta, não permite ver nele um reflexo do pensamento dos assistentes.” – (O Livro dos Médiuns – Primeira Parte – Cap. VI.)


Há quem diga que os médiuns não passam de telepatas bem desenvolvidos, capazes de captar o pensamento dos próprios encarnados que lhes buscam o concurso na obtenção de orientações e mensagens.

A telepatia, ou “telegrafia humana”, é um fato incontestável. Diríamos mesmo que, o que se passa entre o médium e o espírito no instante do transe nada mais é do que um fenômeno telepático, mais ou menos profundo. Isto para as comunicações ditas intelectuais.

Que o pensamento se propaga no éter, através dos “fluidos teledinâmicos”, os espíritos superiores esclareceram Allan Kardec...

No entanto, afirmar que os médiuns são capazes de “ler” no subconsciente das pessoas as informações que
transmitem nas mensagens psicográficas ou psicofônicas é, no mínimo, ignorar o assunto sobre o qual se opina.

Em quase todo comunicado de além-túmulo, existe a espontaneidade dessa ou daquela informação que merece estudos mais detalhados.

Evidentemente que nem todos os médiuns se prestam, por exemplo, à recepção de nomes e/ou datas nas páginas de que se fazem intérpretes. Precisamos reconhecer nisto uma “especialização”, ou predisposição da “memória mediúnica” passível de ser desenvolvida com o cultivo da própria mediunidade.

O mesmo poderíamos dizer a respeito da caligrafia ou da voz do espírito comunicante. Nem todos os medianeiros se encontram aptos para reproduzir, com a finalidade desejada, a letra do espírito que escreve ou a voz do espírito que fala (...)

Quanto, especificamente, à espontaneidade do pensamento do espírito comunicante, devemos ainda considerar que quase sempre as suas ideias entram em conflito com as dos destinatários encarnados, havendo, inclusive, os que não aceitam a autenticidade do comunicado porque ele não veio conforme se esperava que viesse...

Os homens não levam em consideração que, livres do corpo, os espíritos alteram os seus pontos de vista sobre muitos assuntos da vida terrestre, embora neste caso, como em outros, não possamos generalizar.

No início de suas investigações, Allan Kardec conta que não aceitava a ideia da reencarnação que lhe fora proposta pelos espíritos...

Somente a pouco e pouco, estudando com os espíritos, é que o codificador se convenceu da verdade reencarnacionista.

Como vemos, são inúmeros os obstáculos a serem removidos pelo espírito interessado no intercâmbio mediúnico.

Além de conseguir expressar-se pelo médium, ele enfrenta as exigências familiares que, na maioria das vezes, não lhe dão o direito de, mudando de Plano, mudar igualmente o seu modo de encarar a vida.



Autor: Odilon Fernandes
Do Livro: Mediunidade e Caminho

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