O perispírito |
Por um efeito inverso, os apetites materiais, as paixões baixas e vulgares reagem sobre o perispírito, entorpecem-no, tornam-no mais denso e mais obscuro. A atração dos globos inferiores, como a Terra, exerce-se com força sobre esses organismos, que conservam, em parte, as necessidades do corpo e não podem satisfazê-las. As encarnações dos espíritos que estão carregados delas, sucedem-se rapidamente, até que o progresso através do sofrimento venha atenuar suas paixões, subtraí-las às influências terrestres e abrir-lhes o acesso a mundos melhores.
Uma correlação estreita religa os três elementos constitutivos do ser. Quanto mais elevado é o espírito, mais
sutil é o perispírito, leve, brilhante, mais o corpo es tá isento de paixões, moderado nos seus apetites e seus
desejos. A nobreza e a dignidade da alma recaem sobre o perispírito, que elas tornam mais harmonioso de formas e mais etéreo; recaem até sobre o próprio corpo; a face, então, ilumina-se com o reflexo de uma flama interior.
É através dos fluidos mais ou menos sutis que o perispírito se comunica com a alma e se religa ao corpo. Esses fluidos, embora invisíveis, são vínculos poderosos que o acorrentam à matéria, do nascimento até a morte, e mesmo, para os sensuais, até a dissolução do organismo. A agonia representa para nós a soma de esforços realizados pelo perispírito para desligar-se dos seus laços carnais.
Autor: Léon Denis
Do Livro: Depois da Morte.
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