Identidade dos Espíritos

Identidade dos Espíritos
Identidade dos Espíritos
Os espíritos elevados não se prestam, de boa vontade, às nossas exigências. Suas comunicações têm sempre um caráter moral e impessoal; seu pensamento plana muito alto, acima das esferas da individualidade, para que não lhes seja penoso aí descer novamente. A maioria cumpriu, na Terra, vidas de sacrifício, sofreu existências dolorosas, prêmio de sua elevação; eles não gostam, referindo-se a si mesmos, de se vangloriar de seus méritos. Para convencer os céticos, eles têm outros recursos; preferem introduzir nas nossas sessões espíritos mais inferiores, individualidades que conhecemos na Terra e que, pela sua originalidade, sua maneira de falar, de gesticular, de pensar, nos fornecerão provas satisfatórias. Assim procediam os guias do nosso grupo. Sob sua direção, espíritos bastante vulgares, porém animados de boas intenções: uma vendedora de legumes, um ferreiro de aldeia, uma velhota tagarela; outros ainda, parentes falecidos dos membros do círculo, manifestavam-se no
transe através dos traços característicos e inimitáveis. Sua identidade se estabelecia por uma variedade de detalhes, de fatos domésticos; mas que interessavam, vivamente, àqueles que os tinham conhecido, eles seriam considerados como fastidiosos por outros e não poderiam ser publicados. A multiplicidade e a repetição cotidiana de fatos menores, de que a existência é feita, embora impossíveis de reproduzir e de analisar, terminam por impressionar os mais refratários e por triunfar sobre as dúvidas mais tenazes.



Autor: Léon Denis
Do livro: No Invisível

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