Falsários do Além

Falsários do Além
Falsários do Além
Nas circunvizinhanças espirituais da Terra, enxameiam espíritos desocupados, aqueles que vadiam levianamente como se o mundo fosse para eles, mesmo depois de “mortos”, uma imensa “estação rodoviária”... São espíritos envolvidos pelas paixões materiais, inescrupulosos, desonestos, que se corrompem a troco de favores vis.

Esses espíritos frequentam os bares terrestres, casas de jogos, as esquinas das ruas movimentadas, as encruzilhadas nas periferias das cidades, as construções em ruínas, os apartamentos onde são produzidas as chamadas “festas de embalo”, os estabelecimentos bancários a que têm livre acesso e até mesmo os templos de fé mal orientados.

Esses infelizes companheiros da erraticidade aproveitam-se da invigilância das pessoas e dos médiuns imiscuindo-se nos seus assuntos de forma leviana e irresponsável. Podem perfeitamente aproximar-se de um medianeiro e, se estão por dentro de um assunto de determinada família, faz-se passar por um espírito familiar... Às vezes agem assim por falta de uma ocupação séria, mas, na maioria das vezes, planejam o que pretendem com antecedência e, como adverte Kardec, podem chegar ao cúmulo de imitar a caligrafia, a assinatura, ou o timbre de voz de um outro espírito. São os falsários do Além”, os que se especializaram na Terra em ludibriar as pessoas...


Não acreditemos que o mundo espiritual próximo, seja povoado apenas de espíritos esclarecidos; ao contrário, a sua grande maioria é constituída por infelizes companheiros desencarnados, que prosseguem cultivando os seus antigos hábitos.

A morte não modifica ninguém de um instante para o outro.

Por aqui, existem contrabandistas operando nas regiões espirituais inferiores, policiais que prosseguem em seu encalço, autoridades que se movimentam para sanear regiões ocupadas por grupos que se acautelam, constituindo-se em constante ameaça para as comunidades do mundo invisível e do mundo físico.

No capítulo em que estudamos a caligrafia dos espíritos, dissemos e aqui reafirmamos: A maior garantia de autenticidade de um comunicado mediúnico é o seu conteúdo moral, a somatória de lições que são transmitidas e que os seus destinatários “sentem” ao recebê-las, embora não saibam traduzir em palavras essa sensação...


Quando um espírito entra, através de um médium em contato com familiares e amigos que permanecem na Terra, normalmente transmite na mensagem uma emoção que envolve na certeza de que é ele mesmo o comunicante.

Quando uma mensagem é remetida, por um espírito aos seus familiares e estes dizem: “ela não tem nada a ver com o fulano”, não sendo “tocadas” em seu íntimo pelas palavras transmitidas, convém que a referida mensagem seja reavaliada, mesmo quando traga a assinatura do referido espírito em sua própria letra. É preciso que se leve em conta, além disso, a seriedade da reunião em que o comunicado se deu, a idoniedade do médium e, se possível, numa autocrítica, a intenção com que se foi atrás da mensagem.

Se muitos espíritos inescrupulosos tomam o nome do Cristo e de Maria, falando e escrevendo como se fossem os próprios, porque não poderiam enganar fornecendo uma falsa identidade fazendo-se passar por outro?!

Neste sentido, chamamos, se assim podemos nos expressar, a responsabilidade dos médiuns, para que sejam tão somente os “receptores” dos comunicados do Além, mas igualmente os seus examinadores sendo eles os principais interessados na autenticidade do fenômeno, a fim de que não caiam, com devido respeito no conto do vigário...”


Autor: Odilon Fernandes
Do livro: Mediunidade e Evangelho

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