Espiritismo e Eutanásia


(...) O materialismo, não admitindo a existência da alma, 
erigiu o falso conceito, essencialmente egoísta, das chamadas “vidas inúteis”, eliminando-as, friamente, por considerá-las onerosas à sociedade.

Podem chover argumentos em favor da eutanásia, o que não impede, à luz redentora do Espiritismo, sejam os seus responsáveis assassinos que a Justiça do mundo nem sempre pune, mas que a de Deus registra, identificando-os na contabilidade divina, com, vistas a dolorosos resgates, em amargas expiações no futuro, atenuadas, ou agravadas, pela Lei, segundo as suas motivações.

A eutanásia, em suma, é sempre uma forma de homicídio, pelo qual os seus autores responderão no porvir, em grau compatível com as suas causas determinantes.

Quem pratica a eutanásia, por melhores sejam as intenções, inclusive piedosas, comete crime de lesa-natureza, à vista do instinto de conservação inerente às criaturas de Deus. (...)

O espírita, na verdade, tem uma paisagem diferente, mais ampla, mais rica, para examinar o tema “eutanásia”, pois conhece ele as consequências, morais e psíquicas, que atingem a quantos, por este ou aquele motivo, exterminam, antes do tempo previsto pelas Leis Divinas, a vida física dos seus irmãos de jornada terrena.

Sabemos nós, os espíritas, que a renovação espiritual, consequente ao arrependimento, pode vir no último instante. Temos ciência, resultante do entendimento doutrinário-evangélico, de que a interrupção, pela eutanásia, de provas necessárias ao Espírito reencarnado prejudica-o, substancialmente.

Vige, especificamente, uma consequência geradora de sofrimento, se a vítima não possui acentuado gabarito evolutivo: a demora na ruptura dos laços perispiritais que prendem a alma ao envoltório carnal, ocasionando problemas no após-morte.

Justo, no entanto, alinhemos outros efeitos, não menos desagradáveis.

Reabilitações penosas, em reencarnações de sofrimento, para os responsáveis pela eutanásia.

Processos de perturbação e obsessão, nos lares, produzidos pela revolta daqueles que a eutanásia assassinou.

Flagrante desrespeito às Leis da Vida, que preveem, para cada ser humano, determinada cota de vida corporal.

São consequências de ordem doutrinária, que o espírita não desconhece, porque facilmente dedutíveis de tudo quanto sobre o assunto disseram os Espíritos desde a primeira hora da Codificação de Luz, pronunciamentos que se complementam, em nossos dias, através de lúcidas mensagens de abnegados Mensageiros da Vida Superior, entre eles, de maneira especial, Emmanuel e André Luiz, graças à missionária mediunidade de Francisco Cândido Xavier. (...)

A existência física é abençoado ensejo para a cura da alma, assegurando-nos, agora ou amanhã, a reabilitação e o crescimento para Deus, na compreensão e prática de Suas Leis de Amor.



Autor: Emmanuel


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