O aprendizado do Amor


O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, governa-os e fecunda; o amor é o olhar de Deus!” - Léon Denis


Deus é amor!


Por amor a todos os seres, Deus dá a vida e o princípio afetivo a todos, que germina e vai florescendo ao longo da vivência, isto é, aprendemos a desenvolver o amor nas relações, em etapas.

Diz Drummond que “o ser busca o outro ser, e ao conhecê-lo acha a razão de ser”, é assim que se torna possível descobrir o amor em si e ao redor, experimentando.

E Léon Denis acrescenta: “O Amor, tal como se entende comumente, na Terra, é um sentimento, um impulso do ser que o dirige para um outro ser, com o desejo de a ele se unir.”

O amor pleno, que desejamos, mas sentimos dificuldades em exercitar, e até de dizermos que verdadeiramente o sentimos, pode nos causar extrema felicidade, realizando-se em nosso cotidiano de formas variadas, porque se apresenta como numa gradação. Ele pode ser exercido através a maternidade, a paternidade, a fraternidade, a pátria, a raça, a natureza, em parceria conjugal, e pela humanidade enfim. São refrações de amor. As virtudes, como: a abnegação, a fraternidade, a solidariedade, a bondade se construirão em nós a partir dessa busca e desse exercício.

Léon Denis em sua obra “O Problema do ser e do destino” nos diz que o aprendizado do amor verdadeiramente, carece de exercício constante e requer sacrifícios. Já que é gradativamente que o homem cresce, amplia seu círculo de sensações, passando das mais materiais, carnais, para as mais depuradas, que se transformam em sentimento puro e nobre, e desinteressado, mergulha assim o ser na afeição que se amplia em direção a humanidade inteira.

Entendendo que seguimos direcionados por uma lei chamada Progresso, ser aprendiz do amor é o que nos encaminha ao estado de felicidade, conquista essa que vivendo na Terra é possível, através a singelos momentos experimentados, seja em meios as sensações mais fortes e doces que o amor oferece, seja pelo simples prazer físico.

Jesus é um grande exemplo, viveu entre nós, demonstrando que o amor é mais forte que o ódio e até que a morte. Seu amor transcende o tempo e até hoje os movimentos regeneradores e salutares emitidos por Ele nos alcançam. Mantemo-nos sob este foco vivo e ardente de amor que permanece no mundo. O seu viver amoroso movimenta muitas reflexões que perduram até hoje nas almas.

Muitos de nós convive com pessoas de bem, que são almas queridas e dedicadas a tarefa de amor, apoiando a quantos necessitam de uma palavra, de um ombro para chorar, de um pão, um cobertor. O mestre Jesus ensinou com o amor, as possibilidades de obtermos virtudes inúmeras, a disciplina para sermos melhores a cada dia e o esclarecimento de muitas almas aflitas que reformularam seu pensar, afastando-se das sendas do mal e da ignorância. A história está recheada de criaturas que seguindo o exemplo de amorosidade investiram no bem-estar ao redor, tornando-se guias em suas comunidades.

O nosso querido Apóstolo do Espiritismo é assertivo quando anota: “O Amor é fonte inesgotável, que se renova incessantemente e gratifica, quem dá e quem recebe... Ele é sol nas almas que promove a ação eficaz de Deus no mundo.”

O Amor em nós, recebido do criador quanto potência da alma, facilita o desenvolvimento do devotamento, da abnegação e nos capacitamos a colocar em prática o sacrifício de uns pelos outros.

Graças ao amor, nos faz pensar o Mestre de Tours, que o mais inflexível dos homens repensa suas atitudes e até os cativos da matéria se libertam. Quantas almas são retiradas do lodo e das profundezas dos pensamentos torpes. E esse amor divino atrai a todos para si, que se reerguem, empreendendo a busca de uma ascensão infinita.

Cada alma é um sistema de forças, um gerador de amor, cuja potência de ação aumenta com a elevação. Logo, energias benfazejas e salutares se espalham, se quisermos, por onde andarmos. É preciso entrar em sintonia.

(...) O amor, profundo como o mar, infinito como o céu, abraça todas as criaturas. Deus é o seu foco!


Autora: Magdala Monteiro



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